-Cuida do nosso bébé-eu sorri enquanto outro guarda me levava-amo-te Lucy, AMO-TE MUITO-gritei já fora daquela pequena salinha.
Meu Deus, eu vou ser pai, eu vou ser pai. Será que aqueles sonhos queriam dizer alguma coisa? Pois, se calhar queriam e eu nem me apercebi, não percebi que eles queriam avisar de que eu iria ser pai, que a minha fêmea estava grávida. Meu Deus Lucy, eu amo-te tanto meu amor. Saí dos meus pensamentos quando fui atirado para dentro da cela. Aqueles guardas viraram costas, saíram e mais uma vez eu fiquei ali sozinho com aquele matulão, que me olhava com um sorriso maldoso no rosto.
-Então princesa?-troçou de mim-a tua mamã veio ver o seu bébé?
-CALA-TE SEU CABRÃO-gritei-não falas assim da minha mãe e não tens nada haver com quem me visita ou deixa de visitar-dei um passo na sua direção e ele avançou outro passo-eu ao menos tenho pessoas que gostam de mim e que me visitam, já tu não posso dizer o mesmo, não é?
-Não fales do que não sabes-ele pegou-me pelos colarinhos-tomara seres como eu-deu-me um soco no estômago-és um renegado como eu-deu-me um murro na cara-e ambos estamos aqui enfiados-atirou-me para o chão e deu-me três pontapés-CABRÃO-gritou cuspindo.
Fiquei ali no chão sem forças. Não me conseguia levantar, os meus ossos pareciam que estavam todos partidos. Ultimamente não tenho tido forças para nada, nem mesmo para me defender. Era raro eu comer porque aquele porco me tirava a comida ou então atirava-a para o chão e eu era castigado ficando uma semana sem comer. A água só havia aquela que saía da torneira do lavatório. Eu estava todo sujo porque aqui só nos deixavam tomar banho três vezes por mês e um banho de menos de cinco minutos. O meu cabelo estava grande, mais ou menos pelos ombros e todos oliosos e mal tratados. A minha barba estava um pouco maior do que o normal, não é que eu tivesse muita, mas tinha. As minhas roupas, essas estavam todas sujas e rasgadas, aqui só tinhamos duas mudas de roupa e como eu já as utilizava há meses elas já estavam gastas, rasgadas e sujas quase podres. Os sapatos, bem esses também estavam em muito mau estado, estavam todos rotos e sujos devido aos trabalhos pesados que tínhamos de fazer todos os dias como trabalhar em minas ou pedreiras, íamos todos em carrinhas de vários lugares para esses lugares onde éramos obrigados a trabalhar 12 horas por dia só com direito a uma refeição, ou seja, o almoço, e onde a água era pouca ou quase nenhuma.
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Passaram mais duas semanas e eu ainda continuava fechado neste sítio repuguenante onde recebia maus tratos e más condições alimentares e higiénicas. Já faziam dois meses e meio que eu não pregava olho a noite inteira. Primeiro porque dormia no chão gelado e sujo, segundo porque aquele matulão ressona muito alto e terceiro porque não parava de pensar na Lucy e no nosso filho, no nosso bébé. Saí dos meus pensamentos quando ouvi a porta da cela ser aberta e dois guardas entrarem na mesma e a caminharem na minha direção.
-Tens visitas Styles-falou um deles.
Levantei-me e estendi as minhas mãos para eles me algemarem até à sala de visitas como do costume, mas desta vez eles simplesmente resolveram dar-me passagem para eu passar e eu fiquei confuso com aqueles seus gestos.
-Não sei como nem porquê, mas...-falou um dos guardas-mas estás livre, podes voltar para tua casa, para a tua família.
Fiquei a olhar para eles atordoado pelas suas palavras e não exitei em sair dali. Fui em direção à sala de visitas e encontrei os meus pais e a minha irmã Gemma e logo abracei a minha mãe que chorava de felicidade e alívio ao mesmo tempo.
-Oh meu Deus...-ela levou as mãos à boca e logo a seguir abraçou-me-tive tanto medo de te perder meu amor.
-Eu estou...bem...-falei entre soluços.
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I Need You
WerewolfLucy era uma rapariga comum como todas as outras. Ela tinha 19 anos e vivia com os seus pais adotivos em Londres. Lucy era uma rapariga bonita, de cabelos castanhos, olhos verdes, magrinha, mas era uma miúda muito rebelde e muito teimosa, mas lá no...