ELENA GARCIA 🌸
A noite, faço uma sopa cremosa de legumes. Ele come tudo. Depois, faço um chá de limão e fico contente que ele tome tudo. Ele tosse às vezes e sua febre baixou.
—Boa noite, senhor. Se precisar de mim, pode me chamar — falo
— Vai dormir, Elena. Obrigada — ele diz
Meu nome nos seus lábios é música para meus ouvidos.
— Ééé, tudo bem — falo nervosa, indo até a porta e saindo do quarto.
Deito para dormir, mas o sono não vem. Fico preocupada se ele precisa de mim ou algo do tipo. O sono só vem quando estou muito cansada.
Sábado chega, acordo cedo, faço minha higiene e visto uma roupa confortável: jeans e um moletom, pois está frio.
Já na cozinha, faço o café da manhã.
— Bom dia, Lena! — Dona Maria entra contente com sua bolsa.
— Bom dia! — sorrio, terminando de preparar os pães de queijo.
— Como o patrão está hoje? —
— Não sei, vou lá ver já — falo
Mando ela sentar e tomar o café, assim ela faz.
Pego a bandeja e vou em direção ao quarto. Bato, ele autoriza a entrada. Entro, ele está deitado e tosse.
— Bom dia, senhor. Como se sente hoje? — pergunto, colocando a bandeja no móvel da TV.
— Bom dia, ainda estou com febre — diz, rouco.
Aproximo-me dele e toco sua testa, ele está ardendo em febre.
— Acho melhor chamar um médico para tomar um medicamento certo —
— Não precisa, eu... — tenta
— O senhor tem um médico de confiança? — pergunto
— Tenho sim —
— Me dá o celular, coloca no contato dele — assim ele faz, pega o celular, deixando no médico. Ele se chama Dr. Parker.
Ligo para o médico e falo que é para meu patrão, que ele se encontra doente com febre. O médico diz que logo chega, desligo.
— Agora você vai tomar banho, levanta! — mando
— Mas eu estou com dor de cabeça—meu peito dói. Mesmo tão grande, ele é frágil.
— Eu te ajudo, vem — estendo o braço.
Ele levanta, meio tonto, segura seu braço perto dele. Sou bem pequena. Ele prende o cabelo em um coque e vamos em direção ao banheiro. Ele começa a escovar os dentes e, no meio da escovação, ele vomita.Logo ele termina.
Não posso oferecer ajuda para dar banho nele, isso seria demais.
— Se precisar de ajuda, me chama, eu te ajudo — falo
— Eu consigo — diz, saio ele fecha a porta.
Troco a cama dele, está tudo suado. Pego uma roupa limpa. Não demora, ele coloca a cabeça para fora e lhe entrego a roupa. Ele entra e veste.
Ao sair do banheiro, noto o cabelo molhado novamente. Ele senta, seco o cabelo, se cobre e coloco a bandeja no colo dele. Ele toma o café.
— Já está no seu horário, pode ir, Elena. Eu vou ficar bem. — O QUE??
— Eu não vou! —
—Mas é sábado! _Concordo
—Vou ficar esse fim de semana aqui _ele para de comer.
Mas _ o corto.
—Posso ficar?_
—Se você quiser _ele sorri
—Quero. Você vai ter que me aturar _ele ri em seguida e tosse.
—Essas bolinhas são ótimas! _fala do pão de queijo.
Explico a ele que é um salgado brasileiro muito apreciado.
—Eu gostei muito da sua comida. Se um dia você for embora, não sei o que vou fazer _ele diz
—Não pretendo ir embora _falo olhando nos seus olhos.
Que olhos...
—Você mora aqui nos Estados Unidos faz muito tempo? —nego
—Não faz pouco tempo _respondo
—Seu inglês é perfeito _
Explico a ele que meu pai é americano,aprendi inglês desde cedo.
— Seu país parece ser muito bonito,todos falam tão bem—
— Você ainda não foi lá? —pergunto. Ele nega.
— Dá para ir, o senhor é jovem, faria muito sucesso lá— Imagino as mulheres atrás dele, um loirão desse,melhor não ir mesmo.
— Sucesso? — pergunta
— Sim, com as mulheres. _ Ele sorri
—Soube que são as mais bonitas e desejadas do mundo—Diz, comendo o bolo.
—Não sei disso não,acho normais. _ Levanto da cama
Imagino ele lá,as mulheres fariam fila atrás dele. Olho para ele, que está sorrindo não estou vendo graça.
—Você tem namorado lá? — Que pergunta é essa?
—Não, pelo que vejo, não sou muito desejável, não sou igual à maioria das brasileiras—
—Discordo, você é muito bonita— Diz, olhando nos meus olhos. Engulo em seco.
—E você tem namorada? _ Pergunto só para ver sua resposta.
—Não— Responde, sem me olhar, voltando a comer.
—Por que não quer? Deve ter muitas pretendentes—
—Você também, eu vi você conversando com um dos meus seguranças— Travo
—Como você viu isso? _ Ele sorri de lado
—Câmeras, conectadas ao celular —sorrio
—Ele só ofereceu para pegar minha bolsa, só troquei duas palavras: "não precisa" e "obrigada". Ele também não faz meu tipo —
—Qual é seu tipo? _diz ainda rindo: loiro, alto, cabeludo e barbudo.
—Henry Cavill _ele gargalha, terminando tossindo no final.
—O ator? _assinto.
—Aquele homem é um Deus grego!—digo
—Não posso dizer que ele é feio _diz sorrindo
Ele termina, pego a bandeja e saio do quarto indo até a cozinha. Tinha esquecido da Dona Maria, ela ainda esperava. Falo que vou ficar; ela agradeceu, pois fica muitos dias sem ver a família. Ela vai embora e ligo para minha tia, informo a situação. Ela pede para ligar caso algo aconteça, pois fica preocupada comigo.
Volto ao quarto, espero. O médico não demora ele chega.
Depois de examinar ele e retirar material para exames, ele retira o termômetro dele.
—Pelo que percebi, você está com uma virose, uma gripe, sua garganta está inflamada e você está com uma leve febre—
—Ele tomou banho, doutor—Falo
—Vejo que tem uma ótima enfermeira, ela está certa, o banho baixa a febre— Anthony sorri para mim e eu sorrio de volta.
O médico receita remédios, mandou tomar muita água, suco de frutas e comidas leves. Disse que iria levar o material para ver se era apenas uma simples gripe, pode ser outra, como covid ou influenza. Acompanho ele até a saída.
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O milionário Recluso
Lãng mạnQuando dois mundos se encontram... Ele vive em uma completa solidão, cheio de traumas; sozinho, vive aprisionado em seus pensamentos, no seu passado de dor e sofrimento. Ela, apesar de ser muito amada e rodeada de amigos e família, se sente sozi...