Capítulo 9

12K 749 48
                                    

ELENA GARCIA

Depois de tomar banho, vou fazer o café da manhã dele. Ver seu sorriso hoje foi tão bom! Preparo tudo: faço um bolo de laranja e o pão de queijo que ele adora. Deixo a mesa linda.

— Bom dia! — ele diz, sentando-se. Sorrio contente.

Sirvo o café dele, feliz. Ele come bem, isso é muito gratificante. Depois, ele sai e eu recolho tudo.

Estou na cozinha quando Dona Maria entra. Ela estava limpando o quarto dele.

— Lena, o patrão vai receber três pessoas para o almoço. São clientes e o vice-presidente — fico imediatamente nervosa.

— Dona Maria, ele é o presidente da empresa? —

— Sim, filha, ele é o dono e faz tudo de casa. Ele recebe as pessoas em casa —

— O que ele faz? — ela sorri. Acho que estou muito curiosa.

— Ele é dono da "Peterson Cosmetics". É uma das maiores do país e tem parceria com várias empresas de cosméticos e perfumes —

— Não imaginava— Ele nunca olharia para mim. Tem tantas possibilidades, ele deve ter tido muitas namoradas, foi até noivo.

Bom, eu vou lavar essas roupas - ela diz, saindo.

—O que eu faço para o almoço? ,penso nervosa Eu sei que ele gostou, e as outras pessoas, como será?

Decido fazer o que eu sei: comida típica brasileira, arroz e feijão. Decido fazer carne de panela com legumes e, de sobremesa, pudim. Rápido, já começo a preparar tudo. Como ainda é cedo, tenho tempo.

No horário certo, termino. Com a ajuda da dona Maria, monto a mesa com tudo, incluindo salada e bebidas. Ouço vozes e vejo ele entrar. Ele está com três homens: dois novos e um, nem tanto, diria que tem 60 anos. Ele tem cabelos grisalhos e seus olhos são azuis, igual ao do outro. O rapaz mais jovem creio ser o filho, tem cabelos negros e aparenta menos de 30 anos. Ele é alto e forte. O outro é loiro, em um tom mais escuro, e tem olhos claros, não sei bem a cor.

Eles sentam, servimos eles, e fico na expectativa.

—Senhores, a minha cozinheira é brasileira, então espero que gostem da comida dela—Meu patrão diz, ficando surpresa

—Brasileira? _O rapaz jovem diz, olhando para mim.

—Seu país é maravilhoso—O mais velho diz.

—É sim, senhor! _Acho que quero fugir

—As festas, o povo, as mulheres são divinas —Filho do homem torna a dizer, olhando para mim.

Ouço um rosnado diferente, meu chefe força uma tosse.

—Eu ainda não fui ao Brasil, mas pretendo. Meus amigos vão sempre—O loiro fala

—Podemos falar de assuntos de trabalho agora? _Meu patrão diz.

—Anthony, deixa de ser chato. _Ele volta a comer, seus olhos estão em mim.

—Qual seu nome? _O loiro pergunta.

—Elena, senhor_Respondo

—Elena, lindo nome, perfeito igual a dona. Sabe, Elena, você é perfeita na cozinha,está tudo maravilhoso. _O filho do senhor fala

—Obrigada—Agradeço

—Elena pode ir. Leva ela, Dona Maria. Depois, se precisar, eu chamo— Ele pede. "Sinto ele nervoso." Ela concorda.

Saímos da sala e vamos para a cozinha. Estou vermelha de vergonha.

—Eu fiz algo de errado, Dona Maria? — Ela sorri, negando.

—Não, filha. Você é um doce de menina. Eles apenas estavam te elogiando— Assinto, ainda sem entender.

Almoçamos. Dona Maria leva a sobremesa. Não vou mais à sala, só vou lá quando eles não estão. Limpamos tudo. À tarde, tomo um banho, visto um vestido soltinho que vai até o joelho, ligo para meus pais e descanso.

Como está quente! Saio e vou até a piscina, coloco meus pés na água. Queria tanto mergulhar. Cresci à beira-mar e sinto falta de nadar. Olho para a casa e vejo um vulto em uma das janelas de vidro. Será que era ele? Creio que não. Não sei o que está acontecendo comigo, esse homem está a todo momento na minha mente. Vim do Brasil por causa de um bobão, agora só penso no meu patrão. Ele é impossível, jamais olharia para mim.

O homem é um gostoso. Sou virgem, mas não sou ingênua, nenhum homem chega aos pés da beleza dele. Aquele corpo! Sinto meu corpo quente. Acho que vou tomar um banho gelado de novo.

À noite, depois do jantar, levo a sobremesa e ele começa a comer.

— Gostei disso. Qual o nome mesmo? — ele pergunta.

— Açaí — ele sorri, voltando a comer.

— Estava muito bom, Elena — ele diz, sorrindo. Sai da sala. Que sorriso, meu Deus!

— Ele deveria sorrir mais,ele fica lindo sorrindo—comento com a Dona Maria

— Estranho é ele sorrir — fala olhando para mim de forma estranha. — Acho que ele tá mudando — recolhe a louça

— Deus te ouça! — ajudo-a

À noite, Mari me liga por chamada de vídeo e já estou deitada.

— Como estão as coisas aí? — pergunta

— Estão ótimas, meu trabalho é muito bom — sorrio

— Elena Garcia, que sorriso é esse?—

— Não posso sorrir!? — ela gargalha

— Pode, só tá diferente. Você não fala do Pedro mais, agora só sorri—

— Tô feliz, só isso — ela ri

— Tem homem na parada? — cruzes, bruxa.

—Que não!! —Nego

—Fala logo, te conheço _sorrio.

—Aí amiga, ele é tipo dez vezes mais impossível que o Pedro e como um sonho distante—

—Ah não, para! Lena, tu é muito insegura. Veja, você é maravilhosa! Tenho certeza de que qualquer homem ficaria honrado em ser seu namorado —

—Ele não é um homem qualquer, ele é um tipo de Deus grego, aqueles de filme, fortão, sarado, loiro—

—Meu Deus! Apaixonou? _diz rindo, não nego.

—Ele é um gostoso _falo, lembrando daquele corpo.

—Elena, quem te viu, quem te vê? Tu não é assim! Caramba, o homem deve ser diferente mesmo _

Conversamos mais um pouco, logo desligo. Mari é minha caixinha de segredos, é tão bom ter alguém assim.

 Mari é minha caixinha de segredos, é tão bom ter alguém assim

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Marina Nunes 24 anos

O milionário Recluso Onde histórias criam vida. Descubra agora