Capítulo 15-Lucy

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Os meus pais estavam lá para cima no quarto e eu estava cá em baixo na sala a ver televisão enquanto bebia o meu leite com os meus cereais preferidos, quando tocaram à campainha. A muito custo levantei-me e fui abrir a porta totalmente aborrecida, mas quando abri a porta...

-Olá...-vi um Harry um pouco nervoso a coçar a cabeça.

-Olá...-senti as minhas bochechas ganharem um tom avermelhado.

-Hummm...-respirou fundo-queres vir jantar a minha casa esta noite? Quer dizer, os teus pais também, não só tu...quer dizer....

-Eu aceito...-eu sorri ao ver o seu nervosismo.

-A sério?!-os seus olhos brilharam-quer dizer, o jantar é às 19:30 horas da noite então.

-Ok-eu assenti.

-Ok...-olhou para mim.

-Ok-eu sorri tímida.

-Ok-falou outra vez.

-Humm...-eu olhei para os meus pés e depois para ele-a minha mãe está a chamar-me, é melhor eu ir...-menti.

-Ah pois...-assentiu-até logo.

-Até logo-eu falei fechando a porta.

Encostei-me à mesma e respirei fundo e sorri. Meu Deus, eu sinto que o meu coração vai saltar do peito. O que é isto que eu estou a sentir? Acho que só de pensar naquele camelo as minhas bochechas ficam logo vermelhas. Isto não é normal, quer dizer...eu nem gosto dele, pois não? Eu odeio-o e...bolas a quem é que eu quero enganar? Saí dos meus pensamentos quando ouvi os meus pais a descer as escadas enquanto se riam. Vi o meu pai a fechar a sua camisa e a minha mãe a ajeitar o cabelo e eu logo percebi o que eles estiveram a fazer tanto tempo lá em cima, no QUARTO. Tarados.

-Quem era filha?-perguntou a minha mãe.

-O Harry...-os meus pais entreolharam-se-veio convidar-nos para jantar hoje em casa dele.

-Aceitaste, não aceitaste?-os olhos da minha mãe brilharam.

-Ahm...sim?!-olhei para ela desconfiada-o jantar é às 19:30 horas da noite-voltei a sentar-me no sofá e continuei o meu lanche.

O meu pai foi para a cozinha e a minha mãe sentou-se no outro sofá ao meu lado e ficou a olhar para mim com um sorriso no rosto.

-O que foi?-olhei para ela.

-Tu gostas dele, não gostas?-ela sorriu e eu engasguei-me com os cereais.

-Queres me matar?-tossi e ela riu-longe de mim gostar daquele camelo-tossi outra vez-eu odeio-o lembras?

-O ódio é o sentimento mais próximo do amor-ela olhou-me nos olhos-admite anda lá, eu juro que não lhe conto.

-Eu NÃO gosto dele-bufei-mas porquê que me empurras para cima dele? Eu já disse que não gosto dele.

-Pronto pronto, eu não digo mais nada-ela rendeu-se e sorriu-mas eu continuo a achar que gostas dele-ela riu da minha cara.

-MÃE...-atirei-lhe uma almofada à cara e ambas rimos-maluca.

Será mesmo que eu gosto dele? Será que isto que eu estou a sentir é por gostar dele? Mas,...se eu gostar dele quem me garante que ele sente o mesmo que eu? Não, isso não é verdade.

******

Eram precisamente 18:00 horas quando fui tomar um banho. Esta noite resolvi usar um dos vestidos que comprei com a minha amiga Geni. Era um vestido branco de alças grossas até meio das coxas e calcei uns saltos pretos. Deixei os meus cabelos soltos e fiz uma leve maquilhagem. Vesti o meu casaco de ganga e peguei na minha mala castanha onde guardei o meu telemóvel e a minha carteira. Saí do quarto e desci encontrando os meus pais à minha espera.

-Estás linda querida-falou o meu pai.

-Eu para vocês estou sempre linda, mesmo de pijama-rimos os três.

-Bem, vamos?-disse a minha mãe.

-Sim-eu e o meu pai falámos ao mesmo tempo.

Eram 19:15 horas da noite quando chegámos a casa do Harry e eu não sei porquê, mas comecei a ficar nervosa.

-Boa noite minha querida-Anne veio logo me cumprimentar.

-Boa noite-sorri e abracei-a.

-Estás linda-ela disse.

-Obrigada-sorri.

Deixei os meus pais cumprimentarem Anne e sentei-me no sofá. Fiquei ali sentada até sentir uma mão no meu ombro.

-Querida...?-era a minha mãe e Anne-podes ir ter com o Harry ao quarto se quiseres-ambas sorriram.

-É melhor não-lembrei-me da última vez que fui até ao seu quarto-eu prefiro esperar.

-E se fosses chamá-lo?-Anne falou sorrindo-eu estou a precisar da ajuda dele na cozinha.

-Está bem-assenti.

Mas porquê que estas duas tanto me empurram para ele? Será assim tão difícil perceber que eu NÃO gosto dele? Arrr que mulheres chatas. Parei em frente à porta do seu quarto e respirei fundo batendo na mesma. Como na outra vez ele ignorou-me, mas desta vez eu não ía entrar. Virei costas, quando a porta se abriu atrás de mim. Olhei para ele e ele olhou para mim e nenhum se pronunciou, até eu interromper aquele silêncio.

-Humm...-respirei fundo-a tua mãe precisa da tua ajuda e pediu para que te viesse chamar.

-Ah ok-ele assentiu.

Mais uma vez virei costas, mas a sua mão alcançou a minha e ele virou-me de frente para ele e sorriu puxando-me para dentro do seu quarto.

-Estás linda-fechou a porta do quarto.

-Ob...obrigada-acho que corei outra vez.

-Ficas linda quando coras-ele aproximou-se e colocou uma mecha do meu cabelo para trás da minha orelha.

Os nossos olhares cruzaram-se e o seu rosto aproximou-se do meu deixando assim o meu coração acelerado. Olhei para aqueles seus apetitosos lábios e passei a língua nos meus. Fodasse está calor ou é impressão minha? Senti uma mão agarrar na minha cintura e a outra pegar na minha cara e os nossos lábios colaram-se num beijo lento e suave. Coloquei as minhas mãos no seu peito por cima da sua camisa e depois enlacei o seu pescoço. O beijo começou a ficar mais profundo e eu estava cada vez com mais calor. A sua mão desceu até ao meu rabo e apertou-o enquanto eu abria a sua camisa. Ele pegou-me ao colo e colocou-me na cama com cuidado e colocou-se entre as minhas pernas. Arranquei a camisa do seu corpo e fiquei a observar os seus abdominais e tatuagens, já a sua boca veio para o meu pescoço e eu arfei com os seus beijos porque digamos que eu tenho algumas cócegas. A sua mão subiu o meu vestido e massajou a minha perna deixando-me louca de desejos. Agarrei nos seus cabelos e puxei a sua boca para a minha e beijámo-nos como se a nossa vida dependesse disso, até....

-Pára...-sussurrei entre o beijo.

Ele olhou para mim e assentiu sem pronunciar uma única palavra, mas eu notei a desilusão na sua cara. Ambos nos levantámos e arranjámo-nos. Olhei para ele e ele para mim.

-O que é que me querias dizer hoje de manhã?-perguntei para tornar aquele clima menos constrangedor.

-Eu queria dizer-te que...-ficou pensativo e depois olhou para mim-que te amo-beijou-me com paixão.

Ele afastou-se e eu encarei-o de olhos arregalados, fiquei tão surpresa pela sua confissão que nem consegui racicionar direito. Afinal ele também gosta de mim? Da mesma maneira que eu gosto dele? Deus...

-Humm...-engoli em seco-é melhor descer-mos, os nossos pais devem de estar à nossa espera lá embaixo.

-Claro-ele assentiu contra a vontade.

Saímos do seu quarto e descemos até à sala de jantar e todos nos olhavam com caras curiosas e com vontade de saber o que se havia passado lá em cima no quarto e olhem...eu também gostava de saber o que se passou naquele quarto.

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