Capítulo 16

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ELENA GARCIA

Tomo banho na velocidade da luz, com medo. Escovo os dentes, uso meus cosméticos, não vou ficar perto dele sem passar um perfume. Visto um pijama de frio, pego meu celular, saio correndo, subo as escadas rápido e já chego no quarto. Bato na porta e nada, chamo, mas também não ouço nada. Entro e ouço o chuveiro, a água caindo. Ele está no banho. Vou até a cama, deito e encosto na cabeceira, dou uma olhada nas mensagens. Tinha uma da minha mamãe respondendo meu bom dia. Hoje lá é tudo corrido, mesmo tendo empregados, mamãe e papai trabalham muito. No domingo, enche de turistas.

Dou uma olhada nas minhas redes sociais,não posto nada, geralmente só frases e tal. Sou uma "low profile", vivo no off.

O chuveiro desliga. Não demora, a porta abre e ele sai do banheiro só de toalha na cintura. Passa e vai para o closet. Um corpo..

E que corpo

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E que corpo...

—Que homem! _sussurro

Ele volta vestido com uma calça de moletom e uma camisa preta,seu perfume inunda o quarto.

— Já veio? _diz,sorrir de lado

— Claro, você me fez medo. Tomei banho o mais rápido possível—ele senta na cama.

— Desculpa! _me olha ,engulo em seco

— Seu cabelo tá molhado. Melhor secar, a gripe pode voltar de novo—ele já tá bem melhor

— Você seca para mim? _concordo, levanto e pego o secador e a escova. Seco o cabelo, não demora, termino, guardo as coisas e deito.

— Amanhã é segunda! _ele diz, já deitamos

— Sim, tenho que acordar cedo para fazer o café do meu chefe_ele rir

Estamos de lado, um olhando para o outro.

— Vou fazer academia—

— Será? Você pode se sentir fraco. Deixa para terça,ainda é cedo—digo

— Você tá certa! _

Ficamos em silêncio por um tempo.

—Boa noite, Elena–

—Boa noite, Anthony—fecho os olhos

Estive sozinha com ele por dois dias e posso dizer que estou ferrada. Como vou fazer agora? Talvez amanhã tudo mude.

Com meus pensamentos nele, durmo na sua cama, parece que estou flutuando.

Acordo com meu celular apitando o alarme de 5 horas. Sinto uma mão segurando minha cintura, ele está atrás de mim e sinto sua respiração no meu pescoço.

—Desliga isso— diz ele

–Me solta que desligo!—O celular está longe no móvel, e sua mão segura mais forte minha cintura, puxando-me para mais perto.

—Deixa tocar então— aperta mais. Sorrio

Sinto seus pés junto aos meus. Ele cheira meu pescoço e sinto algo meio duro atrás de mim. Será que é? Deve ser.

Misericórdia!...

—Tenho que ir fazer o café do meu chefe, ele é bastante exigente—Ele ri.

—Seu chefe pode esperar—Beija meu pescoço, meu corpo esquenta, arregalo os olhos.

—Anthony, tenho que ir! Dona Maria vai chegar; imagina o que ela vai pensar de mim? _Ele solta e eu levanto.

–Tudo que é bom dura pouco— diz-se cobrindo-se toda, sorrio.

Pego meu celular.

—Tô atrasada! Então você arruma a cama—Vou até a porta

Vou tomar banho e já desço_concordo

Desço as escadas, vou ao meu quarto, tomo banho, escovo os dentes, visto meu uniforme, vou para a cozinha, faço um café e decido fazer um bolinho de chuva. Montei a mesa com frutas, pão de queijo e o café, e começo a fritar os bolinhos.

–Bom dia, Lena?— Dona Maria entra na cozinha.

–Bom dia, Dona Maria!—

–Como foi seu fim de semana? Tudo certo por aqui?–

—Foi muito bom, Dona Maria! —estou contente porque realmente foi ótimo—E o seu?‐

—Ótimo, minha filha! Com os meus netos foi uma maravilha. Vou vestir o uniforme—diz saindo

—Que cheiro bom! —Anthony  entra na cozinha, todo elegante de terno preto.

Ele vem até a mim e beija minha cabeça.

—Tô fazendo bolinho—ele pega um e come.

—Delicioso, essas bolinhas são uma maravilha! _sorrio

–Senta, eu te sirvo! _ele nega.

—Espero você terminar—

–Tudo bem, então—

Logo termino, coloco na mesa.

—Quer omelete? _pergunto

—Quero sim, deixa que eu faço. Senta— Ele vai até o fogão e começa a preparar.

—Bom dia, senhor? _Dona Maria chega na cozinha, ela para meio assustada.

—Bom dia, Maria. Senta, vamos tomar café? _ela senta e me olha.

Anthony traz o omelete, coloca no meu prato, no da Dona Maria por último, e senta.

—Come, Dona Maria, um bolinho—ela tá parada nos olhando, ela pega e come.

–Essas bolinhas são ótimas, uma melhor que a outra—ele fala

Conversamos sobre a horta, pedimos sugestões à Dona Maria, fazemos uma lista para o jardineiro plantar na horta.

—Estava tudo maravilhoso! _ele diz, levantando, beija minha cabeça—Obrigado pelo café, vou para a reunião—concordo, ele sai

—O que aconteceu nesse fim de semana, Lena? _Dona Maria pergunta

—Nada! _levanto, arrumando a louça suja

—Como nada? Esse homem é outro!? _sorrio

—Anthony merece viver, Dona Maria. Essa vida de tristeza e reclusão não faz bem para ninguém, então espero que ele continue mudando—

—Acho que os pais dele mandaram um anjo para cuidar dele. Esse anjo vai mudar a vida dele–

—Dona Maria! _começo a chorar e abraço-a.

–Filha, você é uma pessoa maravilhosa. Continue assim. Deus te abençoe! —

—Muito obrigado, a senhora é como uma avó para mim—ela limpa minhas lágrimas.

—Eu serei, filha, sempre! _beija meu rosto.

A vida é uma caixinha de surpresas. Dona Maria é uma bem valiosa.

O milionário Recluso Onde histórias criam vida. Descubra agora