Odeio-o, odeio-o, odei-o.... Arrrr...estúpido, cabrão, camelo, idiota.... Como é que ele foi capaz de mandar o Mike embora? E quem é que ele pensa que é para se armar em Hong Kong? Orangotango.
Subi para o meu quarto depois que os convidados se foram embora e vesti o meu pijama. Senti uma enorme vontade de chorar e eu nem sabia o porquê daquilo, talvez fossem os nervos. Saí do quarto e fui em direção ao quarto dos meus pais. Bati à porta e ouvi a voz da minha mãe a mandar entrar.
-Posso dormir contigo?-olhei para ela envergonhada, afinal eu já tenho 19 anos.
-Sim...-ela sorriu-o que se passa?
-Nada-encolhi os ombros e deitei-me na sua cama e cobri-me toda, incluindo a cabeça.
******
No dia seguinte acordei com alguém a abanar-me e como sempre resmunguei.
-Eu estou a dormir-virei-me para o outro lado ainda de olhos fechados.
-Lucy, anda lá-era a voz da minha amiga Eugénia-acorda lá sua preguiçosa.
-O que é que estás aqui a fazer a esta hora?-sentei-me na cama e olhei para ela ainda ensonada.
-Primeiro já são 10:00 horas da manhã e segundo vim buscar-te para irmos passear até o shopping.
-Compras?!-levantei uma sobrancelha sorrindo.
-Exatamente-ela assentiu.
-Fixe-levantei-me da cama e fui até o meu quarto onde me arranjei em tempo recorde e desci.
-Já estás pronta?-perguntou Geni.
-Sim-assenti-mas hoje sou eu que levo o carro.
-Está bem, mas despacha-te-ela puxou-me até ao carro.
Estivemos o resto da manhã no shopping a fazer compras e divertirmo-nos...ou a fazer asneiras eheheh. Cheguei a casa e subi até ao meu quarto onde arrumei algumas roupas e bijuterias que comprei, quando senti o meu telemóvel a vibrar no meu bolso de trás das calças. Olhei para o visor e vi que era o número do meu pai.
#chamada on#
-Sim...?-atendi.
-Olá-disse ele do outro lado da linha.
-O que se passa? A tua voz está esquisita.
-Eu não sei como te dizer isto, mas...-respirou fundo-a tua mãe está no hospital e...
-O quê?!-gritei-ela está bem? Como ela está?
-Ela está...-interrompi-o.
-Eu vou já para aí-desliguei o telemóvel.
#chamada off#
Peguei na minha mala, no meu casaco e na chave do carro e fui em direção ao hospital. Entrei lá dentro com lágrimas nos olhos e só conseguia pensar no pior. Depois de falar com um enfermeiro ele indicou-me o quarto onde a minha mãe se encontrava. Entrei pelo quarto dentro, atirei as minhas coisas para qualquer sítio e abracei a minha mãe.
-O que é que se passou?-olhei para ela a chorar.
-Eu...-ela sorriu fraca-eu desmaiei no trabalho e...
-Porra mãe, queres matar-me de coração?-sentei-me ao seu lado e abracei-a outra vez-eu não te quero perder.
-Eu sei-ela assentiu com as lágrimas nos olhos.
-Tens a certeza que foi só isso?-olhei para ela desconfiada.
Os meus pais entreolharam-se e eu logo percebi que algo de mau estava a acontecer.

VOCÊ ESTÁ LENDO
I Need You
WerewolfLucy era uma rapariga comum como todas as outras. Ela tinha 19 anos e vivia com os seus pais adotivos em Londres. Lucy era uma rapariga bonita, de cabelos castanhos, olhos verdes, magrinha, mas era uma miúda muito rebelde e muito teimosa, mas lá no...