19 - Annabeth Chase

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Existem momentos na vida das pessoas que eles fazem coisas completamente sem qualquer sentido, não existia uma razão ou um sentido plausível para eu me deixar levar por Percy Jackson, mas alguma coisa que ele fez ou falou me levou a curiosidade, a querer saber mais sobre onde ele queria me levar.

Movida por esse sentimento de curiosidade me deixei levar, mesmo que eu estivesse repassando as aulas de defesa pessoal mentalmente, afinal, se ele tentasse qualquer gracinha daria adeus a sua capacidade de ter filhos.

Ele me conduziu por entre as árvores da floresta que ficava ao fundo do colégio, era meio clichê termos uma floresta aos fundos da escola, mas tínhamos. E, ainda existia uma cerca de metal que separava a floresta da escola, porém como em todo lugar cheio de hormônios adolescentes, essa cerca vivia com falhas feitas pelos infratores.

Geralmente as festinhas ilegais eram feitas nessa área, a área ilegal. Ano passado um garoto chamado Ethan Nakamura foi pego em uma festinha dessas. Ele ficou de castigo durante meses, aliás alguns acreditam que ele ainda está de castigo.

Um frio percorreu minha espinha quando atravessamos a cerca, mas eu respirei fundo, como foi que Piper havia dito semana passada? "Só se vive uma vez Annabeth".

Andamos em silêncio, mais alguns passos na escuridão, eu estava começando a me sentir tensa. Por que eu estava fazendo isso mesmo? Quando escutei vozes e risadas eu estaquei. Era isso, minhas suspeitas estavam certas, ele estava me levando para uma daquelas festinhas ilegais!

- Eu não quero participar disso – falei sem dar mais um passo.

- Relaxa Annabeth, vai ser legal – ele falou virando-se em minha direção.

- O legal para você, pode não ser legal para mim – falei cruzando os braços.

- Vamos Annabeth, pare de frescura, eu prometo que não é nada demais, apenas diversão – ele falou.

Sabe aquele olhar que um filhote lança a você quando está em um petshop? O olhar fofo de quando eles querem ser adotados, aquele olhar que abala suas estruturas? Ele me lançou esse olhar, o famoso "Olhar de cachorrinho". Combinava com ele, um cachorro.

- Sem chantagem emocional cabeça de alga – falei desviando o olhar.

- Chantagem emocional? Vamos logo – ele falou tocando minha mão, eu soltei minha mão da dele – Vamos fazer um acordo – ele sugeriu.

- Estou escutando – falei cruzando os braços, com coisa que ele tinha algo para barganhar comigo.

- Você vai comigo hoje, se você não gostar pode ir embora. Em troca eu me esforço para tirar uma nota bacana nas provas do final do mês – ele falou.

- Vamos lá, primeiro obviamente eu iria embora se não gostasse, tenho direito de ir e vir, segundo, tirar uma nota satisfatória é uma obrigação sua, não use isso como barganha.

- Ah... Mas se eu não tirar nota descente o que vão dizer? Minha tutora não é boa quem sabe? – ele sugeriu com um sorrisinho.

- O que? Como ousa? – isso era golpe baixo. Ele estava com um sorrisinho no canto dos lábios, estreitei o olhar em sua direção – Como você é baixo...

- Vamos, eu prometo que será legal, se não for você pode me bater – ele falou com aquele olhar de filhote pidão novamente e eu respirei fundo.

- Eu vou guardar suas palavras sobre te bater – falei e ele riu.

Continuamos até chegar a uma clareira onde tudo estava acontecendo, haviam vários adolescentes dançando e bebendo, Piper estava pendurada no braço de Jason, Hazel afastada com Frank e alguns dos colegas dele. Toda elite do colégio meio sangue estava lá.

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