12.

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Isís. 🌪️

Já era de noitinha e todo mundo resolveu descer pra praia, mas eu tava com muita, muita dor de cabeça. Fiquei na sala, embrulhada de coberta e assistindo algumas coisas que passava na TV.

Escutei a porta abrir e vi o Joca passar por ela, ele me encarou e eu desviei o olhar, lembrando do nosso momento de mais cedo. Era como se meu juízo tivesse sumido assim que ele me tocou, foi surreal a conexão, eu podia sentir meu corpo pegar fogo e implorar por mais.

Joca: Vai descer não? - Questionou vindo pro meu lado com uma latinha de Heineken na mão e eu fiz um beicinho balançando a cabeça pra negar. - Porque?

Isís: Muita dor de cabeça. - Desviei o meu olhar do dele e voltei pra televisão. - Tudo bem? - Questionei vendo ele ainda parado do meu lado.

Joca: Uhum. Tá com febre? - Encostou o peito da mão na minha testa e eu arrepiei lembrando da sua mão passando pelo meu cabelo. - Tá não.

Isís: É só dor de cabeça, Joca. - Resmunguei e ele franziu a sobrancelha.

Joca: Tomou remédio? - Balancei a cabeça negando. - Aí tu fode né Isís, porra, tu trouxe remédio?

Isís: Não né, se eu tivesse trazido já tinha tomado, sonso. - Resmunguei brava e me levantei do sofá, sentindo o olhar do Joca percorrer todo meu corpo, o que me fez lembrar que estava apenas de shortinho de pijama e um top de renda.

Joca: Desgraçada. - Sorri de canto e passei na frente dele bem devagar, fazendo questão de dar uma mínima rebolada com a bunda. - Isís.

Isís: Hm? - Me virei pra ele e fiquei bem pertinho, com a cabeça levemente levantada, olhando bem nos seus olhos.- Fala, Joca.

Ele entreabriu a boca um pouco e segurou minha cintura, me deixando mole apenas com seu toque, me fazendo novamente, perder todo o juízo que me restava. 

Helena: Que porra é essa? - Gritou abrindo a porta e eu me afastei do Joca, indo pro lado. Fodeu! - Filha da puta.

Veio na minha direção prontinha pra me bater, segurou meus cabelos e aí sim me deixou com raiva, já logo puxei seus cabelos também e dei um soco no seu nariz, que desceu o sangue na hora.

Minha mãe não criou filha vagabunda não!  Recebi um tapa na cara que senti cortando minha boca, pelo gosto do sangue. E assim que eu ia dar mais um soco nela, o Joca me puxou pela cintura, enquanto eu me debatia pra ele me soltar.

Joca: Qual foi, Isís? Acalma pô. - Me colocou no chão, ainda me segurando e logo eu ouvi a voz da minha mãe.

Diana: Desgraçada! - Gritou puxando a Helena pelos cabelos e jogando ela no chão. E logo veio a dinda também que começou a bater nela, e virou um rolo só, enquanto isso, a Helena só apanhava.

Meu pai logo chegou com meu tio e o Juan, ajudaram a tirar as duas de cima da vagabunda. E meu pai, depois de ver se minha mãe tava bem, correu até a minha direção.

Coronel: Que isso? - Questionou passando a mão na minha boca e olhou seu dedo sujo de sangue. Pude ver sua veia da testa saltar e ele ficar vermelho, com muita raiva.

Isís: Pai, tá tudo bem. - Tentei acalmar ele, e ele só direcionou o olhar pra mão do Joca me segurando, que logo soltou, cagao.

Coronel: Tu leva essa vagabunda do caralho embora agora, ou vai tu e ela pro desenrolo, tá maluco deixar a sua namorada encostar na minha filha sujeito? Eu vou matar essa filha da puta. - Esbravejou e o Joca franziu a sobrancelha se afastando e puxando a Helena do chão pelos braços.

Diana: Você tá bem? - Perguntou me abraçando e eu balancei a cabeça pra concordar. - Eu sabia Vinicius, eu te avisei pra deixar bem claro pro Joca pra não trazer ela, tu nunca me escuta cara. - Brigou com meu pai que suspirou e passou a mão na cabeça.

Thiago: Amanhã a gente resolve, agora tá todo mundo de cabeça quente. Vai tomar um banho, pequena. - Falou comigo e eu só virei de costas e subi as escadas, ai que ódio, nunca precisei apanhar de ninguém. Nunca apanhei, e vem essa mocreia pra cima de mim.

Entrelaçados.Onde histórias criam vida. Descubra agora