Capítulo Quarenta e Sete - Terceira Tarefa do Torneio Tribruxo

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        Belinda sentou a mesa da Grifinória na companhia da família Weasley, onde conheceu Guy Weasley e deu boas risadas, logo encarou Malfoy saindo da sala e se despediu dos amigos.
-Até mais tarde. —Disse correndo para alcançar o loiro.
-Demorou. —Disse ele, que estava apoiado na parede ao lado de fora do Grande Salão.
-Cadê? —Ele retirou a carta do bolso e passou pra menina.
        Belinda leu a carta em quanto andavam e bufou, logo sentando em uma das janelas no corredor do primeiro andar, começou a tagarelar tranquilamente, enquanto Draco se limitava a sorrir, xingar e rolar os olhos.
-Hey Bell. —Cedrico chamou e ela ergueu os olhos, sorrindo.
         Belinda notou Sr. e Sra. Diggory ao lado do filho. Cedrico a chamou com um gesto de cabeça.
-Volto daqui a pouco. —Anunciou para Draco.
-Vou dar uma volta. —Disse ele e ela assentiu.
-Até depois.
         Belinda se aproximou da família Diggory e sorriu para o amigo, que passou o braço pelos ombros da menina.
-Mãe, pai, essa é Belinda Lestrange, uma amiga.
-Lestrange? —Amos Diggory a encarou e ela fez careta.
-É um grande prazer conhece-la, querida. —A mulher disse sorrindo, Cedrico herdara os olhos da mãe. —Ele fala muito de você.
-Sempre soube que me amava, Ced. —Brincou ela e apertou levemente a mão da mulher. -É um grande prazer conhece-la também, Sra. Diggory.
-O que acha de se juntar a nós para um tour na escola? —Cedrico convidou.
-Vai ser divertido. —Ela sorriu abertamente.
        Belinda ria junto a família Diggory, evitando encarar Amos, ele a estudava meticulosamente.
-Sei que seu pai trabalha no Ministério e os meninos dizem que sou um caso a ser estudado por eles, mas seu pai está me deixando nervosa. —Sussurrou ela para o amigo, quando os pais dele pararam para cumprimentar professora Sprout.
-Papai desconfia até da própria sombra, mas é muito legal. —Disse ele, rindo da amiga.
-Tomara, tô me sentindo sem jeito e olha que ninguém consegue me deixar sem jeito. —Eles riram.
        O dia se passou de forma leve e agradável, até mesmo Amos Diggory ficou mais gentil com a garota e parou de analisa-la como se ela fosse perigosa. Belinda rolou os olhos quando encontraram Cho e um grupo de amigas da menina, Chang foi apresenta aos pais de Cedrico e depois se despediu do namorado, prometendo encontra-lo antes da prova.
        Cedrico voltou-se para os pais quando Cho desapareceu pelos corredores do segundo andar.
-Pai, mãe, vou conversar com a Belinda e logo vamos jantar, tudo bem? —Cedrico disse sorrindo.
-Claro querido, nos encontramos no Grande Salão. —Sra. Diggory acariciou o rosto do filho e puxou o marido pra longe.
         Cedrico e Belinda riram e foram para o jardim, sentando em um dos bancos de pedra, o início da noite estava agradável, o vento leve que bagunçava os cabelos era refrescante, não congelante como vinha sendo nós últimos dias.
-O que você quer comigo, Diggory? —Ela estreitou os olhos e ele riu.
-Por que acha que quero algo?
-Porque dispensou seus pai pra ficar comigo. —Zombou apertando a bochecha do amigo, que riu, bateu de leve na mão dela e passou a mão direita no cabelo.
-Só que eu tô um pouco nervoso e papai tá confiante demais.
-Seu pai tá tentando te apoiar. —Deu de ombros. —Ele só... Tá exagerando um pouquinho. —O menino riu.
-Provavelmente.
-Mas e por que minha companhia e não da Cho-chorona? —Ele rolou os olhos, mas ainda riu.
-Porque você é minha amiga?!
-Tá vendo? Você me ama e eu sou melhor companhia do que sua namorada.
-Ela tá muito nervosa. —Disse ele rindo.
-Eu também tô. —Assegurou ela. —A diferença é que ela é chata e chorona, enquanto eu sou legal.
-Um dia você vai parar de implicar com ela? —Belinda gargalhou.
-Com toda a certeza que não. —Cedrico riu.
-Você é a pior pessoa do mundo.
-Não sou tão ruim assim, Ced.
-É pior. —Eles riram.
        Quase trinta minutos de conversa e risos se passaram, até que eles notaram que deveriam entrar para o jantar. Belinda mordeu o lábio inferior quando entraram novamente no castelo, os corredores já estavam vazios, todos já estavam no Salão Principal aquela hora.
-Vou ficar, Bell. —Assegurou ele. —E o Potter também.
-É estranho. —Disse ela o encarando.
         Os dois estavam parados do lado de fora do Grande Salão e Belinda cruzara os braços em frente ao peito, olhando apreensiva para o amigo.
-É só uma prova, Lestrange. —Disse ele, segurando-a pelos ombros, enquanto a encarava.
-Uma prova que será dentro de um labirinto cheio de monstros e armadilhas. —Se exasperou.
-Os professores não colocariam nada que não pudéssemos combater.
-Cedrico, a primeira tarefa foram dragões! Dragões! —Ele deu um sorriso nervoso. —Tem certeza do que falou?
        Cedrico respirou fundo, ainda encarando a menina e esperando que ela voltasse a olha-lo.
-Eu vou me sair bem e juro que se estiver com problemas, irei sair da prova.
        Belinda soltou o ar pelo boca lentamente e assentiu por fim.
-Okay.
-Mas...
-Mas o que? —Ele riu da súbita irritação da menina.
-Terá que estar me esperando na linha de chegada. —Ela soltou um riso anasalado.
-Estarei lá, pronta pra rir da sua cara. —Prometeu e ele a abraçou.
-É por isso que você é minha amiga. —Riu ele. —Agora...
-Agora você vai comer pra não desmaiar de fome no meio da prova.
        Cedrico riu de novo e puxou a corrente, que estava usando no pescoço naquele dia, pela cabeça, Belinda franziu o cenho, nunca vira aquele cordão antes.
-Toma.
-Por que? —Ele riu e colocou o cordão na menina.
-Porque você vai guardar pra mim, enquanto eu estiver no labirinto.
        Lestrange segurou a medalha retangular e viu o Texugo desenhado no aço, o que a fez rir.
-Ganhei da mamãe quando entrei na Lufa-Lufa. —Explicou.
-É fofo demais. —Riu ela de novo. —Nunca imaginei você usando algo assim e eu nunca tinha visto.
-Uso quando ela tá por perto. —Riu ele.  —É um tanto... Infantil...
-Meigo. —Concertou ela e ele riu.
-Que seja, é meigo demais pra mim.
-Vou estender como uma bandeira quando você sair do labirinto. —Ele riu.
-Nem se atreva. —Ela bufou e teve o cabelo bagunçado por ele. —Vamos, antes que o jantar termine.
       Belinda assentiu e ele a abraçou de novo, ganhando um beijo da menina, em sua bochecha.
-Vou ficar bem.
-Certo. —Suspirou. —Vamos, antes que eu sequestre você, Texugo.
-Calada, Leoazinha.
        Cedrico seguiu para a mesa da Lufa-Lufa e ela para a dos Leões, Freddie estendeu a mão para a menina, que acabou sendo puxada para sentar entre os gêmeos, Sra. Weasley e Guy encararam a cena, Belinda olhou com desconfiança para os amigos.
-Vocês vão tentar me envenenar durando o jantar? —Eles riram.
-Você só pensa o pior da gente, Lestrange. —George disse rindo.
-É porque eu conheço vocês.
-Exatamente por isso deveria saber que jamais faríamos algo contra você. —Freddie disse rindo.
-Continuo sem confiar. —Gina riu do comentário da amiga.
-Ela conhece vocês dois muito bem. —A ruivinha falou.
-Tá vendo como somos mal compreendidos, Freddie?
-Sim George, todos acham que somos péssimas pessoas.
        Belinda rolou os olhos, mas riu.
-Vocês são pessoas com um lindo coração, mas não prestam. —Disse a menina e o grupo riu.
        Belinda notou que Harry, sentado a sua frente, mal tocara na comida. Ele ergueu os olhos e a encarou, dando um pequeno sorriso.
-Você vai se sair bem. —Disse ela. —Estudou bastante pra isso, Potter.
-Valeu. —Ela ergueu a sobrancelha e ele sorriu. —Só tô nervoso, mas ficarei bem.
-Ficará mesmo. —Ela sorriu.
-Os outros parecem confiantes, não é? —Ele questionou.
        Belinda olhou em volta, primeiro encarando Krum, depois Fleur e voltando a Harry, sabia bem como Cedrico estava.
-Não acho. Krum parece que vai se esconder na barra da saia da mãe a qualquer minuto, ele é só tamanho, pode ter sido a paixão do Ron por algum tempo...
-Ele não é minha paixão. —Ron falou, indignado, o que provocou riso em todos.
-Tá vendo? Até nosso Ron superou. —Ron a fuzilava, enquanto o resto dos amigos e sua família riam. —Fleur está mais pálida que nunca e mal consegue tocar na comida. —Encarou fervorosamente o amigo. —Cedrico está uma pilha de nervos, finge que tá bem, mas eu conheço e sei que não está. —Sorriu para o rapaz a sua frente. —Esquece os outros competidores, Harry, foca só no objetivo da prova, o resto você vai se sair bem.
-Valeu. —Ele disse sorrindo e ela sorriu de volta.
        Potter se despedia dos Weasley, após o pequeno aviso do diretor, quando Cedrico a puxou e a abraçou.
-Boa prova, Diggory. —Sorriu ela.
-Vê se não faz besteira enquanto eu estiver no labirinto. —Zombou rindo.
-Eu fazer besteira? Calúnia sem igual.
-Até parece. —Disse rindo e seguindo para onde estava Fleur e Krum.
-Boa sorte, Harry. —Disse ela abraçando o amigo. —Você consegue.
-Foi o que disse para o Cedrico? —Brincou ele e ela sorriu.
-Claro, o discurso de motivação tem que ser o mesmo para todos. —Ele sorriu e foi se encontrar com os outros competidores.
       O grupo saiu logo após os competidores e as arquibancadas encheram rapidamente, os Campeões estavam no meio da quadra, acompanhados por professores e Bagman. A preparação dera início assim que os professores seguiram pelas laterais do labirinto, Bagman logo anunciava a pontuação e os competidores se preparavam para entrar.
        Belinda encarou Cedrico, que lhe sorriu a distância e depois Harry, que encarava os amigos na arquibancada acima dela. Belinda estava na primeira fileira, acompanhada por Daniel, Flavinha, Marcos, Douglas, Murilo, Jonathan e Taylor, os gêmeos estavam atrás, na companhia da família e Hermione, que estavam quase no meio da arquibancada. Draco estava ali perto, junto de Zabine e outros Sonserinos.

A Filha Das Trevas (LIVRO 1 - COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora