47.

2.1K 145 22
                                    

Coronel. 💣

Depois de bater muito no filha da puta do Corola, sentei na cadeira em frente ele, observando a cara toda estourada, sangrando, e as pernas e braços roxos.

Coronel: Vai falar onde o pacato tá, ou tu quer apanhar mais? - Questionei e ele riu, cuspindo o sangue da sua boca.

Pacato foi esperto durante 17 anos, papo de fugir do Brasil e ficar lá na Rússia, protegido pelo PCC, mas ele tá de volta, ele voltou. A carolina se tornou meu projeto pessoal, tô deixando ela viver como se ninguém soubesse o que ela tem feito, infernizado meu casamento durante esses 17 anos, porque o que é dela já tá chegando.

Corola: Falo pô, falo quando tu me soltar dessa porra e me devolver pra minha casa. - Fez graça e eu senti meu sangue ferver, e meu corpo esquentar, pronto pra matar ele.

Coronel: Você vai falar Emerson, vai falar porque se não eu vou estourar tua boca com fuzil. - Ri sarcástico e me levantei de novo, indo até ele. Passei minha mão no seu pescoço e puxei seu cabelo pra trás com força, escutando seu gemido de dor.

Corola: Como tua filha tá? Eu tenho olhos e ouvidos por aqui, escutei sobre ela se envolver com o teu soldadinho de merda, fiquei sabendo antes de você. - Falou com dificuldade, e eu soltei a cabeça dele.

Olhos e ouvidos..

Minha cabeça passou inúmeras pessoas nessa porra, mas uma persistiu, e minha intuição não falha.

Corola: Vamo fazer um acordo pô, eu te entrego o Pacato, e tu me entrega o Joca. - Franzi a sobrancelha, e tentei entender qual o fundamento da proposta. Fui até a minha mesa e peguei um fuzil, pronto pra fazer ele falar.

Coronel: Não traio os meus por ego, Corola. E tu vai aprender isso direitinho! - Mirei o fuzil no pé e atirei, escutando o grito alto de dor, e olhando sua cara roxear, e seu corpo bambear. - Aguenta, filho da puta! Tu é mais que isso, não é? Não é o dono da porra toda? Faz jus ao teu nome, caralho. - Dei risada vendo ele desmaiar, e escutei a voz do tucano no radinho.

Tucano: Pacato tá na maré, acabou de ser visto saindo da boca. - Encarei o Corola ali caído, e sorri de canto.
Coronel: Sobe com a equipe preparada, quero ele vivo! Argentino no comando. - Ordenei e coloquei o radinho na cintura, saindo do galpão.

É hoje que esse filha de uma puta deixa de infernizar a porra da minha vida.

Entrei no meu carro, e logo chegou mensagem da Diana.

Minha vida: Vem almoçar em casa? (11:36)
Coronel: Vou, mas vou passar pra comprar comida (11:37)
Coronel: Isís chegou? (11:37)
Minha vida: Sim, acabou de chegar (11:38)

Dei partida e acelerei, indo no restaurante da minha mãe.

(...)

Cheguei em casa e vi a Diana deitada no sofá, de pijama, ela nem foi trabalhar pq acordou vomitando pra caralho.

Diana: Oi, amor! - Sorriu e se levantou, me dando um abraço.

Coronel: Melhorou, minha vida? - Ela balançou a cabeça concordando e eu encostei minha boca na dela.

Diana: Isís saiu com o Juan, disseram que ia lá no bar da Neide. - Fiz careta, uma cachaceira de 17 anos.

Coronel: Vem comer, amor. - Chamei colocando a marmita em cima da mesa, e ela me olhou calada, parada na sala.- Amor?

Diana: Vem aqui rapidinho, quero te dar um negócio. - Me puxou pela mão e subimos até o quarto.

Coronel: Vai me dar o cu? - Perguntei na sinceridade mermo, maior tempão que eu tô tentando e a diaba não libera.

Diana: Porra Vinicius, não estraga cara. - Resmungou abrindo a porta, e eu bati o olho na caixinha de presente, em cima da cama.

Franzi a sobrancelha tentando imaginar o que seria, e ela me entregou, com um sorriso lindo no rosto.

Diana: Abre! - Falou eufórica, e ainda calado, eu desfiz o laço e tirei a tampa com cuidado, revelando o teste de gravidez e um sapatinho branco do lado.

Minha cabeça deu um giro em toda minha vida, no que eu já passei e nos bagulho que já fiz. Meu coração doeu, assim como meus olhos encheram de lágrimas. A felicidade foi instantânea, era algo que não cabia no peito pô.

Coronel: Na moral? - Questionei olhando ela que já tava chorando, e só balançou a cabeça. - Porra, minha vida! - Gritei de felicidade e passei meu braço ao redor dela, abraçando apertado.

Deixei as lágrimas cairem, e a felicidade transbordar sobre meu peito, eu era o homem mais realizado desse mundo!

Diana: Papais de novo! - Me olhou sorrindo em meio as lágrimas e eu beijei sua boca, feliz pra caralho.

Coronel: Eu amo vocês, mais que tudo nesse mundo.

Entrelaçados.Onde histórias criam vida. Descubra agora