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Ariela

Juliana: Você está bem? Como isso foi acontecer, cara? Sabia que você não deveria ir no morro do Terror.— se sentou do meu lado e a Larissa olhou para ela com cara de tédio.

Larissa: Primeiro, bom dia. E segundo isso poderia ter acontecido em qualquer outro morro inclusive no teu, prima.— ela se levantou— Depois eu volto, cunhada. Qualquer coisa me diz.— piscou pra mim e saiu e eu olhei a Juliana me olhando com os olhos cerrados.

Juliana: Cunhada?

Ariela: Foi só uma brincadeira relaxa.— peguei a mão dela— Porquê você demorou tanto para vir?

Juliana: Eu só fiquei sabendo hoje por alguns vapores.— sorriu fraco— Eu fiquei preocupada pra caralho.— sorri e fiz carinho no rosto dela— Como você está?

Ariela: Estou bem na medida do possível... com dor, pálida e com o cabelo não tratado.— ela riu— Será que você pode trazer os meus produtos e maquiagem para eu usar enquanto estiver aqui?— brinquei.

Juliana: Eu vou ver isso.— assenti— Cara, eu te disse para você não voltar lá sem mim... o Terror nem conseguiu te proteger.— larguei a mão dela.

Ariela: A culpa não foi dele, Juliana. Isso poderia acontecer em qualquer outro morro.

Juliana: No meu não. Você sabe que eu nunca permitiria que nada te acontecesse.— assenti— Quando você sair você fica lá na minha casa para eu cuidar de você até você se recuperar.

Ariela: Não vai dar. Eu... eu vou ficar na casa da mãe do Terror.— ela fechou a cara e se levantou.

Juliana: Vocês têm alguma coisa? Por isso você foi lá no dia en que foste atingida, Ariela?

Ariela: Não, a gente não tem nada. Nós somos só amigos.

Juliana: E por isso você aceitou ficar na casa da mãe dele? Sem falar comigo?

Ariela: Eu não tenho que falar com você pra tomar decisões da minha vida, Juliana.— respirei fundo— Vem cá.— chamei e ela continuou parada— Vem cá, Juls.— ela veio e se sentou.

Juliana: Você está gostando dele, Ariela?

Olhei para ela e vejo que não tem só preocupação no rosto dela, tem tristeza, raiva e paixão, ela não pode gostar de mim, não assim.

Ariela: Eu gosto.— ela abaixou a cabeça— Você gosta de mim? Não como amiga, quero dizer.— ela me olhou, se levantou e beijou a minha testa.

Juliana: Eu preciso ir.— foi até à porta— Qualquer coisa você me avisa e eu estarei cuidando do salão até você voltar.

Assenti e ela saiu me deixando uma vontade imensa de chorar e assim fiz até a Larissa voltar, sentar do meu lado e me abraçar até eu cair no sono de novo.

Sem Limites _MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora