Capítulo 9

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Aquele medo e ódio estava me dominando parecia tomar conta de mim eu só sabia pensar em demônios e vingança, não suportava mais esperar, precisava descontar esse ódio em alguém.

A Emily estava me estranhando muito, ela dizia que eu estava ficando obsecada, nessas coisas, e sempre me dando conselhos para parar, mas para que parar? Se tudo de ruim já havia acontecido em minha vida? Oque mais poderia acontecer? Garanto que nada pior do que já tinha acontecido, eu iria continuar sim, até ter oque eu queria!

Fui na recepção novamente e achei livros de assasinatos, e coisas sobrenaturais, e comecei a interessar.

A Emily muito careta começou a me contar:

- Amiga, se você quer vingar do Jhon que vingue, mas para que por demônios no meio disso? - falou preocupada.

- Emily parece que você, está preocupada de mais, e com medo não estou te reconhecendo, você não disse que iria estar comigo em todas, junte-se comigo vamos vingar de seu pai também!

- Janie, eu sei que você morre de ódio do Jhon mas ele é seu padrasto mas, o Brad é meu pai de sangue, eu não faria nada de mal para ele até, porque ele nunca fez nada comigo...

Nem respondi sabia que ela viria me dar mais e mais conselhos inúteis, eu estava cansando daquilo, pois quando eu quero uma coisa eu faço, nenhum conselho mudaria alguma coisa!

Na hora do almoço chamei Emily para sentar do meu lado ela foi, até que aquele dia já não estava tão péssima a comida, então enquando comia, veio uma louca sentando de frente para mim, ela me olhava de uma forma estranha, do mesmo jeito fofa como terrorisante, parecia até aquelas bonequinhas assasinas ela ficou uns três minutos me olhando com a cabeça meio para o lado e depois dos três minutos ela me disse:

- Você vai sofrer mais, sofrer mais, sofrer mais... - dizia sem parar.

Foi até que um dos homem de branco, o Zack tirou ela de perto de mim, e disse que estava na hora dos remédios dela, que ela só falava bobagem.

Mas eu sabia que aquilo não era bobagem era mais um sinal, e eu nem dei bola para ela. A Emily logo me falou:

- Está vendo Janie? Agora tudo que acontecer você vai achar que é coisa de terror, pra que mexer com isso? Aff.

- Relaxa amiga, não precisa se preocupar, estou com medo, mas não o tanto que você está, haha, nada de ruim acontecerá comigo, te garanto.

- É oque eu espero amiga...

Na hora de dormir eu não estava com sono, pois naquele dia eu não havia tomado remédio calmante, eu e a Emily começamos a conversar:

- Emily não quero dormir.

- Mas tem que dormir, ou pelo menos fingir que está, já te contei sobre os castigos que eles dão, se não deitar as nove em ponto.

- Mas oque custa? Iríamos escondidas, que castigo eles poderiam nos dar? É só uma aventura. Queria saber oque eles fazem depois que todas nós dormiamos.

- Uma aventura que nos custaria caro, eu nunca deitei depois das nove, então não sei como é o castigo, mas dizem que é cruel, eu sempre tive vontade mesmo de saber oque eles fazem depois que dormiamos, mas acho melhor não!

- Vish Emily, larga de ser careta, se acontecer alguma coisa me responsabilizo! Por favor, vamos, por favor, por favor... Só uma voltinha e voltamos logo.

- Tá bom Janie só uma voltinha e voltamos rápido!

Abri a porta do quarto com muito cuidado, para ninguém acordar e fomos eu e Emily nas pontinhas dos dedos. Fomos na recepção não tinha ninguém, passamos na frente de outros quartos mas todos trancados, mas até que fomos até o refeitório olhei para o relógio grande que tinha na parede e já eram três horas, como assim? Quando saímos do quarto eram nove da noite, comentei com a Emily, mas ela prefiriu dizer que as pilhas do relógio deviam ter acabado, mas eu sabia era mais uma pista, e de repente do nada, as luzes do refeitório se acendem, mas não era eu nem muito menos a Emily, olhei para trás aquela louca que parecia uma boneca assassina, me olhando de novo, ela passou a mão no meu cabelo e dizia "venha, venha" mas a Emily segurou firme na minha mão e corremos até o quarto, e a louca veio atrás correndo também, e continuava dizendo "venha, venha", mas por fim Emily e eu conseguimos entrar no quarto, antes de que ela entrasse junto conosco, ela trancou a porta para assegurar que ficaria tudo bem mesmo com a gente, mas aquilo foi terrorizante, confesso me deu muito medo, mas ainda bem que ninguém além da louca nos viu.

Nora do DemônioOnde histórias criam vida. Descubra agora