Isís: Qual foi Joca, vou chegar atrasada cara! _ Resmunguei observando o pretinho dirigindo como se tivesse desfilando, esse moleque é doido em tirar minha paciência, todo dia logo cedo já me irrita pô.
Joca: Fica suave, truta. Tô indo na santa paz pô, teu pai me ameaça todo dia dizendo que se eu te der um raladinho, ele corta meu pinto fora. Tô podendo brincar com o veinho não. - Balançou a cabeça e eu fiquei com vergonha, querendo enterrar minha cabeça em qualquer buraco. Se bem que seria um pecado tirar uma parte tão importante dele, gostoso toda a vida.
Isís: Não me machucar é uma coisa, mas tá me matando ver você indo de 40 por hora e me atrasar. Olha aqui Joca, eu mesma vou cortar teu pinto se tu não acelerar esse caralho desse carro, e chegar na minha escola logo. - Ameacei e fechei a cara vendo ele rir, tô falando, esse garoto gosta de me estressar.
Joca: Qual foi gatinha? Estresse demais acaba com o coração. - Bufei irritada, ele é muito tranquilo, mas me acalmei quando ele começou a acelerar o carro e rapidinho parou na porta da minha escola.
Isís: Tchau tchau Joca, até a hora do almoço. - Me despedi e ele apenas concordou com a cabeça, e eu fechei a porta.
(...)
Nunca agradeci tanto por escutar um sinal tocar na minha vida, essa escola dá aulas chatas todos os dias, mas hoje, os professores conseguiram se superar no tédio. Uns assuntos nada a ver com nada direito, e olha que eu sou super estudiosa e dedicada em aprender, mas foi foda hoje.
Fiquei esperando na porta da escola, enquanto a Maressa me fazia companhia, até o Joca chegar. Inclusive, já era pra ele ter chegado.
Foi se passando um tempo, e do nada, já fazia 20 minutos que eu estava esperando e nada dele chegar. Eu sei que o Joca é um lerdo, mas não desse tanto também, comecei a ficar preocupada e liguei pra minha mãe.
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Diana: Oi, amor! Tudo bem?
Isís: Cadê o Joca? Tá tudo bem com ele?
Diana: Como assim cadê o Joca? Você não tá em casa? Ele não te buscou?
Isís: Não, ué. Eu tô na escola ainda, esperando por ele.
Diana: Vou ir te buscar então, liga pro teu pai e avisa, tô ocupada pra ligar por agora.
Isís: Tudo bem, mamãe.
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Desliguei a ligação achando tudo muito esquisito, e toquei no contato do meu pai, esperando ele atender.
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Coronel: Oi pacotinho. Qual foi?
Isís: Pai, tá tudo bem com o Joca? Ele não veio me buscar ainda.
Coronel: Como não pô? Saiu daqui faz quase 40 minutos. Aonde tu tá?
Isís: Na escola, tava esperando por ele, mas a mamãe já vem me buscar. Fiquei preocupada, ele nunca demorou esse tanto de tempo.
Coronel: Beleza, hora que chegar em casa me dá um toque, vou tentar achar ele. Te amo!
Isís: Te amo!
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Maressa: Tá tudo bem? - Questionou fazendo um coque no seu cabelo loiro e eu fiz um biquinho, concordando com a cabeça. - Meu pai chegou, beijos, até Segunda.
Isís: Vai com Deus, Ma! Até segunda. - Ela sorriu e atravessou a rua, entrando em um Jaguar dourado.
Alguns minutos depois, logo minha mãe apareceu com o carro dela, a rua já tinha dado uma esvaziada do fluxo que estava. Então eu atravessei rapidinho e entrei no Audi preto, que tava com o ar ligado e o interior gelado, com o cheiro do perfume da minha mãe espalhado por todo o carro.
Diana: Espero que esteja tudo bem com o Joca, ele não costuma sumir assim. - Demonstrou preocupação e eu concordei com a cabeça, achando estranho também. - Vamos precisar passar no escritório antes de ir pra casa, no caminho eu pego algo pra gente comer, tudo bem?
Isís: Sim, mamãe. - Sorri e fomos conversando, até chegar no escritório dela.
