55 - Annabeth Chase

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Abri meus olhos, sem real vontade de fazer isso, o quarto estava vazio e silencioso. A luz que emanava da janela iluminava o quarto, hoje era um belo dia, pelo menos lá fora.

Quando e como eu consegui dormir? Era um dos mistérios que a vida me proporcionava.

Em sentia um enorme vazio dentro de mim, sentia como se algo tivesse se despedaçado, eu me sentia quebrada, não sabia se um dia eu deixaria de me sentir assim.

Não sentia vontade de comer, ou mesmo de me levantar então permaneci em minha cama, encolhida e com a mente vazia.

Certa vez eu assisti um filme no qual a protagonista fica em estado catatônico depois de romper com o seu namorado, provavelmente era isso mesmo. Eu estava em um estado catatônico, não conseguia pensar, só sentia conseguia sentir um vazio que as vezes dava espaço para um sentimento de perda.

Romper com o namorado é ruim, mas é ainda pior quando ele é um imbecil que estava te enganando, é muito pior você saber de uma verdade tão perversa quanto essa.

Escutei uma batidinha na porta, mas não reagi, não respondi, a porta se abriu e eu estava de costas para ela.

- Estou entrando – avisou uma voz conhecida, era o Leo. Não respondi, então escutei a porta fechar-se e passos.

Leo sentou-se na ponta da minha cama e me olhou parecendo ansioso.

- Eu soube – ele anunciou quando percebeu que eu não iria falar nada.

- Percy está se gabando de como eu fui uma idiota? – perguntei com a voz rouca e carregada de desprezo.

- Na verdade não. Grover contou que vocês brigaram feio ontem à noite, você saiu correndo e o Percy foi atrás de você, depois ninguém mais o viu – falou Leo.

- Tomara que ele tenha topado com uma arvore e tenha morrido – falei me sentindo infeliz, Leo gargalhou e eu olhei feio para ele.

- O que? Ah qual é Annabeth, quais são as chances de alguém dar de cara com um arvore e morrer? – ele perguntou rindo.

- Pouco me importa – falei dando de ombros.

- O que aconteceu? – perguntou Leo e eu o olhei com os olhos marejados.

- Você falou que sabia – respondi segurando as lágrimas.

- Eu sei que vocês possivelmente terminaram, mas eu não sei o porquê - ele parecia preocupado.

- Você tinha razão – falei escondendo meu rosto no travesseiro, se eu pensava que não era possível chorar mais, eu estava enganada.

- Ei! Beth... – chamou Leo e aproximou-se, senti sua mão afagando minha cabeça.

- Você estava certo Leo, eles apostaram! Aquele miserável me usou e eu caí como um patinho – falei com a voz embargada.

- Puta merda! Você tem certeza? – sua voz parecia alarmada.

- Claro que eu tenho, escutei eles falando sobre isso na floresta – a lembrança era algo terrível.

- Bosque, florestas são maiores – corrigiu Leo e eu ergui o rosto apenas para olha-lo, ele ficou temeroso e eu espero que tenha feito um bom olhar de "eu vou te matar se você falar mais uma besteira".

- Foda-se – foi a única coisa que eu falei.

- Puta merda ao quadrado! Você está mesmo mal Beth, está até me xingando – comentou ele rindo.

- Olha se você veio aqui para fazer gracinha então pode ir embora e me deixe com minha infelicidade – falei desabando novamente no travesseiro.

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