5. You are crazy or what?

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Zayn

Duas coisas que me desagravam em minha profissão: acordar cedo mesmo depois de dormir tarde e ter que dar entrevistas e performar na manhã. Eu tinha tido uma noite complicada já que saí com Louis e nós nos perdemos de casa na madrugada, o que nos fez chegar às 4:00 da manhã em nossas casas, e também fez com que Harry nos ignorasse até mesmo durante a entrevista, como em todas as vezes que nós dois aprontávamos alguma.

Quando o programa terminou nós fomos à uma sessão de autógrafos, e esta tomou o resto da manhã. Acabou e os meninos iriam param suas respectivas casas, e eu quase ia para a minha até que me lembrei que tinha um almoço marcado com a loira de olhos azuis, e era melhor eu ir até o lugar marcado para me preparar psicologicamente para explica-la tudo o que era necessário, e também para que se caso ela não aceitasse o que eu dissesse eu soubesse lidar com aquilo de uma forma que ela entendesse que eu não sou um completo mentiroso.

Fiquei parado em uma esquina do lado da rua oposto ao do restaurante que iriamos, fiquei encolhido ouvindo música com o proposito de que ninguém me visse ou percebesse minha presença, porque aquele "encontro" deveria ser ocultado de todas as formas tanto da mídia quanto de qualquer outro ser da face da terra. Se passaram por volta de quinze à vinte minutos, e eu tive que interrompi minha reflexão e minha música para atravessar, pois Perrie tinha chegado e estava mordendo o lábio provavelmente pensando que eu estava atrasado ou que tinha deixado de ir, e merda, ela estava perfeitamente madura - ou sensual, ou mulher, tanto faz - com aquela roupa tão... Descolorida? Enfim.

- Procurando alguém? - perguntei chegando por trás e ela estufou o peito devido ao susto.

- Que bom que você chegou - ela falou dando um sorriso mas logo o desmanchando.

- Na verdade estou aqui há mais tempo que você - coloquei e ela deu os ombros olhando a placa do restaurante.

- Podemos entrar? - ela perguntou e eu concordei indo até a porta e dando espaço para que ela entrasse.

Sem dizer nada nós nos direcionamos até uma das mesas do fundo, permanecemos sem dizer nada e nem trocamos olhares, fizemos nossos pedidos para a garçonete simpática que logo os trouxe com um sorriso estonteante nos lábios. Comemos e eu puder ver pela expressão de Perrie que ela estava gostando da comida, mas ao mesmo tempo estava nervosa e comendo mais rápido que o normal - ou mais rápido do que a três ou quatro anos atrás.

- Bem, você tem quarenta minutos para me dizer o que precisa - ela me avisou quando terminamos de comer.

- Certo... - falei sem saber como começar, encarei o pano da mesa por uns segundos e a encarei, ela me repreendia com o olhar atento, eu não sabia se reparava os seus olhos ou em como ela ficava sexy com aquela roupa. Pensamentos idiotas aparte comecei - Antes de qualquer coisa eu não quero que você me acuse de querer remoer o passado porque o assunto é sério e eu preciso da sua atenção.

- Tá certo, entendi, agora continua - ela falou impaciente. Ignorei e iniciei meu discurso antes que ela se levantasse e saísse, pelo seu jeito tenso eu não duvidaria que ela faria isso.

- Vou resumir tudo pra ser rápido. Não sei se você lembra do Jeffrey, o velho, barbudo, bebum e etc. - falei e ela assentiu com a cabeça - Então, ele morreu no final do ultimo ano, há mais ou menos sete ou oito meses atrás, e com isso todos os outros homens se dispersaram e começaram a mudar da cidade, o que levou a dissipação da, hm, gangue - expliquei sem jeito, era difícil falar sobre essas coisas.

- E eu entro quando...

- Jeffrey tinha uma filha, e na verdade ninguém fazia ideia disso. Tudo bem até porque homens como ele tendem a ter filhos até sem sonhar, mas o problema é que após a morte do pai ela resolveu dar as caras de uma forma nada agradável, ao contrário do que todos pensaram quando ela apareceu a mulher é totalmente e assumidamente contra ao trabalho criminoso do pai, achando machista e um tanto abusivo, sabe como são, mulheres... - falei e Perrie revirou os olhos - Digamos que ela resolveu se vingar e resolver usar todos os recursos, como armas, dinheiro, galpões, apartamentos e outras propriedades para fundar uma fundação própria. Isso fez com que os antigos aliados de Jeffrey se reunissem e construíssem um novo império anti filha do Jeffrey, e isso começou com um conflito que pode prejudicar muita gente.

- Uma filha revoltada, homens putos e mais uma porrada de informações. Onde eu entro nessa história? E como você sabe disso tudo? - Perrie cruzou os braços e os apoio na mesa se curvando em minha direção.

- Digamos que ela roubou informações passadas, e para formar seu "exército" ela meio que colocou na lista nomes influentes e de garotas que correram perigo, e como você se encaixa nesse padrão descobri que você está nessa lista, no topo - falei e passei a mão pelo meu próprio cabelo, ela cerrou os olhos em minha direção e por um segundo pensei que eu seria assassinado naquele restaurante.

- Eu não posso simplesmente estar envolvida em uma gangue! Até minutos atrás eu nem sabia da existência dela e você me diz que eu estou no topo da lista?

- Eu estou no topo da lista dos caras e nem por isso estou reclamando... Mas, tem o lado bom!

- Como pode ter um lado bom em estar encrencada? - pergunta e eu suspiro.

- Por exemplo, se você tivesse alguém intimo envolvido nisso, você não corre risco de ser sequestrada, assassinada, roubada e etc... e vice-versa - explico e Perrie soltou uma risada irônica, eu estava com vontade de rir para não chorar.

- Eu nem sabia que eu corria risco! Olha Zayn eu não tenho nada a ver porque esse rolo é seu. - meu? Agora ela estava me acusando? Me inclinei ficando cara-a-cara com ela.

- Imagine caso aconteça algo comigo ou com você e consequentemente alguém descobre sobre nosso passado interessando. Já parou pra pensar o quão isso iria prejudicar tanto minha vida quanto a sua?

- Eu iria sair como vítima de qualquer forma. E mesmo se eu temesse algo, como eu ia evitar isso? Afinal aqueles caras me detestam - ela disse e eu sorri, agora viria a hora que eu mais odiava.

- Se juntando a mim, sei lá, fingindo que está saindo comigo ou qualquer coisa, assim eu, quero dizer, nós estaríamos a salvo - falo casualmente e Perrie se afasta começando a ajeitar a própria bolsa preta compulsivamente.

- Isso nem em meu pior sonho! Você só pode estar mais drogado que o normal, eu nunca ouvi algo tão absurdo quanto isso. Sinto muito porque eu não vou te ajudar, até porque eu percebi que seu maior interesse é com sua imagem estúpida. Passar bem porque essa conversa terminou - ela se levantou bruscamente colocando o dinheiro da conta na mesa, bufei nervoso e fui atrás dela, que já estava na calçada.

- Você está muito errada, e vai se arrepender de estar fugindo disso - falei tentando não alterar tanto a voz e não chamar a atenção das pessoas.

- Apenas esqueça da minha existência, espero não ouvir sua voz durante os próximos cem anos porque dessa sua boca só sai merda - ela respondeu e eu senti meu rosto queimar de raiva.

- Pode deixar que eu não lhe direcionarei uma silaba sequer, e eu mesmo encomendarei seu sequestro, ou sei lá o que. Eu já disse que irá se arrepender - falei e ela ainda de costas para mim jogou a cabeça para trás dando uma risada e continuando a andar pela calçada.

- Nos vemos no meu cativeiro então - ela diz e faz a curva sumindo do meu campo de visão.

Perrie

Depois de ter que ouvir todos os absurdos que o Malik havia me dito, fui a pé mesmo até o estúdio cuspindo de raiva. Ele se achava muito bom pra sair propondo coisas tão idiotas para alguém desconhecido, porque era isso o que eu era, alguém desconhecido, e eu preferiria mil vezes continuar assim do que ser obrigada a ouvir suas abobrinhas.

Quando cheguei no prédio, subi direto para o andar onde as meninas estavam e tentem me recompor antes mesmo de entrar, para que elas não percebessem que eu na verdade não estou tão contente como elas iriam ver.

- Como foi o almoço com sua colega? - Jesy me perguntou enquanto eu colocava minha bolsa sobre a cadeira, a mentira que eu inventem foi que eu iria almoçar com uma colega de faculdade, assim elas não fariam tantas perguntas.

- Legal, colocamos o papo em dia e tudo mais - respondi aparentando a maior calma possível.

- Isso é bom. Depois você conta como foi porque temos que te mostrar algumas coisas que chegaram para nós e... - Jade dizia mostrando uns papeis e eu me sentei no comprido sofá sentindo o olhar de Leigh sobre mim, ela com certeza tinha notado a mentira de certa forma, e aquilo não era bom.

Eu tinha uma mente bem fértil haha

Battlefield: The War [Zerrie]Onde histórias criam vida. Descubra agora