Capítulo dois.

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Depois de um almoço reconfortante com Rodolfo, era hora de mais trabalho, quando entrou no vigésimo andar do prédio, ele estava quase vazio sem todas aquelas pessoas olhando para ele, o que de fato era bom afinal não gostava de ser o centro das atenções.

Quando estava passando pela saleta de sua secretária ela não estava, apenas sua assistente, ela estava sentada mexendo no computador, estava tão concentrada que nem notou quando ele entrou.

- Você não almoça senhorita?

Renata tomou um grande susto chegou a pular da cadeira.

- Almoço sim mas hoje eu trouxe apenas um iogurte, tenho muito trabalho e não quero deixar acumular.

- Vera escolheu bem sua assistente, fico feliz com isso.

- Que bom senhor!

- Por favor me traga um café.

Então Victor entrou em sua sala esperando pelo seu café, começou a ver a pilha de papéis que se amontoavam em cima de sua mesa, Vera estava tentando lhe deixar a par de tudo mas estava difícil. Devido a sua ausência repentina muitos contratos com grandes marcas foram desfeitos. Rodolfo que além de melhor amigo também ocupava o cargo de sócio tinha feito tudo que estava ao seu alcance para não deixar a empresa se afundar, e até que se sairá bem, novos contratos foram fechados e hoje a empresa Bach produzia a maior parte de autopeças para as grandes importadoras do país.

- Licença - disse Renata ao entrar na sala com seu café.

Ela colocou a bandeja sobre a mesa como de manhã e já iria se retirar quando Victor perguntou.

- A quanto tempo está conosco?

- Pouco mais de um ano.

- E está gostando?

- Sim, gosto do que faço e o emprego aqui será bem visto em meu currículo.

- Você já pensa em sair?- perguntou com um ar surpreso.

- Não, não é isso é que eu estou cursando secretariado executivo, ai como Vera já ocupa este cargo com Judith não me sobra espaço.

Judith era a secretária de Rodolfo uma senhora já de idade que Victor achava já estar aposentada para falar a verdade.

- Bom espero que não tenha pressa, pelo que vi é muito dedicada, prezo muito ter pessoas assim trabalhando para mim.

A essas alturas Renata já estava sentindo a tensão que estava na sala, parecia que o ar estava mais pesado.

- Tenho um ano ainda pela frente.

Victor não pode deixar de notar seus olhos cor de mel, ela era tão linda, há quanto tempo ele não olhava para uma mulher assim, desde que Jasmine morrera ele só recorria as mulheres em último caso, viajava até a cidade vizinha e la caçava sua presa, o que não era muito difícil para ele afinal era só estacionar na frente de uma das boates com um de seus carros importados e elas já caiam matando.

Mas ao olhar para Renata ali tão próxima lhe servindo o café era diferente não era como aquelas mulheres que ele só caçava ela era mais atraente, mais bonita e tinha um perfume de rosas inebriante.

- Se quiser você pode ficar por aqui, quem sabe eu não precise de duas secretárias? - disse ele sorrindo.

- Ficaria muito feliz senhor em não ter que procurar outro emprego.

Quando Renata disse isso Victor deixou escapar sua xícara derramando café em sua camisa e calças, no mesmo instante Renata levou um guardanapo a ele e começou a limpa lo, Victor ficou imóvel quando ela o tocou. Suas mãos eram cuidadosas e era como se fizessem carinho em sua barriga então ela foi descendo e algo dentro de sua boxer foi acordando e antes que aquilo ficasse pior ele segurou sua mão.

- Pode deixar senhorita não foi nada.

Ele se levantou rapidamente e tirou a camisa deixando a mostra seu peito musculoso e seus braços não muito fortes mas bem definidos, era dono de ombros largos que deixavam ele ainda mais atraente.

Por um instante Renata chegou a pensar que estava babando então se recompôs e disse.

- Quer que mande para lavanderia senhor?

- Não, não tenho uma reunião agora a tarde e não posso aparecer sem camisa. - disse tentando se livrar da mancha.

- Então deixe me ajudar. - Renata foi logo pegando a camisa de sua mão e levando até o banheiro, onde espirrou um pouco de sabonete em espuma sobre a mancha e começou a esfregar, quando a mancha havia saido por completo ela pegou a camisa e colocou em baixo do secador de mãos, o ar quente que saia logo secou a camisa.

- Prontinho aqui está! - disse ela lhe entregando a camisa.

Quando sua mãos se tocaram ambos sentiram uma eletricidade era como se um fosse positivo e o outro negativo.

- Obrigado - Victor não conseguia tirar os olhos dela, ele nem percebeu quando ela soltou sua camisa, seu cheiro estava pelo escritório todo, aquele perfume de rosas.

Renata sabia que mexia com os sentidos dele, ele parecia hipnotizado cada vez que olhava ela, e ela gostava disso, não gostava de ser rejeitada, quando ele fez isso no primeiro dia que o viu sua vontade era pular na frente dele e gritar. Mas agora que ele havia notado sua existência, seria cheque mate, ela gostava dos prazeres do mundo, da luxúria, e gostava do jeito como ele olhava para ela .

- Com licença senhor. - disse ela pegando sua camisa e colocando sobre seus ombros .

Quando notou sua intenção Victor deu um passo para trás e se afastou dizendo.

- Obrigado senhorita Renata, mas eu assumo daqui.

Ela lhe deu um sorriso cheio de segundas intenções e saiu da sala.
Victor não sabia o que estava acontecendo, o que era aquilo? Aquela sensação? O que essa mulher estava fazendo com ele? Sua cabeça estava cheia de perguntas, será que ela era alguma feiticeira? Mas que pergunta mais idiota ele nem acreditava nisso. O que ele não podia acreditar era nessa atração ridícula por uma funcionária. Estava traindo a si mesmo com aquele comportamento de adolescente, e Jasmine? O que ela pensaria disso?

Victor tomou uma decisão. Se manteria afastado daquela feiticeira com cheiro de rosas.

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Alguém aí aceita uma xícara de café? Hahaha derramada no colo de Victor é claro.

Se aceita deixa sua estrelinha para ele.

Liberta-me  (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora