Nada está claro

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POV Johanna

Acordamos cedo com o alarme do meu celular. Marco me olhou com tristeza e me abraçou por alguns segundos.

-Sério mesmo que já está na hora de ir embora?-Ele perguntou com a voz sonolenta.

-É sério... E estranho... Faz muito tempo que não acordo ás segundas fora de Munique...-Respondi.

-Não me conformo... O BVB não ter te contratado quando tentou um emprego...-Marco revidou me soltando.

-Talvez se eu tivesse sido contratada pelo BVB você nem olhasse pra mim, e talvez eu te odiasse...-Falei.

-Por que iria me odiar?-Ele continuou curioso.

-Porque você iria me prender na sala de fisioterapia, eu teria que te acompanhar sempre...Iria me dar muito trabalho...-Eu disse me divertindo.

-Ah, mas você iria receber pra isso... Espera, você tá falando das minhas lesões?-Ele falou.

-Sim... –Eu disse e comecei a rir.

-Ah sua... Ah eu iria te odiar também...-Ele revidou.

-Mas sabia que às vezes esse ódio todo é amor?-Eu perguntei.

Marco sorriu.

-Acho que daria nisso mesmo...-Ele respondeu e deu um beijo no meu rosto.

-Advinha o que vou fazer agora?-Falei me sentando.

-Tomar banho...-Ele disse me acompanhando.

-Como você acertou?-Revidei levantando.

-Ah, foi só um chute na cara do gol...-Ele disse pegando o celular.

-Sem goleiro...-Falei.

Entrei no banheiro, pouco tempo depois Marco entrou e me acompanhou no banho.

-Estava em busca de um motorista para o aeroporto... Mas acho que ninguém acordou ainda...-Marco disse.

-Vamos de táxi...-Eu revidei.

-Um saco isso!-Ele exclamou irritado.

-Bom, a gente vai de táxi... Quando eu embarcar você pede à alguém pra te buscar... Ou pega outra táxi.-Sugeri.

-Acho que Pierre pode ir me pegar lá, então vamos para o treino...-Marco revidou.

-Pronto... Plano perfeito...-Falei e sorri.

-Plano perfeito seria, você não voltar pra Munique, ficar amarrada na minha cama, ou amarrada no Aston. Poderia morar no banheiro se quisesse também...-Marco disse rindo.

-Aham, Aham... Sei o porquê disso tudo...-Eu revidei.

-Porque eu gosto muito de você..-Marco falou pegando a toalha.

-Ah, você só gosta muito de mim?-Perguntei tentando ficar séria.

Queria brincar com ele. Marco se virou para me encarar.

-Gosto tanto que chega a ser amor...-Ele revidou.

-É?-Falei indo na direção dele.

-É...-Ele disse ainda me encarando.

O beijei. Ele retribui me abraçando e me cobrindo com a toalha.

-Agora quem não quer ir embora sou eu...-Eu revidei ao cessar o beijo.

-E queria ir antes?-Ele perguntou.

-Sim... Acredite Marco, se vou é pelo meu trabalho, eu gosto do trabalho...-Eu respondi.

Cocaine - Marco ReusOnde histórias criam vida. Descubra agora