Descendentes_Livro 3

A chacina: Parte quatro

- Whity?- Chamei, o garoto apontou para um lugar aonde haviam alguns lençóis, ela estava deitada lá, chorando.- O que aconteceu?- Perguntei, me aproximei mais dela e vi que os braços dela tinham queimaduras, assim como o rosto.- Está doendo muito?- Perguntei, ela só assentiu.- Como isso aconteceu?- Perguntei, o garoto baixou a cabeça.
- Foi quando tentei ajudar ele.- Ela disse, olhei para ele.
- Qual o seu nome?- Perguntei.
- Valentin Lennix Samson.- Ele respondeu.
- Idade?- Perguntei.
- Quinze anos de idade.- Ele já estava meio assustado.
- Ok, vou te dar uma surra por fazer ela se arriscar assim.- Eu disse.
- Maximus!- Tessa exclamou, eu começei a rir.
- É zoeira, não sou assim.- Eu disse tentando parar de rir eu queria ter uma câmera só para tirar foto da cara de trouxa que ele fez.
- Você é um imbecil.- Ela revirou os olhos.
- E você é uma "princesinha".- Ironizei, ela se aproximou de mim bem rápido.
- Como é?!- Ela perguntou, eu adorava irritar a Tessa, mesmo sabendo que ia levar um soco ou um chute ou até ser espancado.
- Calma amor, não vai querer discutir na frente das crianças vai?- Brinquei, ela deu um soco na minha garganta e eu caí no chão, aquela droga doeu bem mais do que parecia, me deu ânsia de vômito, Valentin e Whitney começaram a rir.
- Você não aprende mesmo não é Hyers?- Ela perguntou.
- Não quando se trata de não irritar você.- Ironizei.
- Val, posso te chamar assim?- Ela perguntou para Valentin.
- Tá.- Ele deu de ombros.
- Certo, primeiro, como sabia aonde estávamos?- Ela perguntou, ele fez um sinal para que ela esperasse e correu para outro lugar, me levantei.
- Para onde acha que ele foi?- Perguntei.
- Sei lá.- Ela respondeu.
- Acho que ele foi falar com...- Whitney ia dizer mas ele apareceu, logo depois Brynne e Coy apareceram.
- Max! Tessa!- Coy veio correndo e nos abraçou.
- Que bom que está a salvo.- Tessa disse.
- Oi Maximus.- Brynne disse sorrindo, ela tinha arranhões e pequenas queimaduras pelo corpo.
- Oi.- Acenei, Tessa ficou olhando para nós dois com uma cara esquisita.
- Oi Tessa.- Ela disse, Tessa forçou um sorriso que provavelmente só eu consegui entender.
- Oi Brynne.- Ela disse.
- "Quatro".- Ouvi essa palavra e resolvi sair do prédio, olhei para cima e vi que havia um holograma enorme, haviam imagens de pessoas, eu tinha certeza de já ter visto elas, percebi que eram pessoas do Force Field que haviam morrido no ataque, dentre eles, os que eu conhecia, eu vi Clia, Liam, Scara, Eternity, Camellia, Ferdinand e meu pai. Eu demorei um tempo para acreditar, aquilo só podia ser mentira, só tive a confirmação quando vi a imagem de Tessa, e Tessa estava viva.
O holograma sumiu, as naves começaram a jogar algumas coisas que se grudaram ao chão.
- Corre!- Valentin disse.
- Por que?- Perguntei.
- Não vai querer sofrer o efeito daqueles "produtores".- Ele respondeu.
- Hã?- Perguntei ainda meio confuso com as imagens.
- Deixa de ser lesado Maximus! Corre!- Tessa segurou a minha mão e começamos a correr, do nada ouvi três sons de apito ecoarem pelo lugar, e do nada o chão começou a tremer.
Coy continuava correndo, Valentin tentava não derrubar Whity, mas Brynne caiu com o tremor, achamos que ela fosse se levantar, mas um prédio cedeu e começou a cair.
Tessa olhou para trás e ficou olhando por um tempo, mas logo ela soltou minha mão e voltou para tentar ajudar Brynne.

- Tessa!!- Gritei, ela me ignorou, eu tentei correr mas acabei caindo no chão, um dos postes de iluminação caiu bem em cima das minhas duas pernas, aquilo doeu mas o susto era maior, o prédio continuava caindo enquanto Tessa ajudava Brynne, as duas começaram a correr, Tessa estava um pouco cansada mas ela pareceu ter uma idéia, o prédio já ia cair quando ela empurrou Brynne para frente para que ela ficasse fora do alcance dos destroços, abriu a passagem subterrânea para o laboratório no chão, entrou e se trancou o mais rápido possível, vi as pedras caindo e não sabia se eu me sentia aliviado ou se ficava irritado com ela depois.
- Ela vai ficar bem.- Coy disse.- Vamos logo!- Ela apressou.
- Se você não percebeu tem a droga de um poste em cima das minhas pernas.- Eu disse, ela revirou os olhos, ligou a pulseira e moveu o poste para cima, eu ri.
- Valeu.- Eu disse.
- Burro.- Ela disse e começou a correr mas percebi que o tremor já estava parando.
O quarto ataque não foi lá essas coisas.
Mas do nada pessoas começaram a cair, inclusive uma delas na minha frente.
Não eram pessoas, eram robôs, como Tin, mas não pareciam ser bons, embora se parecessem com humanos, os olhos eram verdes, quase cinzas, foram feitos para se parecerem realmente com um humano, para enganar.
- Comando: Eliminar ameaças ao governo de Erika Sanderson.- Ele disse, Coy moveu o poste para que colidisse com ele e começou a bater nele, até que ele se quebrasse.
- Vamos!- Ela disse, nós corremos enquanto os robôs caíam nos escondemos.
Não era um quinto ataque, ela só queria algums coisa a mais no quarto.
Fomos andando pela casa pequena.
- Olá.- Me virei assustado e vi Tin e Barbara.
- Barb, dá para esse seu robô ser menos sinistro? A situação não tá favorável para o nosso lado.- Reclamei.
- Desculpe, detectei que seus batimentos cardíacos estão acelerados, precisa de alguma coisa?- Ele perguntou.
- Não Tin, ele está bem.- Barbara disse.
- Eu sei o que houve, é assustador.- Ela disse.
- Como não se feriu com os ataques?- Perguntei, ela mostrou um dispositivo pequeno.
- Campo de força, Era danificou o maior que já fiz mas não os outros, além disso, Tin me ajudou.- Ela sorriu.
- Tin fica feliz em ajudar Barbara, Barbara é uma boa criadora.- Ele disse.
- Não tem como ficar mais louco, ataques, robôs, maníacos, que merda de realidade é essa?- Perguntei retóricamente.
- Bem-vindo ao século 22.- Barbara ironizou dando de ombros.
- Barb?- Whitney perguntou, Barbara olhou e franziu a testa.
- Whity, meu Deus, o que houve?- Ela perguntou, Whitney suspirou.
- Incêndio.- Ela disse.
Do nada ouvi um barulho de vidro quebrando, tentei olhar para trás mas alguma coisa colocou uma máscara que tapava meu nariz e minha boca.
- Maximus!- Whitney gritou.
- Tin, ataca!- Barbara disse, ele tentou, mas eu começei a exalar uma coisa que fazia minha visão escurecer aos poucos, e do nada eu apaguei.