ANTHONY PETERSON
A sala está cheia de amigos. Confesso que me incomoda a presença do Pedro, mas não poderia dizer não à Lena, eu sei que não convidá-lo seria muito ruim para ela.
Acho que ele é quem deveria se tocar, né? Mas fazer o quê? Cada um com sua consciência. Se isso não incomoda a ele, então fico o mais longe possível dele. Ele não se dirige a mim, como vou conversar com ele? E, quer saber? Não sou afim, cara idiota. Ainda bem que foi. Se não fossem as péssimas atitudes dele, minha mulher não estaria comigo.
Observo que, às vezes, ele me olha. Coitado, mais um idiota que trocou o certo pelo duvidoso e se deu mal. Bem feito! Sorrio internamente.
- Amor, vamos jantar? Acho que já está na hora - ela diz. Concordo.
- Pessoal, vamos todos jantar - convido a todos. Levantamos.
- Vamos, crianças, lavar essas mãos - Dona Maria diz, segurando a mão da Luna.
Não demora, já estamos todos sentados, todos animados. Um ótimo jantar! Não poderia ser diferente, a culinária brasileira é maravilhosa. Em pensar que meses atrás eu estaria sozinho, hoje, sou rodeado de amor, tudo graças a ela, minha Elena.
-E o casamento será quando? -O amigo dela, Felipe, pergunta. Gostei dele.
-Como a Lena está com o problema na perna, optamos por esperar um pouco, mas assim que ela melhorar, nós nos casamos-respondo
-Tio Tony, a mamãe disse que eu vou ser a dama de honra do casamento-Luna diz.
-Claro que vai, princesa-falo. Ela sorri contente.
-Vamos esperar a tia Lena melhorar, amor, aí a gente vai casar e você será a dama de honra- Teodoro fala para ela.
-Eu quero, dama, mamãe-Daphne também fala
-Oh, meu amor, a tia Lena promete que você será a dama também, e o Miguel também, junto com a Luna- Elena diz.
-De terno, tia? -Miguel pergunta.
-Sim, igual a um rapazinho-ela responde.
A mesa vira uma festa das crianças falando sobre as roupas. Elena tem amor por crianças, não há hora de ver nossas meninas pela casa e ela cuidando delas.
Depois do jantar e da sobremesa, elas foram para a cozinha. Todas juntas, levaram as crianças, dizendo que vão lavar a louça suja.
Convoquei os homens para a sala,todos foram. Não tenho bebidas em casa, então só sentamos conversando. O tal Pedro só observa.
-Estive sabendo do ocorrido, Anthony. Caramba, o cara tá preso! Fez realmente aquilo? -Sinom fala
-Sim, fez, mas acho que o destino quis que eu vivesse. Tenho muitos sonhos e planos ainda, morrer não estava neles-respondo
-A TV só passa isso. Cheguei de Paris e só se vê sobre isso. Nunca gostei do Edgar, usava muito a amizade com o Sr. James em troca de favores -Carlos comenta
-Realmente, um ser desprezível, mas ele vai pagar logo, logo-eu sei que vai.
-Ele matou seus pais? É isso mesmo que entendi? -o outro amigo da Elena, Beto, eu acho, pergunta.
-Sim, por ganância-falo apenas
—E a Elena metida em tudo isso? Quase morre! _Pedro diz, rir meio debochado
-Ela não tá metida em nada, ela é minha mulher. A maldade dirigida a ela não foi culpa minha nem de ninguém. A felicidade alheia incomoda muito, por isso, nosso amor sofre com essas provações, mas não abala em nada-respondo nervoso
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O milionário Recluso
RomanceQuando dois mundos se encontram... Ele vive em uma completa solidão, cheio de traumas; sozinho, vive aprisionado em seus pensamentos, no seu passado de dor e sofrimento. Ela, apesar de ser muito amada e rodeada de amigos e família, se sente sozi...