- O que eu faço com você senhor Campbell?- Dallas perguntou após mandar ele entrar em uma sala e prendê-lo lá, Kael estava quieto, Luna tratou dos meus ferimentos e enfaixou minha perna.
- Sinto muito Angel, e sinto muito Max.- Kael disse respirando fundo, podíamos ver através de um vidro, como uma janela. Angelic não parava de chorar nem um segundo, ela abraçou Brynne que estava quase chorando também, Bry é muito sentimental, sempre foi, já Tessa estava parada, inconformada com a situação, ela não queria a morte de Kael ou nenhuma providência do tipo, se conheço ela bem, ela está com raiva de si mesma por não poder ter feito nada para ajudar Mirth.
- Eu te entendo Kael...não foi culpa sua.- Angelic se esforçou para dizer, eu evitava dizer qualquer coisa porque eu sabia que se eu dissesse poderia influenciar na sentença de Kael (É, Dallas queria sentenciá-lo à morte porque ele causou uma, mas nós podemos mudar isso com diálogo, dependendo disso Kael terá uma sentença mais leve do que a que Dallas quer impor, esse é o tipo de julgamento aqui na base, pelo menos quando um de nós está envolvido ou prejudicado, foi o que a Treinadora Ashcroft disse).
- Conseguiu o perdão de uma das prejudicadas com a morte que o senhor causou senhor Campbell, se conseguir o perdão de Maximus Sparks Hyers, a sua pena não será severa, então senhor Hyers.- Dallas direcionou o olhar para mim.
- Kael estava inconsciente por causa daquela doença, ele não pode ser condenado à morte por um crime que ele não tinha a intenção de cometer, ele tem o meu perdão.- Eu disse, Tessa deu um sorrisinho.
- Muito bem senhor Campbell conseguiu o perdão de dois prejudicados, isso significa que sua sentença será mais leve.- Ele disse.
- Eu sou perigoso, eu não deveria ficar com vocês, talvez a sentença de morte seja sensata no meu caso.- Kael disse.
- Kael, acredite, mesmo você sendo perigoso, todos aqui estamos juntos e todos aqui queremos o seu bem, não pense que porque um acidente aconteceu você precisa sumir ou morrer, afinal nós ainda nos importamos.- Eva disse, Ruddy era a razão do que ela disse, ela sentia a falta dele, Eny tentava ajudar mas não era suficiente.
- Senhor Campbell, declaro que o senhor está condenado à ficar preso nesta cela até uma cura para a morbonervosi ser descoberta, o senhor terá um Cuidador para analisar seu progresso, lhe alimentar com comida humana e com líquidos humanos, dependendo de seu progresso posso relevar a idéia de soltá-lo antes.- Dallas disse.- Sem mais interrupções e nenhum de vocês pode contestar sobre minha decisão. Julgamento encerrado.- Ele completou, claro que alguns ficaram indignados, mas não podiam contestar, embora Dallas seja um pouco mais arrogante do que imaginei que fosse precisamos da ajuda dele e dos "fantasmas" para podermos vencer Era, já tenho um plano em mente e com certeza o Fearless e o Gallant não podem fazê-lo sozinhos.
- Agora, só preciso de um voluntário para ser o Cuidador ou Cuidadora do "Vampiro" Kael Campbell Boyle.- Dallas disse.
- Eu.- Camellia deu passos para a frente.
- Não, Cami não faz isso.- Kael disse, ela ignorou.
- Qual o seu nome completo minha filha?- Dallas perguntou.
- Camellia Armstrong Fortuneteller.- Ela respondeu.
- Idade?- Ele perguntou um pouco receoso, talvez porque Camellia seja uma garota.
- Dezesseis anos de idade, senhor Kahlberg.- Ela disse.
- A senhorita tem certeza absoluta de que deseja se arriscar a ir todos os dias cuidar de um "Vampiro" que já matou uma de suas companheiras?- Ele perguntou.
- Não tenho dúvidas da minha decisão.- Ela respondeu muito segura de si.
- Camellia!- Kael exclamou irritado.
- Cale a boca Kael.- Ela disse.
- Então, assim seja, a partir de amanhã a senhorita começará a vir para esta cela todos os dias quando este sinal piscar.- Ele entregou um pequeno dispositivo à ela.- Cuide bem deste aparelho, ok?- Ele advertiu.
- Ok.- Ela disse.
- Não deveria ter feito isso.- Kael disse.
- Eu tenho escolha, você não.- Ela disse e saiu da sala.
- Maximus, Eternity, Luke, Liam, Ashcroft, Bloodwell, Zella, Aldous, todos para a minha sala, imediatamente!- Dallas disse.
Os outros saíram andando na frente, eu e Tessa demos as mãos.- Juntos?- Ela me perguntou.
- Além do infinito princesinha.- Zoei a cara dela mas ela sorriu.
- Eu deveria te dar um soco.- Ela disse enquanto andávamos.
- Por que?- Perguntei.
- Porque odeio esse apelido.- Ela ri.
- Por que princesinha?- Ironizei, ela me deu uma cotovelada e riu.
- Você é um imbecil Hyers.- Ela disse.
- Eu sei disso, é de família, não quero que nossos filhos tenham isso.- Eu brinquei.
- Maximus se algum dia tivermos filhos quero que puxem o meu lado da família.- Ela riu.
- Pra serem chatos e reclamões? Fala sério Tess, você é linda mas é uma pedra no sapato das pessoas.- Eu ri.
- É mesmo? Pelo menos eu não fico parada olhando pro teto do nada às vezes.- Ela rebateu.
- Se chama pensar sabia? Pessoas fazem isso no nosso planeta.- Eu disse.
- No meu as pessoas não pensam, elas resolvem.- Ela disse.
- Vamos resolver uma coisa então, pensa rápido.- Joguei uma armadilha que a Treinadora Ashcroft me deu depois do treino, ela ficou presa em uma espécie de rede azul ou teia, que seja, eu dei risada.
- Maximus!- Dallas gritou.
- Oi?- Parei de rir imitando a expressão dele.
- Não é hora para brincadeiras!- Ele disse.
- Puxa, foi mal mesmo senhor Kahlberg.- Eu disse com um sorrisinho.
- Hyers quando eu sair daqui você tá frito!- Tessa exclamou, Zella riu.
- Tessa, não é educado interromper uma conversa, o que ia dizer senhor Kahlberg?- Ironizei.
- Maximus obedeça.- Meu pai disse em tom autoritário.
- Sem pressão.- Levantei as mãos e apertei um botão, a teia se desfez, Tessa veio em minha direção e ia dar um chute em mim.
- Bloodwell!- Dallas exclamou.
- Que é?- Ela perguntou.
- Sem agressão física.- Ele disse.
- Tá de sacanagem né?!- Tessa se exaltou.
- Que violência Tess.- Coloquei a mão no ombro dela, ela me olhou de canto.
- Vamos logo.- Zella apressou, os outros saíram andando.
Eu voltei a andar mas Tessa me puxou pela camisa.
- Quando estivermos sozinhos acabo com você Hyers.- Ela sussurrou.
- Em que sentido?- Perguntei de um jeito irônico e malicioso, ela sorriu.
- Eu estou doida pra deixar essa sua cara de palhaço marcada.- Ela disse.
- Com batom?- Perguntei.
- Não, com a minha mão.- Ela me empurrou e saiu andando, eu ri e voltei a andar novamente.
Não demorou muito para que chegássemos à sala de Dallas.
- Não estou com muita paciência, então serei curto, grosso e extremamente claro com vocês; As coisas estão piorando dia após dia, quanto à Era, quanto à morbo, quanto ao número global de humanos, precisamos de um bom plano e de uma cura rapidamente.- Ele disse.
- Entendo que o senhor esteja nervoso com o que se passa senhor Kahlberg, mas podemos bolar um bom plano.- Zella disse.
- Ótimo, seu prazo é até amanhã de noite.- Ele disse.
- Como é que é?!- Meu pai perguntou.
- Exatamente o que ouviram.- Dallas disse.
- Mas...senhor Kahlberg como faremos isso?- Eny perguntou.
- Com o cérebro minha cara.- Ele disse.
- É muita merda pra pensar, escolha de classe, elaboração de planos, o que quer de nós?- Perguntei.
- Ajudar.- Ele disse.
- É isso mesmo?- Luke perguntou.
- Como vamos saber que isso não é uma manipulação barata?- Liam perguntou.
- Liam por favor resp...- A treinadora Ashcroft ia dizer.
- Você não é nada pra mim aqui fora Fairy, o papo é entre eu e Dallas.- Liam disse, ela bufou.
- Eu nunca faria isso, que ultraje!- Dallas se irritou.
- Se não entregarmos o plano até amanhã, o que você vai fazer?- Tessa deu passos para a frente.
- Não sou eu, todos nós vamos nos prejudicar, não seja egoísta Tessa.- Ele disse.
- Abaixe o tom quando for falar com a minha filha Kahlberg.- Zella disse, ele suspirou.
- Dispensados.- Ele disse.
Eu saí da sala o mais rápido que pude, atravessei os corredores, até que senti alguém me cutucar, me virei e quase instantaneamente senti um punho ferir minha mandíbula e me fazer cortar minha boca com os dentes acidentalmente, quem mais poderia ser? Tessa Lacey Bloodwell.
- Isso foi pela gracinha.- Ela disse, eu dei risada.
- Pode ficar parada por alguns segundos?- Perguntei, ela franziu a testa, mal esperei para que ela perguntasse alguma coisa e a beijei, ela se encostou em uma parede e continuamos nos beijando, coloquei minhas mãos nas costas dela e fui descendo até chegar na cintura, ela sorriu, eu mordi o lábio dela de leve e o puxei um pouco, ela respirava rapidamente.
- Sua boca tem gosto de sangue.- Ela ironizou.
- Agradeça a si mesma.- Respondi, ela deu um sorrisinho.
- Te vejo amanhã?- Ela perguntou.
- Nos vemos amanhã Tess.
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Descendentes_Livro 3
Ciencia FicciónMeu nome é Maximus Sparks Hyers, eu tenho dezenove anos de idade. Durante duzentos anos, maníacos (infectados quase 100% curados) e humanos viveram em paz, como se fossem um só, sem preconceitos ou julgamentos. Mas há alguns meses atrás, houve uma...