Trono destruído

48. Fortalecendo o laço

Naquela madrugada, o quarto parecia vibrar com a intensidade da conexão entre Felix e Hyunjin. O ar ao redor deles estava carregado, quase palpável, como se as energias que compartilhavam estivessem moldando o espaço ao seu redor. Sob a luz tênue que ainda emanava de seus corpos, eles se entregaram completamente um ao outro, sem barreiras, sem medo.

Hyunjin se movia com maestria, seus quadris encontrando o corpo de Felix com precisão, cada estocada profunda fazendo o loiro gemer e se arquear em resposta. Felix sentia o calor pulsante de Hyunjin preenchê-lo por completo, como se as chamas que residiam no outro estivessem tatuando sua alma. Ele choramingava, o rosto afundado no travesseiro enquanto Hyunjin o tomava por trás, as mãos grandes segurando sua cintura com força suficiente para deixarem marcas.

Felix olhou por cima do ombro, seus olhos brilhando prateados, a respiração entrecortada. Ele mal conseguia formular palavras, apenas sussurros roucos escapavam de seus lábios carnudos, entreabertos em puro êxtase. Hyunjin se inclinou sobre ele, sua voz grave e rouca sussurrando:

— Todo meu.

Aquelas palavras provocaram um arrepio que percorreu a espinha de Felix, e ele gemeu alto, apertando os lençóis com força. Quando Hyunjin finalmente o puxou para cima, fazendo-o sentar em seu colo, Felix cavalgou com determinação, seus cabelos loiros caindo em ondas ao redor de seu rosto suado. Ele se movia com um ritmo próprio, os músculos de suas coxas queimando, mas ele não parava. Hyunjin assistia, hipnotizado, cada movimento de Felix, seus olhos vermelhos fixos no rosto delicado e corado do parceiro.

Felix inclinou a cabeça para trás, expondo o pescoço longo e pálido, enquanto suas mãos delicadas se apoiavam nos ombros fortes de Hyunjin. Ele sentia o prazer se acumular dentro de si, como uma tempestade prestes a explodir. Hyunjin, incapaz de resistir à visão, agarrou a cintura fina de Felix, guiando seus movimentos com mais intensidade, seu próprio corpo perdido no frenesi daquela união.

Eles mudaram de posição novamente, Felix deitado de lado, enquanto Hyunjin se colocava atrás dele, puxando sua perna para cima para um melhor acesso. Cada movimento era carregado de propósito, uma dança sincronizada entre fogo e gelo. Felix choramingava a cada estocada profunda, sentindo como se seu corpo estivesse sendo moldado pelo de Hyunjin.

Os gemidos de ambos ecoavam pelo quarto, entrelaçados com os sons das respirações ofegantes e dos lençóis amassados. Hyunjin revirava os olhos, o calor apertado de Felix o puxando para mais fundo, deixando-o completamente perdido na sensação. Ele beijava a pele delicada do loiro, mordiscando levemente sua clavícula, deixando pequenas marcas de posse enquanto Felix arfava em resposta.

A madrugada parecia interminável, e eles não pararam. Cada momento era mais intenso que o anterior, cada posição mais íntima, mais crua. Não era apenas o ato físico; era a fusão de suas almas, uma troca de poderes e sentimentos que os conectava de maneiras que nenhuma palavra poderia descrever.

Quando finalmente chegaram ao clímax, juntos, ambos gritaram e sentiram em dobro, como se fossem um só. Felix se deixou cair no peito de Hyunjin, ofegante, o corpo trêmulo e satisfeito. Hyunjin o envolveu em seus braços, segurando-o como se nunca fosse deixá-lo ir.

No silêncio que seguiu, seus corpos ainda estavam entrelaçados, suas respirações voltando ao normal. Felix fechou os olhos, sentindo o calor reconfortante de Hyunjin, o cheiro de ambos misturado no ar.

Felix deixou suas mãos delicadas deslizarem pelo peito nu de Hyunjin, sentindo os músculos se moverem sob seu toque. A pele dele ainda estava quente, quase queimando, mas para Felix, aquilo era reconfortante. Ele suspirou, os olhos agora castanhos encontrando os de Hyunjin, ainda brilhantes.

— Isso é surreal — murmurou Felix, a voz baixa e tingida de admiração. Ele traçou o contorno do peitoral do marido com os dedos finos, quase como se estivesse tentando gravar aquela sensação na memória.