Uma semana passou e eu e a minha Luna ainda não tínhamos feito as pazes, nada estava resolvido entre nós. De facto houve momentos tensos, provocantes e excitantes entre nós, mas mais nada houve e eu sentia tantas saudades da minha mulher. Dos seus carinhos, dos seus beijos, do seu corpo, de nós a fazer amor...minha nossa, eu estou tão perdido. Eu agora estava a fazer as malas porque não sei se se lembram, mas a minha empresa tinha sido convidada para uma apresentação na Alemanha e sinceramente não estou com vontade nenhuma de ir. Não quero deixar a minha mulher sozinha, não agora que ela está esquisita, cada vez está mais magra e quase não come nada e...
-Precisas de ajuda?-saí dos meus pensamentos com a sua voz melodiosa.
-Não é preciso, não te preocupes-continuei a fazer a minha mala.
-Sabes quanto tempo vais ficar por lá?-ela sentou-se na beira da nossa cama.
-Duas semanas mais ou menos-encolhi os ombros sem nunca tirar os olhos daquilo que estava a fazer.
-Harry...?-ela pousou a sua mão por cima da minha.
-Deixa...-retirei a minha mão.
-Por favor...-a sua voz era de choro.
-Agora estou ocupado-senti a água nos meus olhos.
-HARRY...-ela gritou pelo meu nome-não me ignores quando estou a falar contigo por favor e não te....
Não consegui nem ouvir mais uma única palavra sua. Agarrei nela e encostei-a à parede com brutalidade. Olhei nos seus olhos e ambos estávamos a chorar.
-Se estás nesta situação a culpa é tua e somente tua...-apontei-lhe o dedo-eu disse-te que aquilo iria trazer consequências para ti, mas tu não me ouviste...como sempre-passei as mãos pelos cabelos e bati na parede ao lado da sua cabeça-eu amo-te Lucy, mas não te perdoo se alguma coisa te acontecer.
Larguei-a e afastei-me dela.
-Vai embora...-falei sem olhar para ela.
-Já não me amas?-ouvi os seus passos perto de mim-é isso, não é?-chorou-agora que todos sabem que eu estou doente tu...tu simplesmente já não me queres e...
-PÁRA...-gritei frustado-TU NÃO TE ATREVAS A DIZER UMA COISA DESSAS EU AMO-TE, MAS ESTOU DESILUDIDO CONTIGO.
Abri a porta do quarto e ela olhou para mim com lágrimas no seu rosto.
-Deixa-me sozinho por favor-olhei-a nos olhos.
-Harry...
-Eu disse por favor...
Depois das minhas palavras Lucy saiu do nosso quarto a chorar e eu fechei a porta batendo-a com força. Arrr.... Dei um murro na parede e passei as mãos pelos cabelos. Há dois dias atrás Lucy sentiu-se mal e desmaiou e quando fomos ao hospital com ela os médicos confirmaram aquilo que nós tanto temiamos. A minha mulher está a morrer. Ela não me devia de ter rejeitado outra vez, porque agora as consequências cairiam sobre ela. Eu avisei-lhe, mas ela é teimosa e casmurra e não me quis ouvir. Os médicos disseram que ela teria uma média de mais ou menos dois a três meses de vida. Lucy desfez-se em lágrimas e se não fosse por ela eu já me teria desfeito em lágrimas também. Ela ainda não percebeu que ela é tudo para mim. Ela é a pessoa que eu mais amo neste mísero mundo, para além dos nossos filhos e família óbvio. Eu odeio tratá-la assim, mas ela não me dá outra escolha.
(...)
O dia passou e com ele chegou a hora de me ir embora, só daqui a duas semanas é que voltarei a reencontrar a minha família, mas é claro que vou manter-me em contacto com eles.
-Vou ter saudades pai-Megan abraçou-me com força.
-Eu também-afirmei abraçando-a de volta.
-Faz boa viagem pai-foi a vez da Maggie.
-Farei pequena-sorri ao ver a cara de amuada da Megan, aquela ciumenta.
-Tem cuidado pai-agora era Edward.
-Terei filho-sorri dando-lhe um abraço de homens.
Assim que me afastei do meu filho olhei para a minha mulher que estava com uma cara de choro e, sinceramente, aquilo cortava-me o coração. Aproximei-me dela e ela agarrou-se logo a mim num grande e forte abraço e soluçou no meu ombro.
-Eu volto-agarrei-a com toda a minha força-nunca te abandonarei meu amor-sussurrei ao seu ouvido.
-Amo-te-ela sussurrou também ao meu ouvido e beijou-me.
Coloquei a minha mão na sua barriga, sem que os miúdos notassem, e ambos sorrimos.
-Toma conta deste bébé enquanto eu estiver fora-sussurrei e beijei-a outra vez-e quando eu voltar quero ter a certeza de que tu já estás melhor, sim?
-Vou tentar-suspirou-volta rápido...por favor meu amor.
-Eu prometo-assenti beijando-a outra vez.
-Obrigada-ela beijou-me outra vez e com esse seu último beijo eu virei costas e fui embora no táxi. Agora só voltaria daqui a duas semanas para casa e só aí é que iríamos contar as novidades aos miúdos e à nossa família. Ok, ok pronto eu admito, eu e a Lucy ainda não contámos aos nossos filhos que eles iriam ter outro irmão, mas isso tem uma razão lógica. A Lucy está em risco de vida, ou seja, está a morrer, logo, a vida do bébé também está em perigo, por isso eu e a minha mulher resolvemos então só contar aos miúdos depois de eu voltar para casa e só depois de ter-mos a certeza que podemos avançar com isto. Agora tudo o que temos de fazer é esperar, esperar e rezar para que tudo dê certo e que tudo fique bem, tanto com o bébé como com a minha Lucy. Eu não me aguentaria se a perdesse ou se perdesse o nosso bébé, ou se perdesse um dos nossos filhos, eu não me aguentaria se perdesse quem quer que seja que eu ame na minha vida, alguém que seja importante para mim como a minha família e amigos mais chegados.
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Olá olá pessoas lindas do meu ♥, gostaram do capítulo?! Espero que sim. E gostaram das novidades?! Espero que sim também.
Amanhã haverão mais capítulos.
Obrigada!
Kiss ♥♥♥
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I Need You
WerewolfLucy era uma rapariga comum como todas as outras. Ela tinha 19 anos e vivia com os seus pais adotivos em Londres. Lucy era uma rapariga bonita, de cabelos castanhos, olhos verdes, magrinha, mas era uma miúda muito rebelde e muito teimosa, mas lá no...