Toque

470 23 3
                                    

3 meses depois, Brasil.

POV Johanna

Fui ao Brasil por uma semana, por um motivo especial , o casamento de minha prima, aproveitei que era break internacional e não trabalharia no Centro de treinamento do Bayern por três semanas.

Porém no meio da primeira semana recebi um e-mail em nome da DFB-Team. Uma convocação de última hora para a equipe de condicionamento físico e fisioterapia da seleção alemã, fiquei louca no momento em que li. Como vou chegar lá a tempo? Era quarta-feira, o casamento era sexta, tinha que está lá no sábado.

Eu queria ir, era importante que eu participasse de uma delegação pelo menos por duas semanas, comecei a procurar por passagens antes de confirmar que estaria lá, e por pura sorte consegui uma para o sábado às 6 da manhã. Confirmei minha ida e mandei a numeração do meu uniforme de trabalho.

Eu vou chegar lá na concentração umas 8 horas da noite, terei tempo de mais pra descansar no avião. Plano perfeito! Pensei.

Contei à minha mãe a novidade, ela ficou chateada porque eu voltaria mais cedo do que nunca e passaria menos tempo com ela.

-O Filipe vai voltar com você? –Ela perguntou.

-Ele nem devia ter vindo, tá perdendo muitas aulas da faculdade. E não comprei passagem pra ele agora, depois que eu voltar pra Munique compro a passagem e ele volta. –Respondi.

-É, pelo menos ele vai ficar um pouco mais com a mãe dele. –Ela disse com tristeza.

-Sim... Bem, temos 2 dias ainda para ficarmos juntas, vamos aproveitar bastante! –Revidei.

Curtimos bastante a companhia uma da outra nesses dias. No dia do casamento estava tudo perfeito. Minha prima estava linda, ela parecia mais uma boneca Barbie, queria eu ter a genética do pai dela .Pensei.

Depois da cerimônia, começou a festa, a família toda reunida,banda tocando música boa. Porém eu estava mais animada com minha volta precoce pra Alemanha.

Chegou o momento da noiva jogar o buquê, eu não me movi da minha cadeira. Filipe então se aproximou.

-O que você está fazendo sentada aí, hein? –Ele questionou.

-Esperando o jantar, você não está com fome? –Revidei.

-Não falo disso, levante, vá lutar pelo buquê!-Ele ordenou.

-Ah não! Perca de total de tempo, vão me desmontar toda, não quero estragar meu visual por um buquê.-Eu disse.

-Ah, você vai sim! –Ela falou me puxando.

Filipe me arrastou até onde estavam outras moças ansiosas pelo momento. Fiquei atrás de todas, vou ficar aqui pra só pra encher, não me esforçarei. Pensei.

Então depois da contagem, 3...2...1... Minha prima jogou o buquê, ele passou por todas, tocou em algumas mãos e caiu bem atrás de mim. Me virei e ele estava nos meus pés, o peguei. Ninguém acreditava, Filipe riu. Deposi da foto com minha prima, encontrei Filipe.

-Vai ter que casar! –Ele disse.

-Difícil. –Respondi olhando pro buquê.

-Você é difícil. –Ele revidou.

-Por isso mesmo. -Eu disse apertando seu nariz.

Depois da festa fui para casa, minha mala já estava pronta, tomei banho me vesti, coloquei um salto, gostava de viajar com estilo e detestava ter 1,55 m de altura, levei o buquê junto. Fui para o aeroporto, peguei meu voo. Não demorei muito e dormi, estava esgotada da festa.

Cocaine - Marco ReusOnde histórias criam vida. Descubra agora