𝟐𝟕: 𝐍𝐞𝐠𝐨𝐭𝐢𝐚𝐭𝐢𝐨𝐧𝐬 - 𝐏𝐚𝐫𝐭𝐞 𝟐

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GABRIELLA HUNTER

Sem localização;

03:00 AM. 

       Meu rosto estava pressionado contra o chão gelado do quarto, a superfície áspera e fria fazia meus lábios se contraírem involuntariamente. Minhas mãos, abertas e calejadas, apoiavam-se nos azulejos frios, enquanto meus joelhos se arqueavam em um ângulo desconfortável, quase como se o chão estivesse me puxando para mais perto dele. A respiração saía em pequenas nuvens de vapor, misturando-se ao ar denso e pesado ao meu redor. 

      Eu estava de quatro, com as costas arqueadas e os músculos tensos, uma sensação de vulnerabilidade tomando conta de mim. Não fazia ideia de como cheguei a esse estado, mas a confusão na minha mente só aumentava, enquanto sentia Kaiden se posicionar e deslizar seu pau novamente para dentro de mim. Minhas pernas tremulavam involuntariamente sob suas investidas.

        — Você quer que eu pare? Lembre-se de dizer "vermelho" se não quiser continuar. — ele perguntou, e senti o sarcasmo em suas voz.  — Ah, não consegue falar, bonequinha?

       Lancei um olhar mortal para um ponto fixo na parede ao ouvir sua provocação. Na terceira rodada, Kaiden sugeriu que eu usasse a palavra "vermelho" como um código. Se, em algum momento, eu me sentisse desconfortável e quisesse parar, bastaria dizer essa palavra. Ele demonstrava genuinamente estar preocupado em garantir que eu não me sentisse forçada a continuar. Mas, ao mesmo tempo, parecia que estava me provocando apenas para me desafiar, como se quisesse testar até onde eu iria. Cada palavra que ele dizia parecia ter um tom de provocação, como se estivesse tentando me levar ao limite para depois mostrar que não consigo aguentar.

     E o que mais me irritava, era que eu estava quase sem voz. Ele fodeu não só meu corpo, mas minhas cordas vocais. Limpei a garganta com saliva e me preparei para o bote.

         — Não pare... Brandon. — gemi, e logo senti um ardor se alastrar pela minha bunda.

          — Como ousa gemer o nome de outro homem? — ele segurou meu cabelo envolvendo-o grosseiramente em seu punho. — É meu pau que está dentro de você, porra! — puxou os fios ruivos com força fazendo minhas costas arquearem ainda mais.

        Eu gosto de desestabilizá-lo. Não importa quantos anos passem, ainda será um prazer vê-lo fora de si por minha causa. Unicamente.

         — Devo ter confundido, sabe? Ele me fodeu de todas as maneiras possíveis — disse, em um tom zombeteiro.

        Um grito estridente escapou quando recebi outro tapa ainda mais forte que o anterior.

        — Quantas vezes vocês fizeram? — rosnou, movendo o quadril sem piedade.

         Abri a boca para falar mas ao invés de palavras saiam sons incompreensíveis. Eu tentava falar, formar sílabas, mas ele me impedia cada vez lançava as mãos contra minhas nádegas, fazendo minha pele queimar sob o contato violento.

        — Responda! — exigiu, saindo de dentro de mim e depois voltando com tudo.

       Inspirei profundamente, permitindo que o ar enchesse meus pulmões e respondi:

       — Mais do que eu posso contar.

       — Vadia maldita... — ele desacelerou o ritmo e suas mãos acariciavam a região que havia batido com tanto êxito. Então, seu polegar roçou na minha segunda entrada e eu arregalei os olhos. — O desgraçado enfiou o pau aqui?

ᴍɪɴʜᴀ ᴅᴇsᴛʀᴜɪçãᴏOnde histórias criam vida. Descubra agora