Quando dois mundos se encontram...
Ele vive em uma completa solidão, cheio de traumas; sozinho, vive aprisionado em seus pensamentos, no seu passado de dor e sofrimento.
Ela, apesar de ser muito amada e rodeada de amigos e família, se sente sozi...
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—Tia Lena, eu gosto — diz o pequeno. Fizemos um bolo de cenoura para ele,estamos assistindo a desenho até ficar pronto. Dona Maria está terminando de fazer.
Imagina a minha surpresa ao saber que ele seria meu filho, o amor que já sinto, vou amá-lo como meu até o último dia da minha vida.
—Que bom, meu amor! — ele sorri.
Não demora, o bolo fica pronto, e Dona Maria traz dois pedaços para nós. Ele sorri ao ver, senta no chão da sala, no tapete, e come. Ele é tão lindo e amoroso.
—Que bênção! Deus é perfeito, minha filha — Dona Maria diz. Não contenho as lágrimas.
—Eu já o amo tanto, eu quero ser boa o bastante para suprir o vazio do coraçãozinho dele — fico emocionanda
—Você vai, minha filha. Seu amor curou o Menino Anthony e vai curar o pequeno Tay. Não se preocupe, só cuide dele como você sabe, o resto Deus te guia — sempre sabia.
—Quero comprar coisas para ele, as dele são poucas demais. Está frio e ele não tem muitas peças. Só não sei como fazer, não posso ir ao shopping e não sei muito bem escolher pela Internet—
—Eu te ajudo. Tive filhos e tenho netos,sei o tamanho ideal das peças —
—Então vamos comprar agora mesmo — ela concorda.
Pego o celular, vejo uma loja online de confiança e nós duas escolhemos muitas coisas. Como eu tenho meu dinheiro da campanha, paguei tudo, finalizei a compra e já espero a chegada.
—Pronto — falo.
—Muito rápido — ela diz.
O pequeno já havia comido o bolo e até ajudou a escolher algumas peças de roupas. Dona Maria sai, deixando nós a sós.
Ele pergunta sobre muitas coisas, respondendo o máximo que posso.
—Brasil — diz.
—Sim, sou do Brasil. Vou te levar lá um dia. Você quer? —
—Sim —
—Tia Lena, dói — mostra a perna com o gesso.
—Não, só é estranho — toca o gesso.
—Verdade, é duro — sorrio, concordando.
A tarde passa bem rápido. Agora eu tenho companhia,parece um sonho ele aqui. Sentamos na sala e espero pelo Anthony. Ele também... Ouço o carro chegar,acredito que seja a Mari, ela sempre chega primeiro.
—Nossa, hoje foi cansativo — diz, entrando na sala.
Seu olhar chega até nós no sofá e pousa em Tay. Ela sorri.
— Tia Mari — o pequeno corre até ela.
— Tay, o que você faz aqui, meu amor? — Larga a bolsa e pega ele no colo.
