𝟏𝟔: 𝐄𝐦 𝐯𝐢𝐝𝐚, 𝐨𝐮 𝐧𝐚 𝐦𝐨𝐫𝐭𝐞.

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KAIDEN VOLKOV

Mansão dos Volkov
Segunda-feira, 02:00 PM.

     Eu estava no meu escritório, a luz suave do monitor banhando meu rosto, enquanto a máscara que eu usava ocultava as emoções por trás do meu olhar calculista. Do outro lado da tela, uma série de outras máscaras cobria os rostos de indivíduos igualmente enigmáticos — eu sabia quem eles eram, mas eles não tinham a menor ideia de quem eu era.

    O que eles sabiam era que precisavam de mim para conduzir seus negócios ilícitos na internet. Todos nós estávamos conectados por uma rede complexa de interesses obscuros. 

    — O que está acontecendo? — perguntou uma das figuras, a voz dela carregada de tensão. — Os sites estão sendo invadidos e a Rede Profunda está se tornando um caos. Nossos principais compradores estão aterrorizados.

    — Eu entendo a preocupação, — minha voz soou controlada e calma através da máscara, — e garanto que estou fazendo o possível para identificar quem está por trás disso.

     Outra figura, que parecia estar no comando de um dos maiores mercados negros, interrompeu, sua voz carregada de frustração.

     — Eu conto com você, Devil. Já arruinaram inúmeras vendas de órgãos que eu estava intermediando. Esses bastardos estão bagunçando tudo.

      Eu mantive a calma, embora por dentro a frustração também se acumulasse. A criptografia avançada desses invasores  tornava o rastreamento extremamente complicado. Centenas de códigos criptografados se misturavam em uma rede emaranhada, e o processo de decodificação era como buscar uma agulha em um palheiro digital.

     — Não se preocupem, — eu disse, tentando tranquilizar os presentes. — Estou trabalhando para localizar esses responsáveis, mas o nível de criptografia é muito alto. Negócios que envolvem centenas de códigos e camadas de segurança não são fáceis de quebrar.

      Os murmúrios de descontentamento diminuíram, e eu percebi que minha tentativa de acalmar a situação estava funcionando. Eu precisava fechar a reunião, mas antes disso, precisava garantir que os presentes soubessem que estavam em boas mãos.

      — Vou cuidar de tudo. — continuei, minha voz firme. — Agora, tenho negócios urgentes para resolver. Vou encerrar a reunião por aqui.

      Houve um consenso silencioso enquanto cada um dos participantes se despedia com um tom reverente. A chamada foi encerrada e eu observei a tela enquanto a janela de reunião desaparecia. No instante seguinte, percebi um movimento peculiar. Uma série de códigos verdes começou a descer pela tela, sinalizando uma tentativa  de hackeamento. Os tentáculos de uma invasão  estavam tentando acessar o sistema que eu acabei de utilizar. O sorriso que se formou em meus lábios era um misto de ironia e satisfação.

     Sem perder tempo, comecei a digitar rapidamente no teclado, minhas habilidades de hacker são única e incomparáveis. Enviei vírus destrutivos e implementei atividades de contra-hacking enquanto os códigos processavam a uma velocidade alucinante.

     O laptop, que estava cada vez mais sobrecarregado e começou a exibir uma tela preta. O processo de destruição estava completo. O aparelho, agora inutilizável, era apenas um pedaço de lixo eletrônico. Sem um segundo pensamento, eu o fechei e o joguei no lixo, sabendo que sua função havia sido cumprida e que a ameaça tinha sido neutralizada.

     Retirei a máscara e deslizei a mão pelo meu rosto suado. Administrar os negócios da minha família não era tarefa fácil. O império que agora controlamos começou com meu bisavô, um dos homens que dominava o mercado negro global. Cada país tinha um representante, e da Rússia era meu bisavô, Boris Volkov. A herança sombria foi passada de pai para filho, sempre para os mais velhos.

ᴍɪɴʜᴀ ᴅᴇsᴛʀᴜɪçãᴏOnde histórias criam vida. Descubra agora