Capítulo Vinte e Nove

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   Lestrange viu Hermione sair rapidamente da arquibancada assim que Harry fora levado para a área onde estavam fazendo os atendimentos médicos, acompanhada por Rony, que parecia incerto e sem graça.
-O que você acha? –Marcos perguntou rindo.
-Eles vão voltar à boa e velha amizade. –Murilo disse rindo.
-Já não era sem tempo. –Ginny comentou e Daniel concordou, colocando um feijãozinho de todos os sabores na boca e passando a caixinha para Ginny.
-Já estão até atrasados. –Doug disse rindo.
-Nem me fale. –Belinda concordou, pegando a caixinha de feijõezinhos da mão da ruiva. –Eles estão pra deixar todo mundo louco.
-O pior é o Harry e o Rony fingindo não se importar um na frente do outro e choramingando por trás. –A ruiva falou rindo.
-Eca. –Belinda fez careta. –Feijãozinho com gosto de espinafre. –Ela fez careta e se sacodiu, o que fez o grupo rir. –Odeio espinafre.
   O grupo ficou rindo e falando bobagem, até que Belinda viu entrando no Cercado, sem se surpreender, Harry e Rony para aguardar as notas do moreno.
-Não disse que eles voltariam após o perigo passar?! –Daniel falou rindo e o grupo se juntou a ele.
   Belinda ficou atenta quando viu os jurados começarem a dar as notas, logo se arrependeu de não ter dado atenção as notas dos outros competidores.
-Harry empatou com Krum no primeiro lugar. –Douglas anunciou ao ver a expressão da menina.
-Bem, isso é bom. –Ela disse rindo. –Embora o Krum, em minha opinião, devesse estar em segundo lugar e só não aconteceu porque Karkaroff roubou para o campeão dele.
-Bem, mas pelo menos estão empatados. –Daniel decidiu por fim.
-To com fome. –A menina comentou.
-Você vive com fome Lestrange. –Gina zombou e ela riu.
-Calada Weasley.
   Draco riu quando viu Belinda no caminho de volta para o castelo, ela estava eufórica e parecia ter voltada a cor normal. Praticamente saltitava entre os amigos

   Belinda entrou no Grande Salão e seguiu rumo à cozinha com os amigos, estava faminta.
-Por que eu não me surpreendo de você saber onde fica a cozinha? –Douglas disse e ela riu.
-Me deixa. –Disse ela agarrando Marcos, que passou o braço por seus ombros e continuou conversando com Gina, ignorando a menina ao seu lado. –Não tem comida o tempo todo sobre a mesa, às vezes a gente tem que vir diretamente na fonte.
-Como você descobriu?
-Eu ando com o Cedrico e a cozinha fica perto do Salão Comunal da Lufa-Lufa, certo dia eu tava perturbado muito por causa de fome e ele me levou até lá.
-Pobre Diggory, deve preferir enfrentar Dragões, mas ficar livre da Belinda perturbando por fome. –Murilo brincou e ela lhe mostrou o dedo médio de forma obscena, o fazendo rir.
-Só não te bato agora porque to com muita preguiça.
-E quem disse que você conseguiria me bater? –Ele a encarou e ela riu.
-Você sabe que eu conseguiria.
-Antes ia ter que me pegar. –Ele riu. –Corro mais rápido que você, Lestrange. –O grupo riu.
-Adoro sua coragem, Murilo. –Gina zombou.
-Ainda dizem que todo Grifinório é corajoso. –Daniel bufou.
-A maioria, o Murilo é uma exceção.
-Não sou covarde, caralho. –Rebateu ele. –Só não quero apanhar da Lestrange.
-Idiota. –Ela riu.
   Os Elfos começaram a preparar rapidamente o que eles pediram. Douglas encarava a cozinha onde vários Elfos Domésticos andavam de um lado para o outro, preparando diversas comidas e bebidas diferentes.
-Eu não fazia ideia de como era aqui. –Daniel comentou olhando em volta.
-Quatro mesas correspondentes as do Grande Salão. –Belinda comentou. –Eu fiquei surpresa quando descobri também.
-Nunca tinha pensado como funcionava pra comida aparecer nas mesas. –Douglas admitiu.
-Acho que ninguém pensa muito sobre isso. –Gina concordou. –A gente só quer saber de comer e pronto.
   Belinda concordou sorrindo e encarando uma das paredes com várias panelas e caldeirões de tamanhos diferentes.
-Hermione que ficou louca quando descobriu. –Marcos informou.
-Já ouviram falar da FALE? –Murilo questionou.
-Acho que todo mundo já ouviu isso. –Daniel o encarou rindo.
-Pois é, FALE é a associação que a Hermione criou para ajudar na libertação dos Elfos Domésticos.
-Tá de sacanagem, né? –Tayner riu.
-Ela ainda não fez nenhum de vocês comprarem o boton da associação? –Marcos questionou surpreso.
-Não. –Daniel disse rindo.
-Ela fez todos nós comprarmos. –Disse ele fitando o Elfo que vinha na direção do grupo. –Eu comprei três de uma vez, só pra ela não me perturbar mais.
-Você foi esperto. –Gina brincou. –Eu comprei só um e ela me faz andar com ele na mochila.
   O grupo pegou seus lanches e começou a sair da cozinha, no meio do corredor Belinda viu Cedrico. O rapaz estava com uma espécie de remédio pastoso alaranjado em um dos lados da cabeça e na mão direita, o braço enfaixado estava preso em uma tipóia simples. Os amigos do rapaz rapidamente pararam e o deixaram seguir ao encontro dela.
-Merlin. –Disse ela correndo até o Lufano, ficando entre os dois grupos. –Que merda aconteceu com você? –Ela parou antes de tocar nele, cogitando o quão machucado ele estava e o quão poderia piorar a situação do amigo.
-Algumas queimaduras, nada demais. –Ele sorriu.
-Nada demais Diggory? –Ralhou ela e ele riu um pouco. –Eu quase morri do coração enquanto você estava naquele Cercado e você fica rindo?
-Relaxa Lestrange. –Ele bagunçou o cabelo da menina, ainda sorrindo. –Logo isso cura.
   Belinda bufou, sabia que poderia dar um ataque e ele só iria rir e no máximo tentar acalma-la.
-Idiota. –Disse por fim e ajeitou a franja que ele tinha jogado para frente de seus olhos.
-Você vive me chamando assim, qual o seu problema? –Brincou.
-Meu problema é que eu só ando com idiotas. –Disse como se fosse o óbvio e ele gargalhou.
-Estou bem e pelo que vi o Harry também, então relaxa.
-To tentando. –Ela sorriu depois. –Mas e ai, já sabem quando vai ser a próxima prova?
-Sim, dia 24 de fevereiro. –Ele fez careta e apontou para os amigos que o aguardavam, Belinda viu que um deles estava segurando o ovo dourado. –O ovo contém a pista pra segunda tarefa. –Ele explicou e viu um brilho diferente nos olhos negros da amiga.
-Como assim?
-Ele tem dobradiças para poder abrir, dentro dele terá a pista. –Deu de ombros.
-Já tentou abrir?
-Já. –Ele fez careta. –Mas não deu muito certo, aquela coisa faz um barulho horrível.
-Então como diabos vão descobrir a pista? Ou o barulho horrível é a pista? –Questionou por fim.
-Acho que não, acho que precisamos dar um jeito de passar pelo barulho e descobrir o que tem além dele.
-Entendo. –Ela ponderou. –O barulho em questão é quase como um teste, vocês tem que decifra-lo para poder chegar à pista da verdadeira tarefa.
-É o que parece. –Ele concordou.
-Que seja. –Ela sorriu. –Descubra e me diga o que é.
-Pra você contar para o adversário? –Zombou ele e ela bufou.
-Não, mas de qualquer jeito, lembre-se que você também deve uma pra o adversário.
-Odeio você Lestrange. –Ele disse rindo e ela sorriu em resposta.
-Odeia nada. –A menina soprou um beijo pra ele, o que o fez revirar os olhos.
-Você é louca.
-Por isso gosta de mim.
-Até parece.
   Belinda riu e chamou os amigos, logo voltando a andar para longe da cozinha.
-Ele não parece tão mal. –Marcos comentou e deu uma grande mordida no bolinho de chocolate.
-Ele vai ficar bem logo. –Ela deu de ombros.
-Até parece que ela não tá surtando de preocupação, não é? –Douglas zombou e ela riu.
-Eu to. –Assumiu. –Mas não parece adiantar muito, não andando com idiotas como vocês.
-Mas que porra, por que sobrou pra gente? –Daniel a encarou.
-Porque é a verdade. –Ela bufou. –Um mais idiota que o outro. Me pergunto qual meu problema pra só atrair gente assim.
-É fácil Lestrange. –Gina sorriu. –Atraímos semelhantes.
   O grupo gargalhou quando Belinda começou a correr atrás da ruiva, que assim que terminou a frase já se afastava.
-Volta aqui Weasley! –Berrou ela rindo.

   Draco viu a garota Weasley passar correndo e rindo ali perto, logo Belinda apareceu olhando para os lados, a procura da outra. Ele riu, atraindo atenção dela, que o encarou e sorriu.
-Que foi Malfoy? –Ele deu de ombros.
-Só vendo uma idiota correndo.
-Muito engraçado. –Ela parou em sua frente. –Viu uma cabeça de fósforo passar por aqui?
-Depende. –Disse rindo.
-Do que?
-Do que vou ganhar se eu disser pra onde ela foi. –Belinda estreitou os olhos.
-Minha gratidão. –Disse rindo por fim.
-Não é o suficiente. –Lestrange olhou para os lados, encarando se alguém podia escutar o que ela falava.
   Belinda viu o grupo de rapazes ali perto e sorriu ao ver Hermione conversando com eles, logo voltou o olhar para Malfoy e ele notou o brilho divertindo.
-Quem sabe eu te dou a Granger com um lacinho vermelho? –Cochichou e ele tentou pegá-la, mas ela já pulava pra longe de seu alcance, gargalhando loucamente.
-Você me paga. –Alertou e ela riu, voltando rapidamente para o meio do grupo.
-O que você fez para o Malfoy te olhar daquele jeito? –Daniel quis saber quando ela agarrou seu braço.
-Nada. –Falou de forma cantada e ele riu.
-É tão estranho ainda te ver com aquele idiota. –Marcos bufou.
-Como disse, eu to bem servida de idiotas. –Disse ela e Hermione sorriu. –Mas ele não é a pior pessoa do mundo.
-Mas tá entre elas. –Murilo encarou o loiro, que estava conversando com Blaise.
-Só porque você não gota dele.
-Você não gostava também.
-Não, não era que eu não gostasse. –Ela fez beicinho. –A gente só tava... Passando por uma fase difícil.
-Tanto faz.
-A qual é? –Ela fez beicinho de novo e ele a encarou.
-Nem começa.
-Só aceita que me dou bem com ele. –Pediu, juntando as mãos, como em uma prece, em frente ao peito. –Por mim.
-Contando que esse imbecil não chegue perto de mim ou te irrite. –Marcos esclareceu.
-Só não o estupore ou algo assim. –Ela pediu sorrindo e ele revirou os olhos.
-Bora mudar de assunto Lestrange, antes que eu faça isso com você.
   A menina sorriu, sabia que seus amigos não gostavam de Draco e que todos somente o suportavam e andavam falando menos dele em sua frente, mas era o suficiente naquele momento. De canto de olho Belinda viu Hermione olhando para o loiro e sorriu. Talvez alguém improvável estivesse começando a se perguntando até onde Malfoy era um idiota ou uma pessoa de possível convivência.

A Filha Das Trevas (LIVRO 1 - COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora