Capítulo Oito

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        Belinda estava pronta para ir pra casa, estava aguardando pacientemente Malfoy, a menina sentara em uma das janelas e ficou olhando para o jardim.
-É verdade o boato de que a uma criança em Hogwarts? —Belinda se virou para o rapaz e sorriu.
-Qual é, até você vai zombar de mim, Diggory?
-Não me culpe se você está engraçada desse jeito. Na verdade, você está fofa.
-Vá a merda Cedrico. —Ele riu.
-Vai fazer o que agora? —Disse ele mudando de assunto.
-Vou pra casa.
-Aturar o Malfoy?
-Bem isso. —Disse ela rindo. —Na verdade só estou esperando ele pra irmos.
-Você vai sofrer durante o final de semana, em? —Disse ele encostando-se na parede e encarando-a.
-Não exatamente.
-Como assim?
-Você sabe que foi o Draco quem fez isso, não é?
-Não.
-Agora sabe. —Eles riram. —Bem, eu preciso me vingar dele e farei isso onde mais dói.
-O que você tá aprontado Lestrange?
-Te conto quando voltar.
-Belinda.
-É sério. —Ela riu.
-Bell. —Douglas se aproximou.
-E ai chato? —Provocou ela. —Cedrico esse é o Douglas. Douglas, Cedrico.
-E ai? —Douglas cumprimentou sorrindo.
-Beleza.
        Belinda viu Draco se aproximando. Draco a encarou, a menina ainda estava como uma criança, mas não parecia se importar muito, ela pulou da janela e aguardou, Draco parou alguns passos distante.
-É melhor que ela volte bem, Malfoy. —Douglas falou, nada amigável.
-Se não? —Malfoy provocou.
-Acho melhor você nem voltar.
-Relaxa Tayner, eu e o Draco temos um acordo nessa viagem. —Draco se surpreendeu com Belinda defendendo-o e a encarou.
-Tem é? —Tayner disse em duvida.
-Tenho. —Respondeu ela para Tayner, que a encarava com desconfiança, logo atrás Cedrico ria um pouco, mas não parecia acreditar, tanto quanto Douglas.
-Que seja. —Douglas bagunçou os cabelos da menina. —Nos falamos segunda.
-Até lá. —Disse ela sorrindo. —Tchau Diggory, até segunda.
-Divirta-se. —Disse o menino e ela lhe sorriu abertamente.
-Pode deixar, conversamos quando eu voltar.
-Beleza.
-Vamos? —Disse ela para Draco.
-Tá.
         Draco caminhou três passos atrás de Belinda o tempo todo, ele não estava confiando no bom humor e na tranquilidade que ela aparentava. Pegaram a carruagem e Belinda sentia os olhos de Draco nela.
-Draco, Narcisa mandou dizer que é para nos comportarmos durante o jantar e para fingirmos ser amigos.
-Por que eu fingiria ser teu amigo, Lestrange?
-Pelo mesmo motivo que fingirei ser tua, Narcisa. —Draco torceu a boca, Belinda sabia atingir bem o ponto fraco do rapaz.
-Tanto faz, mas não tenta tirar proveito disso.
-Tanto faz. —Disse ela sorrindo e o silêncio se instalou entre eles.
        Draco esperou Lestrange entrar no vagão e se jogou do outro lado, ainda em completo silêncio. Belinda se acomodou no banco e adormeceu, Draco ficou em choque, pois ela estava lhe dando total voto de confiança. Malfoy não sabia o que fazer, então permaneceu acordado durante toda a viagem.
-Lestrange, acorda, a gente chegou.
-Que é? —Disse ela esfregando os olhos com os punhos e fazendo Draco recordar quando ainda eram criança e ele a chamava muito cedo.
-Chegamos a plataforma, acorda.
-Pera ai. —Disse ela segurando o pulso do menino enquanto ele começava a andar, mas Draco congelou com a atitude de Belinda. —Por que você parou? Vamos andar, Narcisa deve estar nos esperando.
-Então me larga.
-Não dá, lembra que agora eu sou pequena? Não quero me perder. —Disse como se fosse óbvio.
        Draco bufou e puxou a mão, mas Belinda agarrou a barra de sua camisa, ela sabia que Draco estava se irritando.
-Me larga Belinda. —Disse ele quando atravessaram a parede da Plataforma 9¾, Draco a encarou irado. —Que merda, me larga! —Ele falou mais alto do que ela esperava, mas fora tudo o que a menina precisava pra começar seu show.
        Belinda viu muitos trouxas virarem para encara-los, a menina se concentrou ao máximo e deu as costas para Draco, de repente começou a chorar.
-Seu canalha. —Disse ela baixinho.
-Para de show Lestrange, não to com paciência pra isso agora! —Ele não havia notado as lágrimas escorrendo pela face da menina.
-Por que você tá falando assim comigo? —Disse ela um pouco mais alto também e se virou pra ele. —Por que me odeia tanto?
-Para de palhaçada Lestrange!
-Por que faz isso comigo toda vez, já não basta os beliscões que você me deu no trem? —Chorou e Draco não entendeu absolutamente nada.
-Como é?
-O que você está fazendo com essa garota? —Uma mulher negra, de lindos cabelos cacheados e cheios, perguntou, aproximando-se de Belinda e tocando gentilmente o rosto da menina. —Acalme-se meu Anjo, ficará tudo bem.
-Belinda vamos. —Draco chamou.
-Você não tem o direito de falar assim com ela, rapaz. —Disse a mulher encarando-o e Belinda deu um pequeno sorriso para o loiro, sem ser visto pela mulher.
-Eu falo como quiser. —Disse ele pegando Belinda pelo pulso. —Vem.
-Ai! —Choramingou. —Tá doendo, me larga!
-Larga ela agora. —Mandou a mulher tirando a mão de Malfoy do pulso de Belinda. —Quem você pensa que é pra fazer isso com ela?
-Ela é...
-Eu sou irmã adotiva dele. —Choramingou Belinda. —Mas ele não gosta de mim.
-Belinda... —Draco estava se enfurecendo.
-Mesmo que ela não seja sua irmã realmente, acha que pode trata-la desse modo? Você machuca a garota, ela é tão fofa e tem que ficar te aturando.
-Mas a mamãe não sabe disso. —Belinda choramingou. —Eu quero a minha mãe.
        A trouxa abraçou Belinda e continuou a falar um monte de coisas para Draco, o que divertia Belinda, Malfoy estava furioso.
-Você não tem que se meter mulherzinha de sangue-ruim. —Soltou ele.
-Sua mãe não lhe deu educação, não rapazinho?
-Olha como fala...
-Escuta bem mocinho. —Disse a mulher. —Você fica maltratando todo mundo pelo que já notei, mas não pense que...
-Draco? —Narcisa o chamou. —Onde está Belinda?
-Ela está aqui senhora. —Disse a mulher trouxa. —Seu filho estava maltratando dela.
       Narcisa olhou para Belinda e ficou em choque, a trouxa achara que era por conta do que falara para a mulher, mas Ciça só estava surpresa pela aparência de Belinda.
-Nós conversaremos seriamente quando chegarmos em casa. —Disse ela para Draco, mas Belinda sabia que a conversa se aplicaria a ela também.
-Mas mãe...
-Sem mas. —Ela encarou a mulher trouxa. —Obrigada por cuidar deles e sinto pelo trabalho.
-Não tem problema, sua filinha é uma graça. —Belinda sorriu de forma doce para a mulher e foi para o lado de Narcisa.
-Vamos. —Disse ela e Belinda saiu andando ao lado de Narcisa.

A Filha Das Trevas (LIVRO 1 - COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora