- Meu nome é Rosemarie Hathaway, vim para cá, para morar com o meu pai enquanto a minha mãe viaja a trabalho, sou lutadora de Muay Thai, pretendo entrar em uma academia militar como a Agulhas Negras ou a West Point. – Quando chamam você para se apresentar na frente de uma sala repleta de pessoas com a sua idade, normalmente você ficaria envergonhado, mas eu não estou, se aqueles camaradas acham que podem mexer comigo eles estão enganados, quem ousar fazer alguma brincadeirinha vai ter que me enfrentar, porque eu não sou de aturar desaforos.
- Oh, quem são seus pais? - Lucinda, a professora de química questiona.
Com certeza por ser um colégio esnobe querem saber mais sobre mim, para impor um status, uma posição sobre a minha pessoa, por exemplo quando um aluno não é tão importante (os pais dela não são) é de se esperar que ele seja menos popular, menos valorizado. Não quero ser nomeada por rótulos, aliás eu não preciso de mais gentinha fútil na minha vida, já tive que aguentar muito na St. Vladmir, minha antiga escola, que também é um colégio de ricos, não quero tudo aquilo de novo. Sabe quando dizem que se você muda de escola, você deve mudar de vida? Eu não quero nada disso, eu gosto de quem eu sou.
Toda a escola tem uma pirâmide social – quando éramos mais jovens, eu e Lissa inventamos nomes para classificar essas pessoas – e no topo dessa organização ficam os Morois, alunos definitivamente ricos, sucedidos e populares. No intermédio dessa colocação estão os Dampiros, os com poucas condições financeiras e os com menos contatos - depois de formados - os Dampiros são aqueles que trabalham para os Morois. Por fim, a base da pirâmide é a posição dos chamados Strigois - eles são os alunos ricos que vivem em bando para atormentar a vida de todos - são eles que realizam o bullying nas escolas. Entretanto a diferença entre um Moroi e um Strigoi é que os Strigois só querem saber do poder em demasiado, da fama.
Enquanto os Dampiros – mesmo com as diferenças – são amigos dos Morois, os Strigois são inimigos dos dois grupos. Eles não bastam de pessoinhas egoístas e vazias.
Os nossos amigos costumavam associar Dampiros com vampiros, mas eu e Lissa não gostamos dessas criaturas fictícias na verdade esses nomes surgiram com um programa de TV, enfim é uma longa história. Liss e eu nunca dissemos uma para outra a que grupo pertencíamos, esta classificação era para criticarmos as pessoas pretensiosas da escola - e esse 'conjunto' de pretensiosos não nos incluía - todavia nós sabíamos em que grupo nos encaixávamos.
Lissa é uma Moroi, e eu sou uma Dampira.
Pelo menos quando eu morava com a minha mãe eu era, mas e se minha mãe for classificada como uma Dampira e o meu pai como um Moroi, o que eu seria? O que eu sou?
- Rosemarie está tudo bem? – Ouço a voz da professora me chamando.
- Desculpe, está sim... – E este são aqueles momentos em que você escolhe uma direção que pode mudar a sua vida inteira, nossa que drama, certo talvez se eu disser o primeiro nome ela esqueça o assunto.
- A minha mãe se chama Janine e meu pai Ibrahim. Posso me sentar? – complemento rapidamente, na tentativa de me esquivar de qualquer outra pergunta.
- Claro, claro. Muito bem, espero que goste da escola e qualquer coisa pode contar comigo – assinto em concordância e me sento, soltando o ar que inevitavelmente eu estava segurando.
- Espere! O seu pai é o Ibrahim Mazur? – uma loira de olhos verdes perguntou, droga.
A garota tem o típico físico de uma patricinha americana, pelo uniforme percebo que ela é líder de torcida, e sem dúvidas ela é uma Moroi. Todos os olhos que estavam distraídos graças ao sono ou focados na professora, se desviaram para mim. Me senti de baixo de vários holofotes, não tenho saída a não ser responder.
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#Conectadas
FanfictionDizem que amizade verdadeira está cada vez mais difícil de encontrar. E que quando a encontramos, devemos agarra-la com unhas e dentes. Entretanto, o que fazer quando você a encontra do outro lado do país? Em um mundo onde a modernidade alterou tod...