Capítulo XVI

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Os dias foram passando, mas as réplicas permaneceram. Pelo menos, estava tudo a acalmar. E para melhorar tudo...

Mais uma vez eu e o Gonçalo mergulhamos bem fundo no mar, apesar de sabermos que não iriamos encontrar o avião, pela simples razão de ele estar debaixo da montanha.

- Será que o avião ainda tem os mecânismos de comunicação ainda estão operacionais? - perguntei a certa altura. O Gonçalo para de repente e nada até à pedra onde eu descanço.

- Isso.É...

- Estupido, eu sei...

- Não, eu ia dizer que é GENIAL! - conclui e beija-me na testa. Rio, enquanto ele aproveita para me agarrar pela cintura, puxando-me para a água.

- Ei! - exclamo antes de mergulhar.

*

Assim que saimos do mar, esquivamo-nos do grupo e escapulimo-nos para o meio da floresta.

- Como vamos entrar - pergunto enquanto caminhamos pela densa vegetação.

- Por onde entrava a luz. - responde-me, distraído.

- Mas... Isso era no teto! Vamos cair de sabesse lá de que altura.

Não me responde. Corro para o apanhar, uma vez que ele ia à frente.

- Que se passa?! - pergunto. Ele suspira e responde:

- Lembras-te da floresta...?

- Uhm, sim? - uau, que coincidência!

- O... O que é... Uhm, deixa lá.

- Oh, diz lá.

Ele para e vira-se para mim. E de um só fôlego:

- O que sentiste quando te beijei?

Oh...

- Eu... Acho que fiquei confusa...

- Só?

- Eu... Acho que sim.

- Ok.

E não falamos o resto do caminho. Quando chegamos à montanha, subimos até ao topo e lá entendi que o Gonçalo tinha um plano.

- Quão bem sabes coser? Ou simplesmente atar? - pergunta-me secamente. Respondo tristemente.

- Bem. - atira-me um monte de leanas - Have fun.

Terminando, o Gonçalo atira a ponta para dentro do buraco e ata a outra ponta num arbusto.

- Senhoras primeiro.

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