Segundo o efeito do álcool

314 9 0
                                    


POV Johanna

Cheguei ao aeroporto e segui para o check in e despache de bagagem, depois fui até a cafeteria e comprei um chá como sempre, sentei-me pelo saguão e coloquei os fone de ouvido tentando escapar minha mente de Marco, mas meu coração estava ficando pequeno demais pra tamanha decepção, então não me contive e chorei sem saber se era tristeza ou arrependimento.

Ouvi o anúncio do meu voo e fui andando devagar até a entrada da sala de embarque, de cabeça baixa e com a música alta, senti apenas meu braço sendo puxado.

-Ai!-Eu resmunguei me virando.

Era Marco, tirei os fones.

-Joh, eu preciso falar com você... Me escuta por favor...-Ele disse ficando na minha frente.

-O que faz aqui? Não tenho que te dar ouvidos... Não tenho mais nada com você..-Eu falei firme.

-Raposa, você estava chorando?-Ele perguntou.

-Não me chame de Raposa!-Eu exclamei.

Ser chamada de Raposa por ele foi como uma facada no peito.

-Por favor... Tenha calma... Fale comigo... Você sabe o quanto sou burro pra umas coisas... E sabe que te amo...-Ele falou.

Eu fechei os olhos e respirei fundo.

-Eu quero que me esqueça, que me deixe em paz e apague qualquer memória minha da sua cabeça. –Eu falei séria, segurando o choro.

-Raposa... Me desculpe...-Ele tentou mais uma vez.

-Não me chame de Raposa.-Eu disse brava tirando a mão dele do meu braço.

-Joh... Eu te amo...-Ele falou me olhando.

-Eu preciso ir, meu voo já vai sair.... Não me procure mais...-Eu revidei e me saí dele.

Passei pela entrada sem olhar pra trás, fui diretamente para o portão de embarque, parei na fila de passageiros e as lágrimas desabaram por debaixo dos meus óculos escuros.

Entrei no avião e uma aeromoço perguntou se estava tudo bem, eu tentei disfarçar, ela gentilmente me ofereceu um chá calmante, eu aceitei. Bebi o chá e algum tempo depois adormeci.

Saí de manhã de Miami e cheguei a Munique no outro dia de manhã, peguei um táxi para chegar ao meu apartamento. Entrei e fui direto para o quarto, tirei minha roupa seguindo para o banheiro, parei no espelho, soltei o cabelo e pensei por alguns minutos, tinha que acabar com isso também. O prendi novamente e tomei banho.

Quando terminei, me arrumei, peguei as chaves do carro e saí novamente, fui fazer umas compras, aproveitei para almoçar, voltei pra casa a tarde e fiz o que tinha que ser feito, enquanto esperava o resultado, desarrumei a mala pra começar a nova.Depois de finalizada, tomei mais um banho e ao me olhar no espelho, me estranhei mas sorri. Pedi pizza para o jantar, interfonei para Denis e combinei a nossa saída para o Bayern na manhã seguinte. Jantei e enfim liguei para minha, disfarçando meu término, não daria tão fácil esse gostinho á ela.

Me deitei pra dormir, logo a lembrança de Marco veio me atormentar, depois de meses eu estava acostumada a conversar com ele antes de ir pra cama, não fazer isso foi muito estranho. Um filme passou pela minha cabeça, tantas coisas vividas jogadas pelo ralo. Dormi em meio aos pensamentos.

Acordei cedo na manhã seguinte, tomei banho e me arrumei, meus olhos não estavam tão inchados como antes. Peguei meus documentos e terminei de arrumar a minha bagagem de mão. Olhei meu celular e havia mensagem de Armin.

Cocaine - Marco ReusOnde histórias criam vida. Descubra agora