Capítulo 31

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O tribunal estava repleto de tensão e expectativa enquanto o julgamento de Raquel prosseguia. O advogado de defesa, um homem astuto e experiente, levantou-se, pronto para questionar Evelyn e Dominic. Sua estratégia era clara: desacreditar a integridade de Evelyn e a competência de Dominic, na esperança de desviar a atenção das ações de Raquel.

— Senhora Parker — começou o advogado, sua voz calma e cortante, como uma lâmina afiada. — Você realmente acredita que sua mãe era uma mulher forte e digna? Sabemos que ela teve um passado problemático, e isso reflete em sua criação. Não há dúvida de que suas ações são motivadas por traumas que você herdou dela.

O advogado lançou um olhar desdenhoso na direção de Dominic. — E você, Dominic Parker, o que realmente sabe sobre responsabilidade e família? Afinal, você casou-se com uma mulher que, segundo o que sabemos, tem suas próprias vulnerabilidades. Como pode garantir que sua esposa não está usando isso como uma ferramenta para manipulação?

Evelyn sentiu uma onda de raiva e desdém ao ouvir aquelas palavras. Ela respirou fundo, mantendo a compostura. Quando seu advogado a incentivou a responder, ela se levantou, sua presença forte e determinada.

— Minha mãe, Isis, era uma mulher complexa — disse Evelyn, sua voz firme. — Ela pode ter feito escolhas questionáveis, mas sempre me ensinou a ser forte, a lutar pelo que é certo e a não deixar que os outros me manipulem. Ao contrário de Raquel, que se esconde atrás de mentiras e manipulações para alcançar seus objetivos.

Dominic a observava com orgulho, admirando sua coragem. Ele se levantou em seguida, dirigindo-se ao juiz.

— O que a defesa está tentando fazer é apenas uma tentativa desesperada de desviar a atenção dos crimes cometidos por Raquel. Ela não apenas prejudicou minha esposa e a criança que esperamos, mas também se envolveu em uma série de ações traiçoeiras que levaram à morte do meu sogro. O passado da minha esposa não define quem ela é agora, e a força que ela carrega é um reflexo de tudo o que ela superou.

A tensão na sala aumentou, e o juiz balançou a cabeça, impondo silêncio. Ele então pediu que a defesa apresentasse evidências concretas, em vez de apenas questionamentos baseados em especulações.

Raquel observava a cena de sua cadeira, um olhar de raiva e frustração em seu rosto. Sabia que a situação estava se tornando crítica e que precisava agir rapidamente. Quando seu advogado se sentou, ela decidiu que era hora de mudar de estratégia.

— A verdade é que não importa o que essa mulher diga — ela declarou, sua voz cortante. — Eu fiz o que fiz porque o que está em jogo aqui é muito maior do que apenas a vida de uma criança. É sobre o controle, o poder e o legado. E eu não tenho medo de lutar por isso, mesmo que precise sacrificar quem quer que seja para conseguir.

O tribunal ficou em silêncio, o choque nas faces de todos presentes era palpável. A confissão de Raquel deixou a sala em um estado de expectativa. O juiz, surpreso pela audácia dela, pediu que ela fosse mais específica em suas declarações, mas o olhar de Raquel já havia se transformado em um desafio.

Dominic e Evelyn trocaram um olhar determinado. Eles sabiam que a batalha estava longe de terminar, mas juntos eram mais fortes, prontos para lutar contra Raquel e suas traições, enquanto se preparavam para proteger o futuro de sua filha, Perséfone. A luta pelo poder e pela justiça estava apenas começando.


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