Capítulo dez.

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Victor já estava tomando seu sexto café naquela manhã e ainda não tinha visto sua feiticeira. Aonde será que ela estava? Será que estava doente?

Estava com vergonha de perguntar a Vera, não era do seu feitio perguntar por nenhum de seus funcionários, ainda mais se fosse uma mulher atraente, gostosa, linda... Como era Renata.

-Mas que droga! Onde foi que ela se meteu? - Victor falou e pegou seu terno para sair da sala, ia dar uma volta até a sala de Rodolfo, e ver se no caminho encontrava sua feiticeira.

Saiu da sala e acenou para Senhorita Vera, em sua saleta, se certificou que Renata não estava ali. Passou pelas mesas de alguns funcionários e quando estava virando para seguir em direção ao outro lado do andar a viu. Ela estava radiante, linda como sempre com uma saia lápis bege e uma camisa branca, seu scarpin era da cor da saia e os saltos a deixavam ainda mais sexy. Estava quase indo em direção a ela, quando ao seu lado viu aquele rapaz novamente, o mesmo para quem ela estava sorrindo ontem.

- Então é por isso que ela sumiu hoje- pensou, ela sumira a manhã toda para ficar de papo com aquele homem, onde Victor estava com a cabeça quando deixou aquela mulher lhe virar a cabeça, até na casa dela ele havia ido, que grande idiota ele havia sido, cair nas garras de uma mulher como aquela, transava na mesa com o chefe e na copiadora com o auxiliar, Victor deu meia volta e entrou no elevador precisava sair dali o mais rápido possível, antes que quebrasse a cara de alguém.

Renata chegou no escritório cedo e assim que chegou foi liberada por Vera para ir ao outro lado do andar ajudar Judith. Vera disse que não era preciso mais ela ficar ali e que ainda tinha muita coisa para aprender com Judith, então ela foi, estava desanimada pois não via a hora de botar os olhos em Victor e quem sabe lhe roubar uns beijos e uns amassos, ou quem sabe terminar o que haviam começado no sofá de sua casa.

Já se passavam das dez da manhã e ainda não tinha visto seu Deus grego abrasileirado, estava tentando achar uma desculpa para ir ao outro lado do andar, mas Judith não a deixava em paz, não tinha tido um minuto se quer de descanso, desde que chegou.

- Renata, tire umas cópias destes documentos para arquivo por favor. - falou a senhorinha.

- Claro, eu já volto. - era a oportunidade perfeita para ela dar um pulo ao outro lado e ver seu chefe favorito.

Quando chegou a sala da copiadora Fabio estava lá mais uma vez arrumando o computador, ele era da TI mas pelo jeito andava mais tempo naquela sala.

- Bom dia Fábio. - disse assim que entrou.

- Bom dia Renata, uau! Você está linda hoje! - disse com aquele sorriso de galã.

- Obrigada, está tendo problemas outra vez?

- Sim, o computador daqui anda travando muito e o sistema não tem respondido bem, acho que vou ter que trocar.

Renata pegou as cópias que precisava e saiu da sala junto com Fábio, ele estava lhe explicando sobre o sistema, era um cara legal e atraente, se não tivesse tão envolvida com Victor quem sabe não daria uma chance a ele, afinal era um homem que chamava a atenção dela.

- Olá Vera! Como estão as coisas por aqui? - perguntou assim que entrou na saleta.

- Estão bem tirando nosso chefe que resolveu acabar com o café, ele já me pediu café seis vezes acredita? Logo agora que você não está mais aqui. - Vera balançava a cabeça enquanto falava, protestando contra aquela atitude estranha do patrão.

- Talvez ele esteja de ressaca, você precisa de ajuda? Eu posso vir ficar aqui a tarde. - disse isso se sentindo orgulhosa pois sabia o motivo de todos aqueles cafés, afinal era ela que levava o café para ele, e provavelmente ele estava querendo vê lá.

- Não precisa ficar aqui, mas se você puder pegar as xícaras que estão na sala dele eu agradeço, ele saiu e não está agora.

Renata sorriu e foi para sala do seu chefe favorito. Quando entrou percebeu que ele não havia tomado todas as xícaras de café, ele estava mesmo afim de vê la, isso fez com que seu coração desse pulinhos no peito, ficou ali analisando sua sala, era tão máscula tinha um cheiro tão bom de âmbar e café, isso a fez rir novamente. Renata alisou a mesa devagar onde tinham feito um amor tão selvagem que fez suas pernas amolecerem só de lembrar.

Renata estava de costas para a porta tão concentrada em suas lembranças que não viu Victor entrar.

- Precisa de alguma coisa senhorita? - ele estava sério falou jogando o jornal em cima da mesa e sentando em sua cadeira do outro lado.

- Só vim buscar suas xícaras senhor, parece que o senhor bebeu bastante café hoje. - Renata disse sorrindo com um ar confiante.

- Eu estava com dor de cabeça e café me ajuda, agora se já pegou o que queria pode se retirar. - disse sem nem se dar o trabalho de olhar para ela, apenas abriu o jornal virou sua cadeira de costas ignorando a.

Mas que merda é essa? O que esse homem está pensando? Qual é o problema dele? Sei muito bem que tantos cafés assim não são por causa de uma dor de cabeça. Ah mas se ele acha que vai me tratar assim e eu não vou pagar na mesma moeda está muito enganado.

- Ainda falta uma senhor! - Renata disse dando a volta na mesa e se esticando por cima da cadeira para pegar a xícara que estava do outro lado em cima da escrivaninha. Ela se esticou toda, deitando em cima dele e o deixando com o rosto a centímetros de sua bunda, pegou a xícara devagar e se levantou, Victor ficou com os braços abertos olhando para ela com um olhar que congelaria até um vulcão em erupção, mas ela não se deu por vencida então arrumou sua saia puxando na para baixo, deu meia volta e saiu da sala.

Saiu da sala pisando firme e com sua respiração alterada, passou pela pequena sala de Vera e ainda bem que ela não estava ali, seus olhos já estavam cheios de lágrimas, foi até a cozinha deixar as xícaras e correu para o banheiro. Estava com tanta raiva daquele idiota, estava com tanta raiva dela mesma por ter ficado como uma adolescente ingênua sonhando com o príncipe encantado, aquele ogro não tinha nada de príncipe e nem de Sherek, como algumas mulheres costumam descrever seus ogros. Ele era um bruto, que aproveitou de seu corpo para suprir suas necessidades e agora agia como se ela fosse uma simples secretária sem importancia, lágrimas estavam escorrendo por suas bochechas, e ela sentiu uma vontade enorme de correr para casa, se jogar na cama e chorar até pegar no sono.

- Se esse idiota acha que vou ficar aqui chorando por ele esta muito enganado. -Ela lavou o rosto, ajeitou seu cabelo e saiu do banheiro de volta a sala de Judith como se nada tivesse acontecido.

Victor ainda estava com aquele perfume no seu nariz, aquela feiticeira tinha o deixado excitado mais uma vez, quem ela pensava que era para se deitar daquele jeito em cima dele, quase esfregando a bunda na sua cara! E ainda por cima saiu se arrumando toda como se ele nem estivesse ali, aquela mulher era um perigo para qualquer pau. Cheirosa, gostosa, ele estava todo excitado novamente, sua respiração já estava ofegante. Foi até o banheiro, jogou uma água no rosto e respirou fundo. Tinha que tirar aquela feiticeira da cabeça, ela não era mulher para ele, ela não chegava nem aos pés de sua esposa Jasmine, e estava deixando ele louco. Tinha que parar de pensar nela. Tinha que evita lá a qualquer custo.

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Será que Victor vai conseguir tirar Renata da cabeça?

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