Capítulo 4

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Não demora muito e minha tia liga dizendo que falou com a governanta, que, segundo ela, o patrão é um homem discreto, vive sozinho e não fala muito com os empregados. Ela ficará comigo sempre até o fim de semana, quando voltamos para casa.

Então, ficou combinado: vou fazer uma semana de experiência e terei que ir logo amanhã, pois eles estão sem cozinheira. Sendo já é terça-feira, será um dia a menos para fazer ele gostar da minha comida. À noite, arrumo uma mala com coisas para passar uma semana e durmo ansiosa.

No dia seguinte, depois de levantar e fazer minha higiene, visto uma roupa confortável, tomo café e espero o táxi. Ele é amigo da minha tia. Ouço a buzina e saio de casa em direção à casa do meu novo patrão. O que será que me espera?

O carro passa entre a floresta,cerca de 20 minutos só de árvores. Sem nada, chegamos ao endereço. Do carro, vejo um portão preto enorme de ferro, tudo em volta da casa é cercado. O portão abre, saindo de lá um homem alto, forte, com cabelos negros.

 O portão abre, saindo de lá um homem alto, forte, com cabelos negros

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Christopher 32 anos

—Bem-vinda! Você é Elena Garcia? —pergunta.

—Sim, senhor—ela concorda,seu semblante é sério.

—Venha comigo? —saio atrás dele

Ele pega minha mala sem esforço nenhum, entramos pelo portão e começamos uma caminhada. Agradeço por vir de tênis. Logo chegamos à imensa mansão luxuosa, mas um detalhe não passa despercebido, ela é preta.

 Logo chegamos à imensa mansão luxuosa, mas um detalhe não passa despercebido, ela é preta

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Misericórdia! _sussurro, olhando. A casa é linda, porém preta.

Chegamos perto da casa e vejo uma senhora, seus cabelos já têm vários fios brancos. Ela é baixa, de pele branca, e veste um uniforme todo preto também.

—Você deve ser a Elena? _diz, vindo até mim. Ela é simpática.

—Sim, senhora! _falo nervosa.

—Ôh, meu bem, nada de senhora! _diz gentilmente. Só concordo.

Vamos entrar!? _Ela diz.O segurança nem vi saindo. Pego minha mala e sigo ela até a cozinha, uma cozinha linda.

Ela é bastante gentil, mostra a cozinha, meu local de trabalho

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Ela é bastante gentil, mostra a cozinha, meu local de trabalho. Adivinha? É preta também. Ela pergunta várias coisas, meus horários. Sou levada ao meu quarto, tem dois uniformes em cima da cama, cada um de um tamanho diferente. Sou informada de que, se ficar folgado ou apertado, vão fazer outro. É uma saia, uma camisa social e um avental, tudo preto. Visto um dos uniformes, o maior serve direitinho, mas a bunda não entrou na outra saia. Eu tenho curvas, agradeço à minha mãe.

Volto à cozinha. Dona Maria hoje preparou o café do patrão. Decidi ir à cidade comprar ingredientes para o almoço. Se ele vai avaliar minha comida, que seja brasileira. O segurança, Christopher, o mesmo que eu vi mais cedo, vai comigo até o supermercado. Brasileiro tem de tudo. Compro sem dor. Segundo Dona Maria, a governanta, ele é milionário, então essas compras não farão cosquinha na conta dele.

Volto para a mansão do Drácula, assim apelidei. Faço um almoço caprichado, tipo brasileiro,arroz, feijão, carne de panela com legumes. De sobremesa...Optei por ser açaí.

— Será Dona Maria que ele vai gostar? — falo

—Claro que vai, só faça como você sempre fez, tá bom? —ela diz.

—Ok, que ele goste _ela sorri, concordando.

Terminando de ajudar ela a pôr a mesa da sala de jantar. Servimos tudo que fiz, deixamos na mesa, fiz também para os seguranças. Volto para a cozinha; ela fica na sala esperando ele. Segundo ela, está no horário e ele não se atrasa.

— Elena, o patrão quer ver você — ela diz, entrando na cozinha. Engulo seco, será que estava ruim?

— Por quê? — pergunto, nervosa.

— Não se preocupe, ele só quer ver você. Geralmente, ele não faz isso. Vai ver que ele gostou muito da sua comida — ou não, penso. Seguindo ela em direção à sala.

Entramos na sala,vou atrás dela, ainda baixo o olhar. Paramos ao lado da mesa.

— Senhor, aqui está ela — Dona Maria diz, ainda sem olhar. Engulo em seco.

— Qual é seu nome? — ouço sua voz grave. Não sei o que houve, meu corpo todo treme.

— Elena Garcia, senhor! — falo em um fio de voz, levantando o olhar. Agora posso vê-lo.

Sentado à mesa está o homem mais lindo que já vi na vida. Seu olhar faz meu corpo tremer, ele tem cabelos longos loiros em um tom lindo, seus olhos são lindos, ombros largos cheios de músculos. Ele é grande, muito grande. Seu terno preto combina perfeitamente com a cor da sua casa, tão lindo, mas seu olhar é gélido e frio.

— Você é de que país? — Sua voz é mais linda ainda

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— Você é de que país? — Sua voz é mais linda ainda.

— Brasil! — Sussurro, minha garganta tá seca.

— O que? Não entendi? —Meu Deus, que vergonha!

— Sou brasileira, senhor! — Seu rosto é tão lindo, seu cabelo está perfeitamente arrumado em um coque. Ele se parece com um Deus grego, e sua barba cheia realça cada detalhe.

— Muito bem, gostei do que preparou — diz, voltando a comer em silêncio.

Sou tirada do transe de tanto olhar para ele. Dona Maria chama para irmos para a cozinha, e a sigo.

—Ele gostou, aliás, foi a primeira vez que ele diz isso. Geralmente, ele só come e manda contratar — sorrio.

Dona Maria, depois que ele almoça, leva a sobremesa.

— Ele amou a sobremesa também — mostra a taça vazia , sorrio.

Almoçamos, mandei para os seguranças também, mas ainda estou lembrando dele, daqueles olhos.

Almoçamos, mandei para os seguranças também, mas ainda estou lembrando dele, daqueles olhos

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Elena Garcia 🤎

O milionário Recluso Onde histórias criam vida. Descubra agora