Capítulo Dois

639 27 0
                                    

       O Chapéu foi retirado de sua cabeça e percebeu que a mesa vermelha e dourada berrava, assobiava e aplaudia fortemente, ela saiu praticamente correndo, Marcos lhe ergueu em um abraço de parabéns e Murilo lhe sorriu, pois estava do outro lado da mesa.
-Seja bem vinda. –Disseram-lhe em uníssono.
-Valeu. –Ela sorriu e Murilo indicou outra mesa com o queixo.
       Belinda se virou e viu Tayner e Henri sorrindo para ela, dando-lhe os parabéns, ela lhes estalou um beijo, fazendo-os rir.
-Gostou de onde ficou? –Marcos perguntou-lhe baixinho.
-Amei. –Sussurrou. –Estava morrendo de medo de ficar na Sonserina.
-Sério? Por quê?
-Meus tutores queriam que eu ficasse lá.
-E por isso...
-Por isso eu odiaria com todas minhas forças ficar lá. –Disse sorrindo.
-Por quê?
-Os meus tutores são... Complicados. –Ele riu.
        Belinda viu Draco ser colocado na Sonserina e agradeceu novamente por não ter sido jogada junto com ele. Finalmente todos foram colocados em suas Casas e um lindo banquete apareceu em suas mesas, Bell não estava com muita fome, mas pegou um pedaço pequeno de pudim e começou a engolir.
-Coma mais um pouco. –Pediu Murilo.
-Sem fome.
-Por mim. –Marcos brincou.
-Por que faria alguma coisa por você?
-Porque eu sou um cara legal?!
-E convencido. –Ela riu e bebeu um gole de suco de abóbora.
-Eu sabia que ela não me deixaria na mão.
-Cala a boca. –Bateu levemente em seu braço.
       Marcos, Murilo, Douglas e Daniel eram somente um ano mais velhos que Belinda, o que significava que eles ainda se suportariam por muito tempo.

       Belinda acordou atrasada, notara, deu um salto da cama e tomou um banho rápido, vestiu a saia plissada cinza-escura por cima de um short, a blusa branca de botões e colocou a gravata vermelha e dourada, colocou por cima a capa preta da Grifinória e calçou o par obrigatório de sapatilhas pretas por cima das meias que batiam em seus joelhos. Antes de sair do quarto puxou sua mochila preta de caveiras brancas pra cima do ombro e colocou o chapéu pontudo. Saiu dali correndo para o Grande Salão quando percebeu que não havia ninguém em seu Salão Comunal.
-Merda. –Xingou quando deu uma topada, mas andava rápido enquanto acabava de enfaixar o braço esquerdo, que tinha a manga da camisa enrolada até o cotovelo.
-Bom dia. –Daniel falou, ele estava no pé das escadas vai-e-vem e estendeu a mão para a garota e ela deu o último nó na faixa negra, baixou a manga da camisa e logo segurou sua mão.
-Nem tanto.
-Que foi?
-Odeio saia. –Disse puxando levemente a ponta da saia plissada de seu uniforme. –Odeio gravata. –Disse afrouxando um pouco. –Odiei o uniforme. –Ele riu divertido ao lado da garota, largando sua mão e passando o braço por meus ombros.
-Mas você ficou muito bem, relaxa. –Ele lhe guiou a contra gosto até o Grande Salão. –Agora vai para sua mesa que eu devo ir para a minha.
-Até mais. –Ele beijou sua testa.
-Até mais. –Ela sorriu e foi sentar perto de Marcos.
-Achei que não fosse descer. –Marcos disse lhe dando espaço para sentar ao seu lado.
-Me atrasei um pouco. –Disse esfregando os olhos.
-Ainda está com sono? –Murilo perguntou carinhosamente.
-Não dormi muito bem.
-O que houve?
-Nada demais, apenas não consegui dormir rapidamente.
       Ela se serviu de suco de abóbora e pegou um bolinho de creme, estava comendo tranquilamente quando algo bateu em seu pé, ela baixou a cabeça e encarou um rato origami, inclinou-se e pegou, respirou fundo quando percebeu de quem era, o abriu com calma.

Quem são os imbecis que estão andando com você?
  Mal eles sabem com quem estão andando, não é mesmo?
Draco M.

   Belinda ergueu os olhos e eles pareceram mais escuros que o normal, as pupilas haviam desaparecido no escuro, Draco deu-lhe um sorriso de escárnio, deixando-a mais irritada ainda, ela amaçou o papel com força e sentiu as unhas afundarem na palma da mão, sua outra mão tocou levemente a varinha que estava no bolso da saia, ela estava louca para ataca-lo.

A Filha Das Trevas (LIVRO 1 - COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora