Nora do Demônio

Capítulo 23

Eu já estava começando a desistir desses demônios, não estavam me ajudando em nada, eram só promessas e mais promessas, me passava medo, tentavam me matar, mas a vingança do Jhon só estava ficando para trás.

Um dia após aquele acontecimento horrível, eu e Emily acordamos, dez da manhã, aproveitando que estávamos um pouco "livres", porque naquele orfanato as sete da manhã, todas já tinham que estar de pé! Descansamos bastante, acordamos e descemos para a cozinha, e nada de Robert, nos quartos não tinha ninguém, ele não tinha deixado recado, nem nada, perguntei Emily:

- Por que seu pai nunca fica em casa?

- Ele sempre foi assim, acostume-se. E entenda que agora será, eu cuidando de você e você cuidando de mim amiga, meu pai me adotou, mas eu nem sei o porque! - respondeu.

- Pelo menos, ele não enche a paciência! - eu disse.

Emily concordou, então fomos preparar um café da manhã, mas quem disse? Não tinha nada para comer, só tinha restos! Fiquei preocupada, na minha casa nunca faltava nada, no orfanato era ruim, mas tinha! Pegamos um misto quente, que tinha sobrado do outro dia e partimos no meio e comemos, era pouco mas dava para matar a fome.

Emily e eu assistimos um pouco de televisão, perguntei se nós podíamos ficar um pouco de fora de casa, ela disse que o pai dela não se importava, se não ficasse andando pela rodovia que era perigosa, estava tudo bem.

Saímos de casa, ficamos sentadas no acostamento da rodovia e lemos alguns livros que agente tinha trazido.

De repente a Emily, começou a me olhar com aquele olho preto novamente, não era como antes que ela tinha rodado no chão e ficado gritando, era só os olhos pretões de novo mesmo, perguntei oque estava acontecendo com os olhos dela, ela não respondeu, só levantou ficou alguns minutos olhando para rodovia, e quando eu estava levantando para tirar ela dali, ela deu alguns passos e ficou no meio da rodovia, e no mesmo, momento aquele mesmo caminhão que quase tinha me matado uma vez, passou bem rápido, na direção dela, eu não deixei que ela a matasse como iria me matar segurei firme nos braços dela, e a puxei, no mesmo momento ela começou a bater, e continuava com aqueles olhos pretos, eu sabia que ela não estava fazendo aquilo porque queria, então não pude machucar ela, eu só me defendia... Emily começou a me arrastar pelos cabelos, uma força que eu sabia que não era dela, ela me perguntava sem parar "porque você fez isso comigo? Por que? Por que?" eu gritava para ela parar mesmo sabendo que não iria, quando me dei conta estávamos no meio da rodovia de novo, e ela em cima de mim me dando tapas, que doiam muito! Quando olhei para o lado aquele caminhão de novo pela terceira vez tentando nós matar, ele veio correndo muito rápido mesmo, o único pedido que eu fiz naquele momento foi "se somos umas de vocês, não podem nos perder!" vi o caminhão chegando cada vez mas rápido, quando faltava em média uns quatro segundos para gente morrer, eu Fechei os olhos, e uma barreira enorme preta se formou entre nós e o caminhão, o caminhão chegou a bater naquela barreira, mas capotou fiquei olhando e do nada o caminhão se tornou uma explosão! Aquela barreira se tornou vultos que foram embora. Emily voltou, quando ela acordou ela ainda estava em cima de mim me batendo, os olhos dela voltaram ao normal, e ela começou a chorar, nós levantamos e saímos do meio da rodovia, e entramos para dentro da casa, e sentamos no sofá, perguntei oque ela tinha visto que ela tinha ido para o meio da rodovia, ela respondeu:

- Minha mãe, ela me chamava eu fui. - disse soluçando de chorar.

- Mas você nunca viu sua mãe! Ela morreu antes de você nascer. - eu disse

- Eu senti que seria ela, mas uma vez obrigada Janie, e me desculpe por te bater eu estava fora de mim.

- Está tudo bem, tome uma água e acalme-se.

Que milagre, pelo menos uma vez aqueles demônios nos salvaram! Mas será por quê? E por quê o mesmo caminhão se passou duas vezes, pela mesma rodovia? Aqueles demônios tinham nós salvado, mas eu sabia que não ia ficar por isso mesmo, claro que eles iriam querer algo em troca!