Capítulo 38-Harry

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Acordei com dores no corpo todo e aos poucos fui abrindo os meus olhos e reparei que estava numa espécie de cela. Olhei para o meu lado direito e vi uma pequena cama apenas com uma almofada nada mais, não tinha cobertores nem nada do que se parecesse. Do outro lado havia um lavatório enferrujado e sujo e uma sanita também suja. O chão, onde eu ainda me encontrava deitado, estava toda cheio de terra e todo porco. As paredes eram brancas, mas com o passar dos anos e com a falta de limpeza e brio, acabaram por ficar castanhas, totalmente todas estragadas e sem condições algumas. Olhei tudo à minha volta e mesmo sem forças dei um murro no chão e comecei a chorar, não a chorar por falta de limpeza ou condições, mas sim a chorar por saber que vou passar aqui preso durante o resto da minha vida, por saber que vou ficar sem a minha fêmea, sem a minha Luna. Meu Deus Lucy....porquê?! Porquê Lucy?!! Entrei em desespero e chorei, chorei como se não houvesse o amanhã. Eu preciso tanto dela, da minha família, da minha vida de volta. Eu nem sei se a Lucy conseguiu salvar a minha tia, apesar dela não estar grávida, não sei se ela foi apanhada por aqueles monstros mal cheirosos, eu não sei de nada. Não sei o que faça à minha vida, mas de uma coisa eu tenho a certeza, eu quero a minha Lucy nos meus braços.

Não sei que horas eram, mas pela pouca claridade que entrava pela pequena janela da cela, que mal passava um braço por ela, calculei que já fossem umas 19:00 horas da noite. Cada vez mais sentia-me sozinho e solitário, sentia-me um renegado, aquilo que eu sabia que lá no fundo eu era. Ouvi a porta da cela abrir com brutalidade e os meus olhos encontraram-se com dois guardas a empurrarem um matulão para dentro. Ele era o dobro do meu tamanho, era muito musculado e pelas suas cicatrizes no rosto e nos braços, notei logo que os meus dias estavam contados. Eu não tinha chance nenhuma contra ele. Era a mesma coisa que lutar contra cinco lobos, ou homens como preferirem, ao mesmo tempo.

-Tens aqui companhia-disse um dos guardas rindo-acho que se vão dar muito bem-saiu trancando a porta.

Olhei para aquele homem ao meu lado e engoli em seco quando os seus olhos pousaram em mim. Tentei desviar o meu olhar do seu, mas quando o fiz já me encontrava encostado à parede.

-Ouve lá seu cabrão-pegou-me pela camisola-dentro desta merda de cela quem manda sou eu e quando eu estiver a falar contigo quero que me olhes na cara, percebeste?

-Si...sim...-assenti gaguejando.

-Ah e para que fique bem esclarecido-sorriu malicioso-como só há uma cama eu fico com esta e tu dormes no chão.

-Mas a cama é minha-falei furioso-eu estava cá primeiro.

Ele olhou para mim furioso e deu-me um murro no estômago que me fez curvar devido às dores.

-Quem manda sou EU-ele gritou e logo a seguir deitou-se na cama.

Em pequenos passos caminhei até à parede oposta à que eu estava e sentei-me com alguma dificuldade devido às dores e fiquei ali encostado a pensar em como seria a minha vida ou o que resta dela. Não sei quanto tempo ali fiquei, eu só me lembro de ter adormecido após alguns minutos.

Estava num quarto azul clarinho onde havia uma cama de bébé encostada à parede e onde se ouvia uma melodia calma e serena, uma melodia de embalar. As cômodas do quarto eram brancas, incluindo a cama de bébé. Aproximei-me daquela caminha à minha frente e aos poucos o meu coração foi ficando cada vez mais acelerado. Quando finalmente cheguei mais perto, observei um bébé lindo, de pele clarinha, a dormir tranquilo e sossegado com umas cobertas azuis e brancas a cobri-lo. Por momentos sorri ao ver aquela coisinha tão pequenina à minha frente, toquei na sua face e acariciei-o. O bébé mexeu-se um pouco e abriu os seus pequenos olhinhos e eu sorri ainda mais por ver que aqueles dois pequenos cristaizinhos eram verdes iguais aos meus. Estava tão perdido naquele momento, até que senti uma mão no meu ombro. Olhei para o lado e encontrei aqueles lindos olhos verdes da minha Luna e um belo sorriso nos seus lábios. Olhei mais uma vez para o bébé e depois outra vez para a Lucy.

-Lucy...-olhei nos seus olhos-este bébé...

-É nosso...-ela sorriu-tu és pai Harry.

Voltei a olhar para aquele bébé na caminha e outra vez para Lucy e rapidamente colei os meus lábios aos dela e beijámo-nos como se não houvesse o amanhã.

-Amo-te...-falou ela entre o beijo.

Olhei nos seus olhos e sorri, mas logo o meu sorriso desapareceu quando a imagem dela e do nosso filho começou a desaparecer e a dar lugar àquele sítio imundo onde eu me encontrava.

Acordei de relance e vi aquele homem enorme a rir-se à minha frente sentado na cama.

-És tão cabrão-ele abanou a cabeça rindo.

Ouvimos a porta a abrir-se e de lá entrou um guarda com dois tabuleiros de comida que me davam vontade de vomitar só de olhar para aquela mistela no prato. Ele colocou os tabuleiros no chão e voltou a sair. Arrastei-me até ao tabuleiro, pois apesar da comida ser uma merda, eu não podia ficar sem comer, quando aquele otário deu um pontapé no meu tabuleiro espalhando a comida pelo chão.

-Porque fizeste isso?-olhei para ele totalmente furioso-era a minha comida.

-Temos pena-riu alto-agora vais ter de te preocupar com outras coisas-ele apontou para a porta..

-Mas o que vem a ser isto?-dois guardas entraram olhando para aquela sujeira e olharam para mim chateados.

-Tu vens connosco-o outro guarda apontou para mim.

Pegaram em mim e levaram-me para uma sala vazia e bateram-me com bastões até eu desmaiar.

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Olá olá pessoas lindas do meu ♥

Por favor não me matem pelo que aconteceu ao Harry :'( eu sei eu sei, foi muito mau o que lhe aconteceu, mas temos de ter fé que ele saia daquele lugar, sim?

Se tiverem algumas sugestões é só dizer :)

Obrigada!

Kiss ♥♥♥

I Need YouOnde histórias criam vida. Descubra agora