Capitulo 11

2K 109 29
                                    

ELENA GARCIA 🌸

A noite, faço uma sopa cremosa de legumes. Ele come tudo. Depois, faço um chá de limão e fico contente que ele tome tudo. Ele tosse às vezes e sua febre baixou.

—Boa noite, senhor. Se precisar de mim, pode me chamar — falo

— Vai dormir, Elena. Obrigada — ele diz

Meu nome nos seus lábios é música para meus ouvidos.

— Ééé, tudo bem — falo nervosa, indo até a porta e saindo do quarto.

Deito para dormir, mas o sono não vem. Fico preocupada se ele precisa de mim ou algo do tipo. O sono só vem quando estou muito cansada.

Sábado chega, acordo cedo, faço minha higiene e visto uma roupa confortável: jeans e um moletom, pois está frio.

Já na cozinha, faço o café da manhã.

— Bom dia, Lena! — Dona Maria entra contente com sua bolsa.

— Bom dia! — sorrio, terminando de preparar os pães de queijo.

— Como o patrão está hoje? —

— Não sei, vou lá ver já — falo

Mando ela sentar e tomar o café, assim ela faz.

Pego a bandeja e vou em direção ao quarto. Bato, ele autoriza a entrada. Entro, ele está deitado e tosse.

— Bom dia, senhor. Como se sente hoje? — pergunto, colocando a bandeja no móvel da TV.

— Bom dia, ainda estou com febre — diz, rouco.

Aproximo-me dele e toco sua testa, ele está ardendo em febre.

— Acho melhor chamar um médico para tomar um medicamento certo —

— Não precisa, eu... — tenta

— O senhor tem um médico de confiança? — pergunto

— Tenho sim —

— Me dá o celular, coloca no contato dele — assim ele faz, pega o celular, deixando no médico. Ele se chama Dr. Parker.

Ligo para o médico e falo que é para meu patrão, que ele se encontra doente com febre. O médico diz que logo chega, desligo.

— Agora você vai tomar banho, levanta! — mando

— Mas eu estou com dor de cabeça—meu peito dói. Mesmo tão grande, ele é frágil.

— Eu te ajudo, vem — estendo o braço.

Ele levanta, meio tonto, segura seu braço perto dele. Sou bem pequena. Ele prende o cabelo em um coque e vamos em direção ao banheiro. Ele começa a escovar os dentes e, no meio da escovação, ele vomita.Logo ele termina.

Não posso oferecer ajuda para dar banho nele, isso seria demais.

— Se precisar de ajuda, me chama, eu te ajudo — falo

— Eu consigo — diz, saio ele fecha a porta.

Troco a cama dele, está tudo suado. Pego uma roupa limpa. Não demora, ele coloca a cabeça para fora e lhe entrego a roupa. Ele entra e veste.

Ao sair do banheiro, noto o cabelo molhado novamente. Ele senta, seco o cabelo, se cobre e coloco a bandeja no colo dele. Ele toma o café.

— Já está no seu horário, pode ir, Elena. Eu vou ficar bem. — O QUE??

— Eu não vou! —

—Mas é sábado! _Concordo

—Vou ficar esse fim de semana aqui _ele para de comer.

Mas _ o corto.

—Posso ficar?_

—Se você quiser _ele sorri

—Quero. Você vai ter que me aturar _ele ri em seguida e tosse.

—Essas bolinhas são ótimas! _fala do pão de queijo.

Explico a ele que é um salgado brasileiro muito apreciado.

—Eu gostei muito da sua comida. Se um dia você for embora, não sei o que vou fazer _ele diz

—Não pretendo ir embora _falo olhando nos seus olhos.

Que olhos...

—Você mora aqui nos Estados Unidos faz muito tempo? —nego

—Não faz pouco tempo _respondo

—Seu inglês é perfeito _

Explico a ele que meu pai é americano,aprendi inglês desde cedo.

— Seu país parece ser muito bonito,todos falam tão bem—

— Você ainda não foi lá? —pergunto. Ele nega.

— Dá para ir, o senhor é jovem, faria muito sucesso lá— Imagino as mulheres atrás dele, um loirão desse,melhor não ir mesmo.

— Sucesso? — pergunta

— Sim, com as mulheres. _ Ele sorri

—Soube que são as mais bonitas e desejadas do mundo—Diz, comendo o bolo.

—Não sei disso não,acho normais. _ Levanto da cama

Imagino ele lá,as mulheres fariam fila atrás dele. Olho para ele, que está sorrindo não estou vendo graça.

—Você tem namorado lá? — Que pergunta é essa?

—Não, pelo que vejo, não sou muito desejável, não sou igual à maioria das brasileiras—

—Discordo, você é muito bonita— Diz, olhando nos meus olhos. Engulo em seco.

—E você tem namorada? _ Pergunto só para ver sua resposta.

—Não— Responde, sem me olhar, voltando a comer.

—Por que não quer? Deve ter muitas pretendentes—

—Você também, eu vi você conversando com um dos meus seguranças— Travo

—Como você viu isso? _ Ele sorri de lado

—Câmeras, conectadas ao celular —sorrio

—Ele só ofereceu para pegar minha bolsa, só troquei duas palavras: "não precisa" e "obrigada". Ele também não faz meu tipo —

—Qual é seu tipo? _diz ainda rindo: loiro, alto, cabeludo e barbudo.

—Henry Cavill _ele gargalha, terminando tossindo no final.

—O ator? _assinto.

—Aquele homem é um Deus grego!—digo

—Não posso dizer que ele é feio _diz sorrindo

Ele termina, pego a bandeja e saio do quarto indo até a cozinha. Tinha esquecido da Dona Maria, ela ainda esperava. Falo que vou ficar; ela agradeceu, pois fica muitos dias sem ver a família. Ela vai embora e ligo para minha tia, informo a situação. Ela pede para ligar caso algo aconteça, pois fica preocupada comigo.

Volto ao quarto, espero. O médico não demora ele chega.

Depois de examinar ele e retirar material para exames, ele retira o termômetro dele.

—Pelo que percebi, você está com uma virose, uma gripe, sua garganta está inflamada e você está com uma leve febre—

—Ele tomou banho, doutor—Falo

—Vejo que tem uma ótima enfermeira, ela está certa, o banho baixa a febre— Anthony sorri para mim e eu sorrio de volta.

O médico receita remédios, mandou tomar muita água, suco de frutas e comidas leves. Disse que iria levar o material para ver se era apenas uma simples gripe, pode ser outra, como covid ou influenza. Acompanho ele até a saída.

O milionário Recluso Onde histórias criam vida. Descubra agora