Coloquei meu fone de ouvido e sentei no banco de trás do carro, enquanto meu pai guardava as malas na parte de trás. Eu tava com a roupa mais confortável que existia, meu conjunto de moletom, pronta pra dormir até chegar em Angra.
Observei o carro do Joca parar do nosso lado e ele desceu o vidro, falando com meu pai. Do lado dele tava a Helena, prontinha pra me fuzilar com os olhos, e a bonita não fez nem questão de disfarçar, papo de que os 20 segundos que ela ficou me olhando, os 20 eu sentia minha alma sendo sugada.
Subi o vidro pra evitar que as energias ruim dela continuasse chegando até mim e me ajeitei, ficando toda encolhida no banco de trás.
Meus pais entraram conversando, e logo iniciamos nossa viagem, sentido a rodovia. E a partir dali, eu apaguei e dormi durante tooodo o caminho.
(...)
Acordei quando meu pai parou o carro, tava escuro ainda, 4 da manhã. Me estiquei e abri a porta, vendo meu tio Thiago parar o carro logo atrás, e em seguida o cruze do Joca encostar.
Letícia: Cara de sono eim moça. - Falou comigo e eu ri fraquinho, ainda tava fazendo o processamento do meu cérebro.
Juan: Acorda, puta! - Bateu na minha testa e eu ri mostrendo dedo pra ele. - Tua amiga tá lá, sorrindo, e você com essa cara feia ai. - Debochou olhando a Helena e eu fiz careta, dando um soco no estômago dele que gemeu de dor.
Joca: Vai matar o moleque. - Riu passando pela gente e eu imitei ele sem fazer som, fazendo o Juan querer me bater pra devolver o soco.
Isís: Quem fala demais, recebe o que não quer. - Falei alto sem intenção alguma e escutei a Helena bufar. Que garota doida, meu Deus.
Juan: Ó, nós vai dormir no mesmo quarto, se ligou? Teu pai e tua mãe vão ter que providenciar um moleque pra mim hoje. - Fiz cara de nojo e neguei com a cabeça.
Coronel: Falei que tu acertou fazendo esse moleque Thiago, eu sempre comemorei a vida dele. - Riu e minha mãe revirou os olhos, entrando pra dentro da casa.
Fui seguindo ela enquanto o Juan não parava de falar atrás de mim.
(...)
Acordei com o sol raiando na minha cara, e um braço atravessando meu rosto. Braço feio daquele, só podia ser o Juan cara, tomar no cu. Empurrei ele pra lá que nem se acordou, continuou roncando alto. A música tava chegando aqui no quarto, e o barulho da conversa deles também.
Me levantei, peguei um short jeans na mala e um biquíni. Fui pro banheiro, tomei um bomm banho e me vesti por lá mesmo.
Antes de sair, tirei uma foto e postei nos stories do insta, bem bonitinha.
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Vesti o short, guardei o celular e saí do banheiro, vendo que o Juan já tinha saído do quarto. Fui descendo as escadas e todo mundo tava no quintal, minha mãe e a dinda na piscina, meu pai e o tio Thiago bebendo e o Joca na churrasqueira, assando carne e falando com o Juan. A Helena tava de biquíni, deitada na espreguiçadeira com um pano na cara.
Fingi não ter visto ela ali e fui em direção ao Juan que tava me chamando. Eu podia perceber de longe os olhares do Joca sob meu corpo, mesmo que ele tentasse disfarçar. E eu comecei a ficar com vergonha e até mesmo esquecer como se andava, dando um trupicão quando fui chegando perto deles, o que foi o suficiente pra todo mundo rir de mim.
Ai que droga.
Juan: Tu é uma jamanta mesmo viu. - Fez graça e eu fiz careta, olhando o Joca que continuava de cara virada, olhando pra qualquer lugar menos pra mim.
Roubei um pedaço de carne do prato do Juan e fui pra piscina, junto com a minha mãe.
Letícia: Fiquei sabendo o que aconteceu. - Cochichou do meu lado e eu fiz um beicinho. - Gente bonita incomoda mesmo, e outra, Joca é muito bonito também, ela se sentiu ameaçada. - Riu baixo.
Diana: Coronel queria tirar satisfação com ela, eu que não deixei. - Falou baixo também e eu continuei calada, observando elas conversarem, e sentindo o olhar do Joca ferver em mim.