BANG!
Ai caramba.
BANG! BANG!
Mas será possível?
BANG! POW! CRASH!
Não. Eu não aguento mais. Eu não durmo a uma semana! Esse vizinho louco não respeita horários! Mas chega. Esse é o meu limite. Vou falar com ele. Chega disso. Quem ele pensa que é?
Saí do meu quarto, batendo portas e ciente do barulho que estava fazendo madrugada a dentro.
Avancei pelo meu apartamento até a porta dele e comecei a espancar sua porta. Melhor usar as duas mãos, vai surtir mais efeito.
Quando a porta se abriu, era aquele mesmo cara da portaria. O loiro gato. Droga.
- Qual o seu problema? - ele perguntou, parecendo inconformado.
Ele não estava de pijama. Vestia roupas de sair. Todo de preto, bota, e cabelos bagunçados. Estava lindo, infelizmente.
- Você pode me admirar depois que me explicar o motivo de ter feito esse escândalo todo - ele disse, se recortando no batente da porta.
- Eu não consigo dormir - falei, começando a voltar a mim.
Ele abriu um sorriso, me olhando da cabeça aos pés.
- Já entendi. E você veio aqui para que eu te de uma canseira? - perguntou.
- O que? Não! - respondi, com a voz aguda e falhada.
- É a única explicação para você vir até mim por não estar conseguindo dormir.
- Você é desprezível - grunhi.
- Não. Eu sou o Jace - ele disse, estendendo a mão para mim.
Olhei para a mão dele e cruzei os braços. Ele sorriu e se aproximou um pouco mais.
- Adorei esse pijama de vaca - disse, me analisando.
Eu adoro meu pijama, mas não devia ter saído com ele.
- São três da manhã - falei.
- Obrigada por me informar. Meu relógio está quebrado.
- Então agora que você já sabe que horas são, pare de fazer barulho! Eu não durmo a uma semana por causa da batucada que você faz.
- Batucada?
- Não sei o que você faz aí na sua casa. E nem quero saber. Mas compartilhamos uma parede, e eu exijo que pare de fazer!
- Então quer dizer que você fica me ouvindo durante a noite?
- Não. Só quero dormir!
- Eu faço silêncio com uma condição.
- Qual?
- Que me dê a honra de saber seu lindo nome.
- Não. E você vai fazer silêncio.
- A vou?
- Vai! Se não... Eu vou falar com a sindica!
Eu não esperava que ele fosse gargalhar daquela forma. Mas ele chegou a jogar a cabeça para trás. Fiquei sem reação.
- Qual é a graça? - perguntei.
- Quando você for falar com a sindica, por favor me leve junto.
- Está debochando de mim?
- De forma alguma Clarissa.
- Como você sabe meu nome?
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#Conectadas
FanfictionDizem que amizade verdadeira está cada vez mais difícil de encontrar. E que quando a encontramos, devemos agarra-la com unhas e dentes. Entretanto, o que fazer quando você a encontra do outro lado do país? Em um mundo onde a modernidade alterou tod...