Battlefield: The War [Zerrie]

37. What I did for love

Mesmo sabendo que Zayn poderia vir atrás de mim, peguei meio próprio carro e dei partida para ir até Melissa e poder dizer poucas e boas que não tive a oportunidade de dizer na última vez.

Enquanto guiava o veículo, meus olhos se marejavam e às vezes até mesmo lágrimas começavam a cair. Não parava de me lembrar da mensagem, de como eles pareciam íntimos, e saber que eles já haviam tido relações sei lá quantas vezes me deixavam ferida, com uma dor diferente de todas que eu já havia sentido. Eu amava Zayn, não destes amores que quando "acabam" você esquece a pessoa e segue sua vida como nada tivesse acontecido, era um amor de verdade, que doía e mesmo assim você não conseguia sentir ódio, era apenas uma mágoa muito forte, e eu iria descontar tudo isso em Melissa e seja lá quem for que apareça na minha frente durante o caminho.

Me lembrei que tinha trabalho e não tinha avisado ninguém que não ia aparecer, então revolvi ligar para Jade, engoli o choro e peguei o celular, coloquei no viva voz e a esperei atender.

- Quero uma boa razão para você não ter aparecido para trabalhar hoje Perrie Louise – disse Jade.

- Aconteceram algumas coisas – suspirei – eu não posso explicar pelo telefone, mas são coisas que eu realmente preciso resolver.

- Se eu descobrir que você está com a bunda no sofá com seu namorado preguiçoso saiba que você vai ter que se resolver comigo – ri do seu jeito, sua ameaça não saiu como uma ameaça já que ela não parecia tão brava.

- Tudo bem, eu só preciso que você peça desculpa as outras por mim, e tudo o que eu tiver que fazer hoje, faço depois tudo bem?

- Sim. Mas Per, você não está se metendo em problemas não né? – ela perguntou e eu mordi o lábio.

- Não, pelo menos eu acho – disse.

- Estou te achando estranha, juízo garota, qualquer coisa liga.

- Pode ter certeza que irei ligar, eu amo vocês – falei sentindo uma ponta de dor no peito, porém não sabia porque.

- Também te amamos, não nesse momento porque você nos deixou na mão, mas amamos – Jade disse e eu sorri.

Nos despedimos e desligamos, voltem a focar unicamente na estrada tentando afastar os pensamentos indevidos, mas sempre vinham imagens, algumas reais outras da minha imaginação e me deixavam confusa, eu não sabia o que fazer com toda aquela bagagem, será que era tão difícil, ser alguém normal que só tem que se preocupar com o trabalho e em ter um bom relacionamento?

Minutos depois cheguei até o prédio de Melissa, conferi o celular e vi que haviam várias ligações não atendidas de Zayn, ignorei as mensagens e deixei o celular e a bolsa no carro, tirei o óculos escuro e caminhei até o portão, tentei deixar meu psicológico o mais equilibrado possível, mas parecia meio impossível quando se queria explodir. Chamei pelo interfone e não houve demora para que o portão se abrisse, e meu sangue ferveu quando vi quem tinha me atendido. Dei uma passo para dentro mas Rebecca colocou a mão no meu ombro me travando, e seu toque apenas aumentou mais minha raiva.

- Me deixe passar – falei firme a fitando.

- Para você entrar você precisa da minha autorização, já que agora sou a nova assistente de Melissa – ótimo. Duas vadias que queriam o corpo nu do meu namorado trabalhando juntas, que dia belo.

- Bom para você, agora vá e avise a sua amiga que eu preciso falar com ela – disse.

- Não acho que Melissa esteja querendo conversar com você, e acho também que isso seria muito perigoso, então te aconselho a dar meia volta e ir pra sua casinha brincar com seus cachorrinhos – soltei uma risada e neguei com a cabeça.