Capítulo 33

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O clima no tribunal era tenso, com todos os presentes aguardando ansiosamente a entrada de Venâncio. Ele havia sobrevivido ao acidente que quase custou sua vida e, agora, sua presença era fundamental para a conclusão do julgamento. Quando finalmente entrou na sala, sua postura era firme, mas os sinais de estresse eram visíveis em seu rosto.

O advogado da acusação, com um olhar astuto, começou seu interrogatório.

— Senhor Venâncio, você sabia que sua esposa, Raquel, tentou fazer com que sua nora, Evelyn, perdesse a filha, Perséfone?

Venâncio hesitou por um momento, a gravidade da pergunta pesando sobre seus ombros.

— Não, eu não sabia — respondeu ele, a voz estável, mas com um toque de incerteza. — Eu sempre acreditei que Raquel tinha boas intenções em relação à família.

O advogado fez uma pausa, observando a reação da plateia, antes de continuar.

— E pode nos dizer, após descobrir os planos de Raquel, por que seu filho, Dominic, decidiu se mudar de sua casa?

— Dominic tomou essa decisão para proteger sua esposa e seu filho — respondeu Venâncio, com uma firmeza crescente. — Ele é um homem responsável e ama profundamente sua família.

O advogado da defesa tentou contestar.

— Então, você não tinha ideia do que estava acontecendo dentro de sua própria casa?

Venâncio olhou fixamente para o advogado, sua expressão endurecendo.

— Eu não poderia ter previsto as ações de Raquel. Quando descobri a verdade, fui pego de surpresa. Ninguém deveria ter que passar por isso, especialmente não a minha família.

Após algumas perguntas, Venâncio se retirou, e o tribunal se preparou para o veredicto. Todos os olhares estavam fixos no juiz, que olhou para o júri.

— O tribunal se reuniu e chegou a um veredicto. Raquel Parker, você é condenada por suas ações que colocaram em risco a vida de uma criança e por sua tentativa de causar danos irreparáveis a sua nora. Sua pena será de 50 anos de prisão.

Um murmúrio percorreu a sala enquanto Raquel, incrédula, tentava processar as palavras. Seu olhar se fixou em Dominic e Evelyn, cheios de determinação e força. A realidade de sua condenação a atingiu como um soco no estômago.

Dominic, por sua vez, sentiu um misto de alívio e raiva. Era uma vitória, mas a dor que sua família sofreu era indiscutível. Ele apertou a mão de Evelyn, que estava ao seu lado, e sentiu a força dela em sua palmada.

— Nós conseguimos, meu amor — disse ele, olhando nos olhos dela, que reluziam com lágrimas de alívio e emoção.

Evelyn assentiu, seu coração batendo com um misto de felicidade e tristeza. Embora Raquel estivesse prestes a ser levada, o peso do que haviam enfrentado ainda estava presente.

— A verdade prevaleceu — murmura Melinda, que estava próxima a eles, também emocionada.

A polícia se aproximou de Raquel, que não queria acreditar no que estava acontecendo.

— Você não pode fazer isso! — ela gritou, sua voz carregada de desespero enquanto era levada para fora da sala do tribunal.

Dominic e Evelyn trocaram um olhar cúmplice. Sabiam que ainda havia um longo caminho pela frente, mas esta era uma vitória significativa. Era a hora de recomeçar, não apenas para eles, mas para a nova vida que estava a caminho.

— Vamos garantir que Perséfone tenha um futuro brilhante — disse Dominic, a determinação em sua voz clara como cristal.

Evelyn sorriu, sentindo a força de sua família ao seu lado, e juntos, eles se prepararam para enfrentar o futuro com coragem e amor.


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