42. No regrets

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Dias se passaram, na realidade uma semana e meia, que Perrie ainda estava no hospital, apesar da recuperação rápida os médicos sempre a mantinham lá para observação e outras coisas, ela já não estava mais no CTI, porém toda vez que eu ia vê-la ou estava dormindo ou estava com os aparelhos então eu nem cheguei a falar com ela podendo me ouvir, e eu estava ansioso para conversar com ela depois de um bom tempo.

Enfim, o momento tinha chegado e finalmente iam livrar ela dos aparelhos e ela iria para um quarto, continuariam com os remédios e um tratamento leve já que o pulmão dela ainda estava fraco, mas isso não impedia de eu logo poder leva-la para casa ou ao menos passar os seus últimos dias no hospital com ela, e isso era concertador.

Minha mãe e Debbie cuidavam de tudo e até abriram mão da visita delas para que eu passasse mais tempo com Perrie, e a caminho do hospital meu coração palpitava, não me envergonhava de dizer essas coisas, você fica meio sem vergonha quando está amando alguém de verdade e quase perdeu essa pessoa.

Sem aqueles procedimentos da CTI apenas peguei um crachá na recepção e subi para o quarto de Perrie, pelo espelho do elevador dei mais uma olhada na aparência, não queria levar uma bronca dela por isso, então estava o melhor que conseguia para que ela não pensasse que eu estava me descuidando, ela gostava de mim assim e independente do que acontecesse eu devia uma boa imagem à ela.

Entrei no quarto e lá estava minha garota, parecia um pouco sonolenta mas talvez fosse pelos remédios ou até mesmo tédio, Perrie gostava de fazer várias coisas e deveria estar sendo horrível pra ela ficar deitada o dia todo.

- A delicia chegou para deixar sua vida mais gostosa – brinquei enquanto me aproximava, consegui arrancar uma gargalhada de Perrie e assim ganhei o dia.

Peguei uma cadeira do canto e comecei a puxar para próximo da cama.

- Não, não. Aqui – Perrie apontou para a beirada da cama e eu sorri deixando a cadeira no meio do caminho. Me sentei do seu lado e peguei sua mão como eu sempre fazia, mas desta vez também recebendo carinho.

- Como você está se sentindo, Dora Aventureira? – perguntei e ela rolou os olhos, tossiu um pouco mas logo respondeu.

- Estranha, enjoada e com muito tédio. E não entendo nada – assenti enquanto ela falava devagar, o médico tinha me falado que lidar com ar ainda era um pouco complicado pra ela, mas até que estava se saindo bem para alguém que saiu do CTI.

- Eu posso te explicar. Você saiu de casa, deixou todo mundo louco, levou um tiro do pulmão e eu quase perdi minha cabeça, tirando isso não tem nenhuma novidade – tentei parecer o menos melancólico possível, Pez puxou ar e me deu um sorriso fraco.

- Me desculpa por ter sido uma louca, prometo nunca mais fazer isso, eu também estava louca, naquela hora eu fiquei preocupada em te perder, por esse motivo fui atrás de você.

- Você não precisa se desculpar, ok? E muito menos se cansar explicando-se porque não tem motivos pra isso. Agora somos só eu e você, sem nenhuma outra preocupação a não ser a nossa felicidade – sorri para ela que me encarou confusa, estava tão fofa que eu realmente queria enche-la de beijos.

- Como assim? – perguntou Perrie.

- Te explico em casa – falei e recebi um olhar não muito bom.

- Até lá não tem graça Zayn! – ela exclamou e continuei a sorrir.

- Claro que tem. E você tá achando que vai ficar aqui por muito tempo? Nada disso, o médico logo vai te liberar pra ser cuidada em casa por mim.

- Qual é o problema desse médico? – fechei o cenho e a encarei, nem no hospital o seu jeito não mudava, Perrie sorria e mordia o lábio, marota.

- Nem doente você deixa de ser chata em, vou embora – ameacei levantar mas ela não soltou minha mão, deu outra tossida e fez bico.

- Você que é chato, nem sequer me beija, idiota – arregalei os olhos e me sentei de novo na cama, beijei sua bochecha e ela fechou os olhos.

- Prontinho, te beijei – falei e ela abriu os olhos, se soltou de mim e virou o rosto de lado. – Quer na outra bochecha? Na testa? Ou na mão? – brinquei e sua expressão não mudou.

- Vai embora, sem graça – ela disse mas deixei pra lá, fiquei mais um tempo ali com ela fazendo pirraça, eu queria rir porém também fingi estar sério.

- Daqui a pouco o médico vem, tenho que ir – disse, mas fui ignorado.

Me levantei da cama e comecei a caminhar em direção a porta, quando cheguei quase nela me virei e Perrie continuava na mesma posição, na ponta dos pés voltei em sua direção e acertei seus lábios com um selinho, fazendo ela sorrir e se virar pra mim.

- Eu amo você – murmurei dando um segundo beijo rápido.

- Eu amo você muito mais – ela disse e trocamos outro beijo, beijei também sua testa e me afastei.

- Daqui a pouco estou de volta, acho que alguém vai ter que aturar um chato durante alguns dias no hospital – falei e nós sorrimos um para o outro, me levantei e acenei saindo da sala para comer, já que iria passar um bom tempo ali.

Perrie E. POV

Depois que Zayn saiu eu não parava de sorrir, todas as vezes que eu me lembro de acordar eu não o via ali, então a última memória que eu tinha nossa não era a melhor, e eu tentava apagar isso de todas as formas. Não falava para ninguém mas era horrível sentir falta de ar sempre que eu começava a conversar com alguém, mas se fosse para manter meu amor comigo eu levaria quantos tiros forem necessários, e olhando nos seus olhos eu via que valia a pena.

Recebi visita da minha mãe que ficava falando sobre um suposto acidente, mesmo não entendendo concordei com o que ela dizia, e fiquei feliz em vê-la e em saber que ela estava ficando na cidade. Trisha também foi muito amorosa e também estava preocupada comigo, me entregou bilhetes das meninas que eu fiquei emocionada de ler, eu tinha uma família maravilhosa tanto do meu lado quanto do lado de Zayn.

Quando a noite caiu Zayn e eu ficamos vendo programas da TV, também falei com as garotas por vídeo de celular e isso me deixou preocupada com uma coisa.

- Amor... – chamei Zayn que logo me olhou, estávamos deitados juntos na minha cama.

- O que houve?

- O médico falou, falou, mas ele não disse se eu fiquei com alguma sequela ou não – falei e ele contraiu as sobrancelhas.

- Bem, você vai ter que usar bombinha por um tempo e essas coisas, mas não teve nenhuma sequela grave – ele disse e eu assenti. – Se você tá preocupada com sua voz pode ficar tranquila, certo? Vai ter que ficar um tempo sem gritar, cantar partes grandes e fazer altas notas, mas tudo vai voltar o normal.

- Você deve estar amando a parte de não gritar – observei e ele assentiu.

- Minha parte favorita – nós rimos e mostrei língua pra ele, que continuou abraçado comigo até o cansaço tomar conta e eu dormir.


















Acho que tem fic texting vindo.... o que vcs acham?

Ta acabando essa temporada, ansiosos para a terceira?

Battlefield: The War [Zerrie]Onde histórias criam vida. Descubra agora