59 - Clary Fray

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Quando acordei, senti algo se mexer ao meu lado. Senti cheiro de café, ovos e torradas. Abri os olhos devagar, já sorrindo.

– Bom dia – Jace disse – preparei nosso café.

– Que jeito maravilhoso de acordar – falei, olhando descaradamente para o corpo dele, vestido apenas de cueca – e não me refiro ao café da manhã.

Ele sorriu, convencido e deu de ombros.

– Não falou nenhuma novidade.

Rolei os olhos e sentei na cama, prendendo o lençol embaixo dos braços. Jace pegou a blusa dele no chão e me entregou. A vesti apressada. Bem melhor.

Estávamos de volta aos nossos apartamentos, mas nós praticamente não tínhamos um lugar fixo para dormir. Oras eu dormia lá, oras dormíamos aqui. Só o que acontece, é que nunca fica mais de um casal no apartamento. Se Jace está aqui, significa que Simon está com Izzy no apartamento dela e Alec está no Magnus.

Quando Magnus está no apartamento de Alec, provavelmente algum de nós arrumou outro lugar para ficar. Mas isso raramente acontece.

Comemos conversando sobre nada em especial. Quando finalmente terminamos de comer, parti para o assunto que eu sabia que seria polêmico.

– Tenho que te contar uma coisa – falei.

– Diga.

– Irei viajar daqui a algumas semanas.

– O que? Para onde?

– Vou para a Inglaterra, me encontrar com umas amigas.

– Que amigas?

– Umas que conheci pela internet.

– Ficou louca?

– Porque?

– Como assim você vai para outro pais de encontrar com elas? E se forem homens? E se forem malucos? E se forem os capangas do seu pai?

– Deixe de bobeira Jace.

– Estou falando sério! Podem ser homens grandes, gordos e peludos, que querem se aproveitar de você.

– Eu me correspondo com elas a muito tempo já. Trocamos fotos e nossas vidas umas com as outras. Pare de drama.

– Clary, você não vai.

– Claro que vou!

– Então eu vou com você!

– Não mesmo.

– Tente me impedir.

– Jace...

– Eu vou, e sempre que você se distrair e olhar para o lado, lá estarei eu, te observando – ele disse, se inclinando em minha direção.

– Você não vai – falei, me afastando.

Ele sorriu e começou a engatinhar em minha direção.

– E vou entrar no seu quarto escondido...

– Não pode.

– E irei ficar encarando essas "amigas", para colocar medo nelas.

A essa altura, ele já estava em cima de mim, me prendendo sob ele. Eu tentava me afastar, mas ele deitou e me beijou. Parei de resistir e me deixei ser conduzida. Jace estava em toda parte, me beijando, me tocando, me apertando.

Pegou a barra da blusa que eu vestia e a tirou, passando a atacar meu pescoço com beijos enquanto eu brincava com seus cabelos e alisava suas costas fortes.

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