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Terror

Ontem a noite com a ruivinha foi muito boa, claro que eu gostaria que tivesse terminado na minha cama, mas foi boa também. Agora estou aqui na boca conversando com o Menor.

Terror: Tudo bem, Menor.— pousei os papéis que estava vendo— Vendo isso e com o que você disse o meu irmão tem se comportado.

Menor: Sim, chefe. Ele cuida do dinheiro que entra e saí, mas pô tudo na regra.— assenti.

Terror: E aquele lixo que mandei você limpar ontem?

Menor: Tudo na regra também, chefe. O chefe fez um estrago grande, namoral.— ele sorriu— Fez por merecer?

Terror: E como fez.— ele assentiu— E a Valentina?

Menor: Bem aquela lá, com todo o respeito pelo chefe, mas é uma barraqueira, levei ela pra casa arrastada mermo. Mas lá ficou e lá está.

Terror: Obrigada, Menor. Tens te comportado bem, serás bem recompensado esse mês.

Menor: Valeu aí, chefe.— ia fazer toque comigo, mas foi interrompido quando a Juliana entrou— Bem, eu já vou.— assenti e ele saiu.

Terror: Prima.— apoiei os cotovelos na mesa— Onde você colocou as boas maneiras?

Juliana: No lugar onde você enfiou o teu bom senso.— sorri e me encostei na poltrona— Eu sei qual é o teu plano.

Terror: Não sei do que falas?— eu sei, mas quero ver até onde ela sabe— Qual exatamente é o meu plano segundo você?

Juliana: Cara, de burro você não tem nada e nem de sonso... Eu sei de tudo. Sei o que falaste para a Ariela, até aí tudo bem fazeres fofoca, mas me fazer perder tempo e deixar a Ariela sozinha em casa à noite só por ciúmes teus? É demais.

Terror: Não sei o que estás a falar.

Juliana: Não?— ela se aproximou de mim— Você mandou mensagem marcando uma reunião que você não apareceu e eu fiquei aqui esperando como uma imbecil enquanto você... você...

Terror: Estava com a Ariela?— ela olhou desentendida — O quê, prima? A Ariela não te contou que a gente saiu ontem à noite?—ela fechou os punhos e eu ri— Querida, prima...— me levantei e fiquei frente a frente dela— Eu não tenho culpa se você foi uma imbecil, além do mais eu mandei uma mensagem cancelando.

Juliana: Não, você não mandou.— não mandei mesmo— Isso tudo por causa da Ariela? Cara, por alguém que não te quer?

Terror: Ela te disse isso?— ela se calou— Bem, não foi o que pareceu ontem quando ela me beijou e fez parecer que foi o melhor beijo que ela já deu... melhor que o vocês deram.

Juliana: Você se tornou um cara tão possessivo e ciumento ao ponto de estragar a nossa amizade?— ri alto.

Terror: Que amizade? Você chamar a nossa relação respeitável de amizade é desesperador. Já você, fazendo esse escândalo por alguém que nem namorar com você namora, que só te usa para se satisfaz é bem triste.— me sentei de novo na poltrona.

Juliana: Eu devia perceber que você quer ela, mas você não vai conseguir. Ela merece alguém melhor do que você, alguém como...

Terror: Você? Engraçado porque ela não acha isso. Se afasta da Ariela, continuam amigas, o que seja, mas se eu souber que você tocou nela de novo... eu acabo até com essa relação respeitável que temos.

Juliana: Ela não transou com você, não é?— ela gargalhou— Todo esse tempo e você não conseguiu o que eu tenho sem nem pedir e olha, primo... ela é tão gostosa de comer e quando geme o meu nome melhor ainda.— me levantei e segurei o colarinho da camisa dela e ela começou a rir—Não te garantes, Terror? Você não decide com quem ela fica ou não e eu não vou deixar ela ficar com você.

Terror: O aviso eu já dei, espero que sejas inteligente o suficiente para me ouvir, se não...— larguei ela— Agora saia da minha sala enquanto ainda te respeito como aliada.

Ela saiu e me sentei sentindo algo que só senti quando soube que o Jotta estava comandando o meu morro... se a Juliana acha que vai conseguir tirar o que é meu, ela não me conhece.

Sem Limites _MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora