6 - Tris Prior

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Era um dia como outro qualquer, as férias de verão haviam terminado marcando assim o retorno das aulas, eu precisava me dedicar muito esse ano. Fazia parte do trato, meu pai havia deixado que eu participasse em uma "academia de polícia" para iniciantes, em contraproposta minhas notas precisavam manter-se sempre em alta.

Minha vida sempre foi bem tediosa, eu era filha do senador Prior, um político de renome na cidade de Chicago, assim eu tinha esse lado de "vida pública", as pessoas esperavam um comportamento exemplar da minha parte, eu precisava sempre me manter na linha, não podia sair nos jornais fazendo algo que iria embaraçar meu pai ou resultar em alguma fofoca que pudesse ser um problema para a carreira do meu pai.

Se você está imaginando que minha vida gira em torno da carreira do meu pai, você tem razão. Minha vida era cheia de restrições, mesmo dentro da minha própria casa o único lugar onde eu podia realmente relaxar era dentro do meu quarto.

Eu estudava em um colégio que estava repleto de adolescentes ricos, mimados e desagradáveis, as vezes eu me sentia muito divergente de todas essas pessoas. Meus pensamentos divergiam da maior parte deles, então eu costumava me sentir só. Pessoas que não se adaptam ao mundo de trivialidades como eu, geralmente permanecia sozinha.

Mas eu sabia que esse ano seria diferente, pois esse ano encontrei de lugares distantes amigas que apesar das diferenças entre nós, tínhamos coisas em comum e o mais interessante dessa história é que as encontrei de uma forma muito inusitada.

Após ter problemas com uma compra pela internet nós nos encontramos na mesma situação, reclamando! Claro que elas não haviam comprado o mesmo que eu, mas todas tinham passado pelo mesmo problema. Com o tempo descobrimos que não era apenas a compra que nos conectava, e aí nasceu uma amizade que eu esperava ser duradoura, com Annabeth, Bella, Rose, Luna e Clary. Eu sentia grande carinho por elas.

Entrei no trem e caminhei rapidamente para me sentar em um lugar onde não seria obrigada a levantar para ceder o assento a um idoso, poderia parecer uma atitude grosseira da minha parte, mas eu me sentia um pouco farta de sempre seguir as regras.

Encostei minha cabeça no vidro e fiquei imaginando o que meu pai diria dessa minha atitude? Ele sempre dizia que deveríamos ser altruístas com os possíveis eleitores, porque tudo conta quando se trabalha na política, mas quem tinha que ir beijar bebês era ele e não eu, então porque diabos o que eu fazia deveria contar?

Com toda certeza ele teria me dado uma bela bronca por causa de meus pensamentos, mas eu dei de ombros, ele não estava aqui e nem tinha poder de ler mentes – para a minha sorte.

Saquei meu celular e reli os últimos e-mails de minhas amigas com um sorriso nos lábios.

- Você não desgruda mesmo desse celular em? – indagou uma voz feminina e eu sorri antes mesmo de olhar em sua direção, era Christina, minha melhor amiga desde o primeiro dia de aula, quando uns garotos malvados estavam caçoando de mim e ela os botou para correr.

- Não exagera Chris – respondi. Christina era uma garota bonita, bem mais alta do que eu, seu corpo era curvilíneo e sua pele cor de chocolate a tornava ainda mais linda.

- Exagero? Você por um acaso, você escutou que eu estava te chamando para sentar nos bancos vagos ali adiante? – ela perguntou apontando para os lugares vagos e eu me inclinei para frente olhando na direção que ela indicou.

- Aqueles são lugares reservados – falei dando de ombros.

- Mas não tem idosos no vagão, podemos ficar lá até entrar algum – falou ela incrédula.

- Senta logo Chris.

- Mas lá tem lugar para o Will... – Will era o namorado dela, que não estudava na mesma escola que nós, porque ele estudava em um instituto especializado, para pessoas com inteligência acima da média.

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