Capítulo 11

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Raquel estava em sua sala, a tensão crescendo como um vulcão prestes a entrar em erupção. Ela se lembrava das palavras de Evelyn e de como a jovem a havia desafiado na frente de todos. Aquela insolência não ficaria sem resposta. Raquel decidiu que era hora de usar as informações que possuía para colocar Nicolas, o pai de Evelyn, em seu lugar. Com um sorriso malicioso nos lábios, ela pegou o telefone e ligou para ele.

Quando Nicolas atendeu, Raquel não perdeu tempo. — Nicolas, você precisa ouvir isso. Se eu for arrastada para o jogo de poder da sua família, vou ter que contar a todos que a mãe de Evelyn, Isis, era uma psicopata e prostituta. — Sua voz era cortante, cheia de desprezo. Ela sabia que as palavras dela tinham o poder de devastar, e ela estava disposta a usar isso a seu favor.

Mas, naquele momento, Evelyn entrou na sala, e as palavras de Raquel caíram como uma bomba. — Isso é verdade? — ela questionou, com uma calma fria que fez Raquel hesitar.

Nicolas, surpreso e preocupado, virou-se para a filha. — Calma, filha, não ouça o que ela diz. Isso é só uma tentativa de provocar.

Mas Evelyn não se deixou abalar. Com um olhar desafiador, ela virou-se para Raquel. — Você acha que isso é uma vergonha para mim? Minha mãe era forte e sabia jogar o jogo do poder. E você, Raquel, é apenas uma vadia tentando se impor com suas ameaças.

As palavras cortantes de Evelyn ecoaram na sala, e Raquel sentiu a raiva e a humilhação subirem dentro dela. Mas antes que pudesse responder, Evelyn se virou e saiu, o batente da porta fechando-se atrás dela com um estrondo.

Dentro do carro, Evelyn sentiu a adrenalina correr em suas veias. Ela precisava entender o passado de sua mãe. Raquel podia tentar usar essa informação contra ela, mas, na verdade, era uma parte de sua história que a fascinava. A mente dela estava a mil por hora enquanto dirigia, e ela decidiu que iria descobrir mais sobre Isis.

Após algumas ligações e pesquisas, Evelyn conseguiu descobrir onde sua mãe havia trabalhado. Era um bordel na parte antiga da cidade, um lugar que tinha histórias a contar e segredos a serem revelados. Quando chegou, o ambiente era opressivo, mas a curiosidade a guiava.

Dentro do bordel, ela encontrou Melinda, uma mulher que tinha conhecido sua mãe. Melinda era uma figura imponente, com um ar de sabedoria que veio dos muitos anos vividos.

— Eu conheci sua mãe, querida — disse Melinda, olhando para Evelyn com um misto de respeito e nostalgia. — Ela era charmosa, fria, mas psicopata. Contudo, era leal a quem amava. Você deve saber que sua mãe não era uma mulher comum.

Evelyn ouviu cada palavra com atenção, absorvendo a imagem de Isis que Melinda estava pintando. Ela não era apenas uma mulher com um passado conturbado; ela era uma força a ser reconhecida. E, com isso, um novo entendimento sobre sua própria identidade começou a se formar.

— Quero saber tudo sobre ela — disse Evelyn, a determinação em sua voz clara como cristal. — Eu quero entender quem ela era de verdade.

Melinda assentiu, e com um sorriso enigmático, começou a compartilhar histórias que iriam moldar a visão de Evelyn sobre seu passado e seu legado. O jogo de poder estava apenas começando, e Evelyn estava pronta para jogar.

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