✓ I Wanna Be Yours | Hayden Christensen

80 MAITÊ §

Maitê Brando

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Eu estava tão tranquila naquela noite.

Com todos se divertindo ao redor, e eu me sentia em paz, vendo Hayden cercado de carinho e risos. A alegria dele era quase contagiante, e eu não podia deixar de sorrir ao vê-lo tão feliz.... Os meus amigos, que agora também eram amigos dele, haviam feito uma vídeo chamada para dar os parabéns, e a cada risada, a cada comentário carinhoso, eu sentia meu coração se aquecer mais. E eu gosto de vê-lo assim.

Eu estava no meio de uma conversa com as irmãs de Hayden, Rosario e Rachel, e também com sua mãe, quando senti a necessidade de dar um tempo. A casa estava cheia o barulho das vozes ecoava pelos cantos.

— Vou beber uma água, volto já. — disse, levantando-me da cadeira e me afastando um pouco da sala principal.

Eu precisava de um momento para respirar, para apenas aproveitar a calmaria. Eu fui até a cozinha, a água fresquinha parecia um alívio.... Eu estava tomando com calma, quando, de repente, a porta se abriu suavemente, e um dos primos de Hayden entrou. Eu já sabia quem ele era – um homem mais velho, com aquele ar de quem acha que pode dizer o que quiser, como se o mundo fosse feito para ele. Ele começou a falar, mas algo na sua voz me deu a impressão de que aquilo não seria uma conversa.

Amigável.

— Então, Maitê... — ele começou, com aquele sorriso que parecia mais uma forma de provocação do que qualquer coisa genuína. — Está feliz em estar com o Hayden ? Não sei, não vejo muito de vocês dois juntos. Não sei se é só uma fase. — eu parei de beber a água e olhei para ele, tentando não mostrar o desconforto que já tomava conta de mim. Ele estava se aproximando mais do que o necessário, e sua presença foi ficando cada vez mais invasiva.

— Eu... não entendi. — respondi, sem saber muito bem como reagir àquilo. A tensão estava aumentando, e meu instinto me dizia que eu precisava sair dali. O primo de Hayden, no entanto, parecia ter outros planos. Ele se aproximou ainda mais, tentando dar um tom de desdém em cada palavra que saía de sua boca. — Será que ele está realmente apaixonado por você ? Não é muito difícil ver que o Hayden tem um histórico de... bem, você sabe. — ele fez uma pausa, com aquele olhar que me incomodava profundamente. Eu sabia que não deveria, mas a paciência estava se esgotando rapidamente. Eu estava prestes a responder algo que poderia causar uma cena, quando, de repente, Hayden apareceu na porta, com aquele olhar determinado que sempre me acalma.

Ele se posicionou ao meu lado, como um escudo, e seu olhar para o primo dizia tudo:

— Deixe minha noiva em paz. Cai fora, agora. —  Hayden disse de maneira firme, sem sequer hesitar. A pressão nas palavras foi o suficiente para fazer o primo de Hayden dar alguns passos para trás, sem falar mais nada. Ele parecia confuso e irritado, mas, para minha surpresa, não contestou. Com um olhar impassível, ele saiu da cozinha, deixando-nos sozinhos. — Vamos sair daqui ? — Hayden sugeriu suavemente, pegando minha mão com firmeza. — Eu sei um lugar onde podemos ficar sozinhos, sem toda essa pressão. — eu ainda estava meio atordoada com a situação, mas a gentileza de Hayden me fez relaxar de imediato. —Não se preocupe, ninguém vai sentir nossa falta. Você só manda uma mensagem avisando ao Jensen que saiu comigo, para ele não ficar preocupado. — ele disse, dando uma piscada para me tranquilizar.

Ele pegou uma sacola com algumas coisas dentro e me conduziu até a porta da cozinha. Estávamos saindo de fininho, e, de alguma forma, o fato de nos afastarmos dali já era uma espécie de alívio para mim. O lugar para o qual ele me levou era perto o suficiente para não precisarmos de carro nem de cavalo, a caminhada foi silenciosa, apenas nós dois, nossos passos ecoando pela estrada deserta. A noite estava fresca.... e a brisa parecia carregar qualquer resquício de tensão.... Então, finalmente, chegamos.

Era uma cabana isolada.

Não era grande, mas tinha um charme rústico que a tornava acolhedora. Eu entrei primeiro, observando os detalhes com atenção. O ambiente era tão simples, mas confortável, com uma grande lareira no centro e móveis de madeira que pareciam ter sido feitos à mão. Eu respirei fundo, sentindo o cheiro de madeira e terra, e me senti completamente à vontade no local. Hayden trancou a porta atrás de nós e se aproximou de mim, sorrindo com aquele olhar terno que só ele sabia ter. Ele pegou meu rosto nas mãos, acariciando.

A minha pele suavemente.

— Agora sim, podemos ficar em paz... — ele disse baixinho.