ANTHONY PETERSON
Ando de um lado para o outro da sala de estar, esperando Elena descer as escadas. Hoje é domingo, falei que iríamos jantar fora. Deixei ela sozinha no quarto e me vesti em outro. Estou ansioso, não será um simples jantar. Hoje volto para casa e deixarei esta casa para começar uma nova vida com a mulher que amo, na casa que meus pais construíram com tanto amor e carinho.
Ajeito meu terno, respiro fundo e ouço saltos. Olho na direção da escada ela desce deslumbrante.
—Você está maravilhosa — beijo seus lábios, assim que ela se aproxima.
—Obrigada, meu amor. Você também está muito lindo e elegante — sorrio, coloco a mão na sua cintura e saímos de casa em direção ao carro.
Entro no carro e dirijo, seguro a mão dela e beijo-a. Elena mudou minha vida, hoje eu sou um novo homem, mais leve, tudo graças a ela.
Não demora, chegamos ao restaurante, um dos mais caros da cidade, mas compensa com uma boa comida.
Dou a chave ao manobrista, seguro a mão dela e entramos no restaurante. Atraímos olhares, como fiz reserva, sou direcionado à mesa em seguida.
— Anthony, pensei que era um lugar menos... quer dizer, não tão chique — fala ,olhando ao redor.
—Queria te levar ao melhor restaurante, esse é o melhor — ela sorri
—Um prato aqui custa meu rim — sorrio
—Quase isso, amor — ela revira os olhos
O garçom chega, anotamos os pedidos,ela quis que eu pedisse, assim fiz.
Logo chega e começamos a jantar.
—Tudo caro e pouco, olha o tiquinho de comida — quase gargalho, seguro para não chamar atenção.
—Verdade, amor, prefiro sua comida — ela sorri.
—Nós, brasileiros, somos generosos, isso inclui a comida, nada de tiquinho — olha o prato, voltando a comer.
Em um clima divertido, terminamos o jantar, saímos do restaurante, entro no carro e começo a dirigir.
— A sobremesa estava muito boa, você não quis? _ quebra o silêncio.
— Minha sobremesa será outra _ a vejo arregalar os olhos
— Que é isso, Anthony! _diz, rindo
Tento continuar o clima calmo, mas estou muito ansioso com a aproximação da chegada à minha casa. São quatro anos sem ver o lar onde fui criado, onde vivia com meus pais.
— Amor, acho que você errou o caminho, não é esse lado _
— É um atalho _tento dar um motivo convincente.
— Do outro lado da cidade, por que a casa que vamos tá para lá _aponta ao contrário do que estou dirigindo.
Chego no portão da propriedade, respiro fundo e paro.
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O milionário Recluso
عاطفيةQuando dois mundos se encontram... Ele vive em uma completa solidão, cheio de traumas; sozinho, vive aprisionado em seus pensamentos, no seu passado de dor e sofrimento. Ela, apesar de ser muito amada e rodeada de amigos e família, se sente sozi...