40. We'll be fine, you and I

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Por um segundo pensei que eu tinha levado o tiro, era eu quem estava na direção de Melissa, e também senti um líquido gélido na minha camisa, Perrie se afastou um pouco e me fitou, um olhar descolorido e uma expressão atônita, seu corpo amoleceu e só acordei para os fatos quando ela simplesmente caiu sobre os meus braços.

- Droga, droga, droga – repetia e a segurei firme, a polícia já cercava o local e um dos policiais segurava Melissa pelos punhos, ela chorava e negava que o tiro tinha sido dela, olhei em volta e o carro preto que estava perto da fábrica havia desaparecido.

Mas nada daquilo importava, a camiseta de Perrie estava encharcada de sangue e ela estava praticamente desmaiada, eu não entendia nada de primeiro socorros e não fazia ideia do que fazer.

- Amor, olha pra mim, por favor não fecha os olhos até os médicos chegarem, respira por favor – falei as coisas que vinham na minha cabeça, me sentei na grama com ela em meus braços e fiquei alisando seus fios loiros, sua mão fraca tocou minha camisa e ela sorriu, acariciando.

- Você é tão lindo – ela murmurou e eu sorri pegando sua mão fria.

- Não fala nada, deixa tudo pra depois, quando tiver tudo bem – eu não evitei chorar quando a vi empalidecendo em meus braços, ela me encarava e eu fiquei desesperado porque ninguém ajudava a socorrer, eu percebi que não podia perdê-la, que não seria eu sem ela.

- Hey cara se acalma, a policia já ligou e a ambulância tá vindo. – Louis se sentou ao meu lado e colocou a mão sobre meu ombro, ficamos em silêncio e eu aninhava Perrie como se ela fosse um bebê, ela tossia e tentava dizer algumas coisas, mas sempre a falta de ar impedia que ela soltasse alguma coisa.

- Prenderam a Melissa? – perguntei, o encarando.

- Sim, mas eu sei que não foi ela quem deu o tiro – ele respondeu e eu o fitei.

- Como assim?

- Foi a Rebecca Zayn, eu a vi saindo pela mata logo depois de disparar, se Melissa tivesse atirado ela teria acertado você, e não a Pez – ele explicou e a raiva cresceu em mim, soltei uns palavrões e respirei fundo.

- Antes tivesse sido assim, se essa merda de ambulância demorar ela vai morrer Louis, eu não posso deixar ela morrer – falei chorando, se ela morresse nos meus braços eu não ia me perdoar nunca, a culpa era minha de tudo isso estar acontecendo.

- Fica calmo, eles já devem estar chegando – Louis me tranquilizou e se levantou pegando o celular.

- Eu amo você, viu Pez? Vamos ficar bem, eu e você – falei e dei um demorado beijo na testa dela, ela retribuiu com um fraco sorriso e ficou tentando acariciar meu rosto, mesmo sem forças pra isso.

Passaram mais alguns minutos de agonia e a ambulância finalmente chegou, colocaram Perrie na maca e fizeram os procedimentos deles, eu observava e rezava pra que ficasse tudo bem, fui até Louis falar com ele.

- Avise só quem é muito próximo, você já sabe qual é a história, né? Eu vou pro hospital e você pode descansar, você já fez muito por mim hoje irmão – falei e ele sorriu.

- Ninguém vai descansar até que a loira não fique bem. Pode deixar que vou explicar tudo direitinho, logo nós vamos pro hospital também – agradeci mais uma vez e seguimos caminhos opostos, Louis foi para seu carro e eu entrei na ambulância.

Fiquei todo o caminho segurando a mão de Perrie e dizendo coisas de incentivo para ela, aos poucos ela adormeceu com o sedativo para não forçar os pulmões, mas mesmo assim não saí do seu lado até chegar ao hospital.

Battlefield: The War [Zerrie]Onde histórias criam vida. Descubra agora