44 - Coçar o olho

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HEEEEEYYY

Como estamos?

O que estão achando das fanfics até aqui?

Esse capítulo está simplesmente ENORME, aproveitem. Boa leitura, beijinhos da Imbigo!!!

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CAZUZA

Mamãe fez pastel e como eu sou o mais esperto e o mais fofinho da casa é claro que preciso ser a pessoa que vai ficar com o primeiro.

– Cuidado, filho, está bem quente. – Ela diz com um sorriso depois de envolver meu pastelzinho em uma folha de papel toalha o dando na minha mão. Ele já descansou um pouco no papel toalha e a mamãe o assoprou, então não está tão quente assim, eu consigo o segurar, sorrindo alegremente enquanto sinto o cheiro gostoso.

A minha mãe Camila saiu para comprar caldo de cana para nós (só tinha um pouquinho na geladeira e é claro que eu peguei tudo) e suco de laranja para a mamãe, mamãe nunca toma caldo de cana, não entendo isso, é tão gostosinho, principalmente quando está bem gelado e com um pouquinho de limão, eu acho uma delícia, mas ela nunca quer tomar nem um golinho.

Sorrio para Rita balançando as sobrancelhas comemorando que eu tenho o meu pastel e ela ainda precisa esperar e minha irmã revira os olhos dando de ombros, ela não gosta de admitir porque quer parecer menos criança do que eu, mas eu sei que ela queria sim pegar o primeiro, todo mundo quer o primeiro, mesmo que seja a mesma coisa que os outros parece que ele é mais gostoso, especial.

Eu mordo um pedacinho pequeno, mas que é o suficiente para alcançar o recheio que chega a soltar fumaça de tão quente, então eu assopro e MEU DEUS DO CÉU O AR QUENTE VOLTA TODO NA MINHA CARA!!!

Que dor horrível, eu fico com medo de ter me cegado enquanto sinto todo meu rosto arder, dói tanto que algumas lágrimas enchem meus olhos e eu preciso sofrer calado para não acabar sendo zoado por Rita, é muito triste quando eu quebro a cara e tenho que fingir que não aconteceu, gosto de ser chorão e mimado pela mamãe.

Dói por vários segundos que parecem anos de sofrimento silencioso. Coitado do Cazuza!!!

Quando finalmente me recupero, passando as mãos pelo rosto, deixo o pastel em meu prato e bebo um pouquinho de caldo de cana geladinho que ajuda a aliviar o queimado, penso seriamente em jogar em todo o meu rosto, mas como não posso, deslizo o copo gelado pelo meu nariz e bochechas.

– O que é que você está fazendo? – Rita pergunta confusa, sentando ao meu lado na mesa. Com o canto dos olhos eu percebo que mamãe já deu o pastel dela e ele está fumegante em suas mãos.

– Rita, morde aqui em cima até abrir um buraquinho para o recheio para eu te mostrar uma coisa. – Oriento com meu tom angelical de menino bonzinho. Rita parece me achar um pouco doido, mas ela obedece, ela é muito inteligente, mas também é muito curiosa, então as vezes eu consigo enganá-la.

– Pronto. – Minha irmã avisa, mostrando a mordida semelhante a que eu dei no meu pastel, consigo ver o recheio e até a fumacinha que faz um linha fininha flutuando para o teto do nosso apartamento.

– Agora assopra aí dentro para você ver.

Ela outra vez me encara em confusão, enquanto isso eu uso todas as minhas forças para manter uma expressão que não vai a deixar desconfiada. Rita analisa o pastel o manejando cuidadosamente e eu quase morro de expectativa com a forma lenta como ela o aproxima do rosto até a boca fazendo biquinho para assoprar. Minha irmã enche o peito de ar e solta com força, fazendo o vapor quente cobrir quase todo o seu rosto.

Souza Anatomy: Clínica Cachorrinhos Caramelo Onde histórias criam vida. Descubra agora